Poemas de quem Deu um Fora
Aonde eu vago pelo mundo redondo
Daqui um minuto você vai embora
e eu não vou mais estar lá
porque a locura da vida vai me levar de novo a outro lugar
por favor não me esqueça
eu sei que a gente ainda vai se encontrar
e você vai se lembrar
vai lembrar que um dia
eu já te mandei te ferrar
então no fim
no fim
a gnt se reinventa
Eu não sei o que fazer, cada lágrima se torna um rio, sou apenas um marinheiro em um tempo frio
Tempo que trás a tempestade, me torna um escravo de minha própria liberdade, me liberte deste mar que entope de lembranças, lembranças de um garoto que um dia sorriu
Me jogue no mar, me deixe afundar, ate me afogar, lá lá lá, o doce som das correntezas por mas que fortes são calmas, acalme minha alma
Deus Poseidon, escute meu som, me deixe sair, de minha âncora, pesada e profunda, que esconde minha voz muda, eu..quero gritar, mas temo que meus gritos virem apenas palavras.
Para Camões, o amor é um fogo que arde sem ver, para mim, é aquela fração de segundo que eu fecho os olhos e vejo o seu sorriso.
É quando me lembro de você tirando a sua blusa branca de botões e jogando-a no chão, é quando eu me esqueço do mundo ao redor estando com você, e o seu nome sai abafado de minha boca.
É quando eu guardo meu amor para você, escondendo-o de todos.
Foi te reconhecer no meio da multidão, foi confiar mesmo não te conhecendo.
É o coração acelerado quando ouço seu nome, é a lembrança do seu toque, do seu gosto.
É te encontrar nos meus sonhos.
Só lá...
Estávamos assim, frente a frente,
Eu e o meu eu lírico,
foi um intrigante discussão...
Há tempos que ele me cobra,
me intimida, incomoda.
Sua primeira pergunta...
Que tal transformar a dor em flor?
Eu cego, no meu ego, franzi a testa e respondi...
Não consigo falar, sem a mim observar.
Só sei falar de mim,
da minha própria dor, do meu desamor...
Meu eu lírico, triste, decepcionado,
Colocou-me contra a parede e propôs-me um desafio...
Tente, ao menos tente, seja o que vier na mente.
Aprenda a flutuar, ao escrever sejas tudo. Permita-se.
Antes que eu lhe perguntasse, nem mesmo deixou que eu falasse,
Transportou-me de mim mesma, a ser outras coisas,
a ter outros olhares. Olhe em volta! Veja os versos!
Dos poetas que admiras. Eu, o eu lírico, sempre estou.
Num poema sejas flor, no outro, um gato
ou qualquer outro bicho…
Seja uma dama recatada…
Em outro uma amante debochada…
Fale como se fosses um nobre Cavalheiro,
ou quem sabe sejas, um bêbado na estrada…
Criança, adulto ou idade avançada,
liberte-se e escreva sobre tudo!
Seja o que desejares, o que na escrita te inspirares!
Na natureza sejas tudo!
Fogo, água, ar, tempestade!
Sinta e seja todos os sentimentos,
para uma escrita intensa, fundamentada.
Fale de fé, com cuidado e respeito,
fale do bem e fale do mal.
Eu já sem fôlego, entusiasmada e o eu lírico?
Não parava, pois, era infinito o seu ser,
e queria a minha escrita ampliada!
Enquanto ele falava, eu fechava os olhos
e tudo imaginava.
Desejando que ele nunca mais se calasse.
E segui caminhado na imaginação da minha estrada,
passando por eles, todos os personagens,
que na caminho me esperavam.
À medida que eu andava, percebi,
eu e o eu lírico éramos um,
ele era tudoo que eu internamente desejava.
E todos os meus futuros poemas,
há tempos moravam em mim.
São muitas sombras engendradas
nos genes e na cultura —
a luta lá em nós mesmos
só pode ser um drama (in)gente.
LA
Um compromisso afetivo
seguido de fidelidade
enquanto ele durar —
devia ser o mínimo
entre parceiros.
LA
Numa Lápide
Ontem estavas,
hoje, já não.
Cobriu-te o mundo
com o seu chão.
A vida?
Um “sim” num “não”...
..............................
E o vento passa
como se nada
acontecera...
Ele será
o teu diário
e fiel amigo...
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O mais,
o mais é pó
e ao pó
somente o amor
sobrevive
LA
Se você gostasse mais de poesia
que de dinheiro,
lhe mandaria um poema.
Como gosta mais de dinheiro,
lhe mando cinco reais.
LA
Condição Humana
Mais uma vez um vírus,
sim: um vírus
nos diz — zombeteiro —
que tudo o que construímos,
que todas as nossas luzes,
todas as nossas glórias e conquistas —
tudo isso é tão pouco,
tão quase nada...
