Poemas de quem Deu um Fora

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Apenas há princípios imortais, visto que, no dia em que um princípio morre, apercebemo-nos de que se tratava simplesmente dum paradoxo.

O dinheiro destinado à beneficência não tem mérito, quando deixa de representar um sacrifício, qualquer privação.

Onde o homem se apercebe que há um pouco de ordem, supõe imediatamente ser demais.

O esforço dirigido a um objetivo tem sempre por prémio, com a consecução daquilo a que se aspira, a satisfação que o triunfo proporciona.

A amizade, como o dilúvio universal, é um fenômeno do qual todo o mundo fala, mas que ninguém ainda viu com os seus próprios olhos.

Desconfia que a ambição não seja a cobertura do orgulho e que a modéstia não seja senão um pretexto para a preguiça.

Nada como uma boa dose de outra mulher para fazer um homem apreciar mais sua esposa.

O que deve consolar um marido enganado pela mulher é que fica sendo sempre o dono de um prédio do qual os outros têm apenas o usufruto.

Há poucas maneiras em que um homem possa ser mais inocentemente ocupado do que a arranjar dinheiro.

Poucas são as dores, por mais agudas que sejam, às quais uma boa renda anual não traga um certo conforto.

Quando um homem diz que o dinheiro não resolve nada, fica claro: ele é um duro.

Os que têm o dom da palavra e são oradores, têm em mão um grande instrumento de charlatanismo: felizes se não abusam dele.

Aquele que não tem um objetivo, raramente sente prazer em qualquer empreendimento.

Teoria X

- O trabalho é em si mesmo desagradável para a maioria das pessoas;

- Um indivíduo comum, em situações comuns, evitará sempre que possível o trabalho;

- Alguns indivíduos só trabalham sob forte pressão. Eles precisam ser forçados, controlados e às vezes ameaçados com punições severas para que se esforcem em cumprir os objetivos estabelecidos pela organização;

- O ser humano comum prefere que o dirijam, quer esquivar das responsabilidades, tem relativamente pouca ambição e deseja mais nada que sua segurança.

Dor

Passa-se um dia e outro dia
À espera que passe a Dor,
E a Dor não passa, e porfia,
Porque trás dia, outro dia
Que traz Dor inda maior;

Porque embora a Dor aflita
Calasse há muito seus ais,
Ainda, fundo, palpita
Uma outra Dor que não grita:
A Dor do que não dói mais.

(in "Dispersos e Inéditos")

Glória

Vive dentro de mim um mundo raro
Tão vário, tão vibrante, tão profundo
Que o meu amor indómito e avaro
O oculto raivoso ao outro mundo

E nele vivo audaz, ardentemente,
Sentindo consumir-se a sua chama
Que oscila e desce e sobe inquietamente;
Ouvindo a minha voz que por mim chama

Em situações grotescas que me ferem,
Ou conquistando o que meus olhos querem:
Príncipe ou Rei sonhando com domínios.

Sinto bem que são vãs pra me prenderem
As mãos da Vida, muito embora imperem
Sobre a noção real dos meus declínios.

(in "Dispersos e Inéditos")

O Casal

Eles desligaram a luz e o seu globo branco brilha
um instante e depois dissolve-se, como um comprimido
num copo de escuridão. Depois a ascensão.
As paredes do hotel elevam-se na escuridão do céu.

Os seus movimentos crescem mais suaves, e eles dormem
mas os seus pensamentos mais secretos começam a conhecer-se como duas cores que se conhecem e correm juntas no papel molhado de um desenho do rapaz da escola.

É o escuro e o silêncio. A cidade no entanto está mais próxima esta noite. Com as suas janelas fechadas.
As casas vieram.
Eles permanecem embalados e esperam muito próximo,
uma multidão de gente com faces em branco.
no

Insegurança Nacional

A sub-secretária inclina-se para a frente e desenha um X
e os seus brincos balançam como espadas de Damocles.

Como uma colorida borboleta é invisível contra o chão
Assim o demónio funde-se com o jornal aberto

Um capacete desgastado por ninguém ganhou poder
A mãe tartaruga foge voando por debaixo da água.

LUMIAR

Dou-me conta do nome a que reduza
sua história este lugar e entendo

como um nome não é somente o som
arbitrário que a minha mão regista

prendendo o designado: um mar
sob a luz fina; tanto tempo fixa

um lugar no seu corpo, que se torna,
tal como o tempo que contém, flexível

O nome do lugar sempre designa
a fluidez da vida retida

(A moeda do Tempo, Assírio & Alvim, 2006)

TU ÉS UM LADRÃO

Roubaste a minha alma
Roubaste o meu amor
Agora ficam só lampejos ...
...de um triste coração
Nas ruas que eu ando
Só vejo ilusão
O amor quando morre
Vira adubo no sertão
Nasce nada não
A não ser desilusão
Coisa triste de dizer
Mas quanto a isso
Nada posso fazer
Sigo meu caminho
De mansinho
Esperando o verdadeiro
Amor nascer...

Inserida por palcodasflores

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