Poemas de Revolta
A vida é um sopro.
A raiva é uma bomba.
A revolta é um caminho sem volta.
Mas Deus.
Continúa sendo Deus.
✞
O PINTO REVOLUCIONÁRIO
Pinto que pia
Pia esse pinto revoltado
Pia e cria
Revolta quem manda no pecado
Pinto coitado!
Revolta quem manda no pecado
Pia safado!
Provoca piando e calado
Pinto cuidado!
Provoca piando e calado
Pia seu brado
Piando acaba ajaulado
Pinto calado
Piando acaba ajaulado
Foi alegado
Sumiu esse pinto, algemado
O Silêncio Que Grita
O que me revolta, o que me aperta a garganta, é essa comoção tardia. É quando alguém se vai, consumido por uma dor que o mundo ignorou, que as multidões surgem: velórios lotados, declarações de amor transbordando pelas redes sociais, palavras que só chegam quando já não podem ser ouvidas.
Dizem que não sabiam, que não perceberam. Mas a verdade é que uma pessoa com depressão grita o tempo todo, só que nem sempre com palavras diretas. Ela fala com o olhar vazio, com o sorriso que perdeu o brilho, com o corpo que desiste pouco a pouco.
E mesmo assim, o mundo se faz de surdo. Então, quando a despedida é definitiva, todos correm para dizer o que nunca tiveram coragem de expressar em vida. É como se precisassem do fim para reconhecer o valor da existência.
Isso me magoa profundamente. Porque essas declarações de amor tardias não alcançam mais quem precisava delas. Elas morreram sem saber que eram amadas, sem perceber que suas presenças faziam diferença. E isso não deveria ser assim.
Se há algo que esse nó na minha garganta me ensina, é que o amor deve ser dito enquanto ainda pode ser ouvido.
Talvez você não entenda o meu ato ou, atos de revolta.
E que pode ser por atraso a um compromisso, a chegada de algo não esperado, sede e fome não saciada, diferenças e possíveis promiscuidades.
A revolta tem muito a ver, com oque classifico de" minha vontade" deturpada e não confirmada a partir desse auto intelecto pessoal, muitas vezes alterado por circunstâncias adversas de não conformidades através de outrens.
Temo vertiginosamente ao encontrar o meu pertencer essencial perde-lo pro abstrato a índole de acautelamento almejada humana potencializada pelo eGo.
Alheios ao Vento
Se encha de revolta
Um grito contido
Sinta a leveza
De um sonho florido
Enlouqueça de vez
Solte a razão
Descubra que lucidez
É pura ilusão
Contradição viva
Em cada compasso
Sinta a leveza
De um breve regresso
A vida em nós pulsa
Em ondas que vão
A calmaria busca
Na próxima estação
Dialética humana
Um eterno dançar
Entre a dor que emana
E o novo encontrar
Com efeito, revolta-me, quem muito estuda, e nada aprende!
São gente que se abriga do sol, na sombra da chuva,
esperando que caiam gotas de vento!!!
Versos de Revolta
Deixo meus versos
como rastros de fogo
num caminho que arde
pela culpa dos insensatos.
Minhas palavras ficam,
gravadas como cicatrizes
na pele da memória,
reação contra a hipocrisia
que escorre
das bocas ornadas
de tantos "intelectuais",
cuja erudição é verniz
sobre o vazio.
Não há o que temer!
Pois tudo já é temido!
O perigo não se manifesta
onde a covardia se veste
de autoridade,
onde a segurança se impõe
como jugo elegante,
um escudo frágil
contra a incerteza
que ruge no mundo.
Vivo em segurança?
Ou em confinamento?
Essa segurança sufoca,
nos molda em cúpulas
de certezas frágeis,
ergue muros invisíveis
que nos protegem
do caos lá fora,
mas nos exilam
dentro de nós mesmos.
Há de parar!
Ou então, pararemos nós!
Porque quem vive assim,
enjaulado em verdades prontas,
aprende a temer
até o próprio pensamento.
E se o medo crescer
maior que o desejo de liberdade,
é a alma que se condena
ao cárcere da resignação,
onde as palavras morrem
antes mesmo
de se tornarem grito.
Os versos que deixo
são insurgências contra o conformismo,
ecos de um coração inquieto
que se recusa a aceitar
a rotina disfarçada de escolha.
É urgente quebrar o silêncio
que nos encobre de poeira,
é preciso incendiar
as ideias moribundas
antes que a chama interna
se apague de vez.
Sou como o mar...
Sou como o mar...
Nuns dias estou serena;
Noutros revolta!
Nuns dias sou paz;
Noutros sou guerra!
Nuns dias amo;
Noutros sinto indiferença!
Nuns dias mostro toda a minha beleza;
Noutros escondo-me!
Nuns dias sou enigmática;
Noutros não tenho mistérios!
Nuns dias solitári
Noutros sociável!
Para quando me apetece....