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Sim, ora um vírus,
ora um micróbio
e outros microscópicos
nos dizem coisas desse tipo...
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Temos visto as ruas do mundo:
desertas — escatológicas —,
ruas e monumentos belíssimos,
belíssimos e desertos —
os seres humanos entocados,
fugidos uns dos outros —
e tudo por um vírus,
por mais um vírus...
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Meu Deus, são tantos vírus,
tantos vírus através dos tempos,
tantos vírus que nos separam,
que nos impedem!...
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Enquanto — humilhados —
lutamos por soluções,
a Vida parece convidar
e propor a todo ser humano
empatia e reflexão,
reflexão e empatia
com e sobre esta hora —
com empenho, ações e ajuda
ao Outro
em nossa pobre condição humana.
LA
O cara era fodástico:
matava um leão por dia...
Não demorou, o tal do Hércules
— sem querer e sem saber —
hospeda um ser bem microscópico
que — sem nenhuma ironia
nem seriedade —
o matou.
Os leões festejaram,
os amigos também.
Já a mulher, nem tanto.
LA
Um Tilintar De Prata...
Um tilintar de prata, um quê de rosa,
aquela voz caía fundo em alma,
brisa morna através de fina palma,
murmúrios a luzir poesia em prosa.
Um tilintar claríssimo, uma glosa
de fino repentista em tarde calma...
o escorrer pelo rosto de uma lágrima,
uma lembrança entre azul e rosa.
Finos talheres que jamais usei,
taças cantando um sonho cor de vinho,
voz hialina dizendo o que não sei.
A rosa, a prata, a voz: esse o caminho —
lembrança sazonada de um outono
caindo como folha ao abandono.
LA
Cada um com seu jeito de colher as lágrimas
Não muito poucos martirizam-se
Não muitos se desviam
Eu escrevo.
Escrevo
Não para esquecer
Mas para que haja registro.
Escrevo
Não para amenizá-las
Tampouco para intensificá-las
Mas para que tornem-se minhas professoras.
O que te move?
Quando um novo ciclo se inicia, a busca por encontrar nossa paixão sempre vem à tona. Com isso crescem os questionamentos:
Será que estou no caminho certo?
Estou fazendo o que eu amo?.
É preciso buscar o autoconhecimento e seguir a direção que move o seu coração, aquilo que te faz levantar da cama todos os dias, pois, nunca é tarde para um novo começo.
Então apenas pare, mude a direção e volte a viver.
Artifício
Crie sintonia com arte.
Sinta plenamente o abstrato
extraído em cada um dos mínimos detalhes.
Traços, rastos que revelam um outro ser.
Portas que estão abertas em sua direção,
iluminando tua fronte com todo resplendor.
Ouça esta voz, que canta ao anoitecer.
Quando ousar pensar que o fim chegou,
abra os olhos, pois ainda nem começou.
Ansiando
No peito sinto o fim abeirar.
Na inspiração um bloqueio,
há uma paixão que me dá medo!
Pressinto um recomeço.
Que segue alado,
o sentimento calado.
Chegando assim,
parecer tormento.
Sem perceber,
desfaz meu coração que por si sofre.
Na ilusão maior,
que foi te esperar te ver partir.
Contudo então...
O silêncio de meu interior,
explode um turbilhão de obras tuas.
Jamais reveladas por ninguém!
Lirismo de um albino
Albino sou eu,
eu e mais aquela que está a minha frente,
na minha imaginação,
contente,
Será que alguém me compreendeu?
Albino,
aquele ser tão especial,
mas nada fora do normal,
onde teu sorriso é cativante.
Albino,
aquele que muitos gostam de falar,
ao teu lado caminhar,
e alguns têm vontade de abraçar.
Um manifesto de Deus,
na vida dos filhos teus.
Aquele que cativa a cada olhar,
sem te dar
o direito de pensar.
Albino,
pessoa de verdade,
o mais querido da cidade,
porque a todos sabes cativar.
Assim eu sou,
assim nós somos,
um ser carregador de amor,
da mais profunda emoção,
que trago no coração.
Cale-se mundo.
Deixe me a só com meu mundinho.
Um mundo mudo pra mudar.
Pois no silêncio somos capazes de escutar.
Em cada mundo um coração.
Em cada coração uma canção.
Em cada canção uma emoção.
Nesse silêncio, ainda podemos escutar.
As vezes tudo o que eu queria era um aconchego nosso
Aquele sem ócio, só com brilhos do teu olhar
Que me apega, que me aperta, que me cega
Mas um dia eu te tenha quem sabe eu
Te lembro que a vida é feita de transtornos imediatos
De sopros falsos
Que nos levam ao sul
E se lembra: a gente ia pro norte
Pra que eu ter um par de asas
Se eu posso voar com os pés no chão
Eu te digo outra vez que tudo o que eu queria era um aconchego nosso.
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