☆Haredita Angel
31.05.2012
O EFEITO OPOSTO DO BOICOTE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Confesso que Jamais entendi a revolta de quem sofre um boicote quando alguém corre, de alguma forma remota ou presencial, presente ou futura, o risco de partilhar com ele as atenções de um grupo. De uma plateia. De seja lá quem for, cujos olhos ou ouvidos atentos possam significar algum prestígio. Talvez alguma vantagem ou simples notoriedade momentânea.
Se alguém boicota um indivíduo, é porque o admira de alguma forma distorcida. Sente-se ameaçado. Sabe que a presença do alvo de sua admiração torta, seu respeito ferido ou devoção despeitada pode representar uma luz tão forte, que todos os seus esforços para brilhar ficarão à sombra. Serão gestos e desempenhos desesperados, em busca do protagonismo que geralmente não está em jogo, do outro lado.
No fim das contas, boicotes nada mais são (ou nada menos) do que elogios disfarçados em expedientes frenéticos. Um vai e vem desordenado. Uma overdose de amostras gratuitas ou demonstrações de uma superioridade frágil; complexada; inferior. Entenda e perdoe os eventuais boicotes de que for alvo, mesmo sem representar ameaça. Sei bem do que falo.
A minha poesia é feita
desta América do Sul
profunda que recorda
os presos da revolta,
os presos políticos mapuches,
E que seguem presos
uma tropa e um General,
todos presos por pensar
diferente neste mundo desigual.
Nem por um instante
não há como fingir
que nada está acontecendo,
se não houver misericórdia
o Tenente Coronel em greve
de fome vai acabar morrendo.
As flores do jardim
do tempo vem se alternando
e nada vem mudando
neste continente e região,
Há presos de consciência
em Cuba e na Nicarágua
em brutal situação,
não consigo fingir que não.
Em mim estão todos
os signos e o brio de não
compactuar com o silêncio,
não há como se calar
enquanto houver presos
por crimes de pensamento.
Luiza Mahin
Nascida da Costa da Mina,
uns dizem que provavelmente,
Presente em muitas
revoltas afirmativamente,
Incansável Luiza Mahin,
Mãe do Poeta Abolicionista
e de um legado também
importante para mim,
Só quero que me envolva
a minha mente no seu
turbante para eu ter um
pouco desta coragem possante.
no poema cabe revolta
pela injustiça do cotidiano.
uma voz gritando por liberdade!
no poema-vida-real
a guerra martiriza
o terror destrói
e o inocente paga caro
sem ter culpa,
poesia não é só amor e flores
é dor e devastação.
...cada um de nós é este pouco e este muito, esta bondade e esta maldade, esta paz e esta guerra, revolta e mansidão.
Sabe quando você percebe o quanto sua autoestima estava no fundo do poço? Pois é, felizmente, como ela não tem mais para onde descer, você cai na real e passa a não ter mais autopiedade, e sim revolta! E é isso que te faz acordar. Voltar a ter a noção do seu valor. Se dar conta do quanto terá sorte a pessoa que você escolher para ficar do seu lado. Você não precisa rastejar por ninguém. Olha em volta, enxerga a quantidade de pessoas que dariam tudo para ter a sua companhia, pra ter a mínima oportunidade de chamar sua atenção e ter ao menos uma chance de te provar que são merecedoras do seu amor.
E uma revolta é sempre positiva, pois é sinônimo de REVOLUÇÃO, o que traz mudanças profundas. E, neste caso, especificamente, só nos faz lembrar algo que nunca deveríamos esquecer: ninguém vale tanto a pena, a ponto de você deixar de se querer!
Não te revoltes com as pessoas que um dia te fizeram mal, mostre-lhes sempre a felicidade no rosto para que não percebam se o veneno delas funciona ou não.
Tem gente que se sente um jogador lidando com as pessoas, sempre tem uma estratégia, sempre tem uma saída e se esquecem que são pessoas e não peças! Pra você eu digo que quem dita as regras é o jogo e não o jogador! Já passaram por aqui outros jogadores e outros sempre virão e sabe quem sempre vence? O jogo! O jogo da vida...
Hoje eu estou tão revoltada com a situação que se o diabo me disser uma gracinha eu mando ele pro inferno! 😂😂😂😂 (22/12/2020)
Um grito silencioso
O êxtase da dor...
Silêncio que mata,
silêncio que alto sussurra,
Entalado no interior, ele ata,
o nó da dor e da amargura.
Entorpecendo a alma,
dilacerando o coração.
Como um temporal que não se acalma,
transborda tristeza e decepção.
Do profundo vem o clamor,
elevo a Deus esse silencioso grito.
Entretanto ouço do Criador
um silêncio constante e maldito.
Perturbadora é essa mudez,
tal que as palavras não expressam.
Redijo esse poema outra vez,
falando de feridas que não se fecham.
Com as lágrimas encalacradas
e um grito silente,
minh‘alma está a gemer.
E por trás das gargalhadas
e uma expressão sorridente,
escondo de todos o meu sofrer.