Poemas de quem Deu um Fora

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Criaturas que derretem-se, entregam-se, consomem-se e não sabem negar-se costumam trazer um sorriso enigmático nos lábios.

Não existe não morrer um pouco quando você chega. E de vez em quando tudo o que a gente quer é mesmo dar um tempo da vida.

Tati Bernardi

Nota: Trecho de "Só mais um pouco de cala a boca"

Existe apenas um ponto do universo que pode ter a certeza de conseguir melhor, esse ponto é você mesmo.

Aldous Huxley
Time Must Have a Stop (1944).

Se realmente existe um Deus, ele deve estar brincando de esconde-esconde com as suas criações.

‎"Seria até um pecado não dar valor a vida, não é mesmo? Com tanta gente pior por aí, não é mesmo? Seria um pecado não ser absolutamente feliz. E sorrir o tempo todo. E seguir a vida em pé."

Eu só quero uma coisa: que baixe um disco-voador e me leve pra bem longe desta mesma ci-vi-li-za-ção de pessoas cinzentas.

Um homem não é as roupas que veste, não é o lugar de onde veio, nem é o que fez no passado. Conceituar as pessoas pelo o que fizeram no passado é não confiar na própria evolução do indivíduo, e está claro que todos os indivíduos evoluem em suas vidas.

Separaram a gente, as circunstâncias e as coisas. Então vamos viver e um dia a gente se encontra.

O fim de um romance quase nunca tem a ver com os rompimentos de novela, onde a mocinha abre mão do amado porque alguém a está chantageando ou porque descobriu de um dia para o outro que ele é, na verdade, seu irmão gêmeo. No último capítulo tudo se esclarece e a paixão segue sem cicatrizes, Já rompimentos causados por decepções e incompatibilidades reais não são assim tão fáceis de serem contornados.

11. M de Mensagem

D. Dinis

Na noite escreve um seu Cantar de Amigo
o plantador de naus a haver,
E ouve um silêncio múrmuro consigo:
É o rumor dos pinhais que, como um trigo
De Império, ondulam sem se poder ver.

Arroio, esse cantar, jovem e puro,
Busca o oceano por achar;
E a fala dos pinhais, marulho obscuro,
É o som presente desse mar futuro,
É a voz da terra ansiando pelo mar.

José Serra é um administrador de competência inquestionável. Sem dúvida que o Brasil estaria em boas mãos sob sua Presidência.

Entretanto, será difícil convencer o povo brasileiro de que o país precisa de boa governança, ao passo em que o país vive um período de grande crescimento econômico. Seria o mesmo que dizer que o Brasil precisa de freios, e por mais que precise, mesmo, o povo não gosta de ouvir isso.

Também será difícil José Serra convencer as pessoas de que ele conseguirá guiar o país num caminho de desenvolvimento consciente e melhor. O povo só valoriza estabilidade quando não à tem. Quando tem estabilidade, o povo valoriza ousadia, e por que acreditariam que Serra será ousado, se o pensamento daqueles que o acompanham e dele próprio nunca foi este?

Marina Silva, por sua vez, tentará ganhar votos pelo Carisma. Dentre todas as candidaturas, é a que terá menor tempo em televisão. Tem também menores recursos. Empregará apenas R$ 90 Milhões em sua campanha, a pobre candidata, e pedirá que o povo vote com o coração. Assim como se candidatam com o coração todos os Presidenciáveis deste país. A nobreza destas pessoas me encanta... Pessoas de Deus!

E Dilma Roussef, o que dizer dela? Prefiro nem dizer. Coisa ruim, quanto mais a gente fala mal, mais ganha força. Mas uma coisa eu posso afirmar, com certeza, a respeito das eleições brasileiras: seja quem for que vença, a presidência será ocupada por uma pessoa muito, mas muito feia!rs

Para um Amor na Rua

Meu amor,
vem pra casa que ouvi dizer
que vai estourar a guerra
Nostradamus previu
Raimunda, nega Raimunda confirmou
Por favor, ponha os pés na terra
Chão firme cama da gente
ouvi dizer que vai estourar a guerra.
Você que é mundano convicto
você que erra
vai argumentar que não há perigo e o escambou
que é apenas o "bicho" internacional.
Vai confundir tudo com show
vai dizer que tem Prince, Rock n'roll
Gun's N'Roses e talvez Gal;
É mau, meu bem
tem também Sadam, Bushes e mesquinharias
Vem pra casa guardar num cofre sua ingenuidade
vem proteger da maldade sua fotografia.
Aqui fiz cuscuz farofa e feijão fraldinho
aqui pintei filosofia, comigo-ninguém-pode
espada de São Jorge, jasmim, arruda, carinho.
Tudo anti-míssil
tudo bruxaria anti-crueldade bélica
Lá fora alguns meninos
querem experimentar a potência
de seus terríveis brinquedos.
Não tenha medo
vem pra casa sem nem telefonar
aqui tem ar, poesia, fé
e tudo que a alegria da alma encerra.

Vem, meu amor
que ouvi dizer que vai estourar a guerra.

(verão de 1991)

É um campo verde e vasto

É um campo verde e vasto,
Sozinho sem saber,
De vagos gados pasto,
Sem águas a correr.

Só campo, só sossego,
Só solidão calada.
Olho-o, e nada nego
E não afirmo nada.

Aqui em mim me exalço
No meu fiel torpor.
O bem é pouco e falso,
O mal é erro e dor.

Agir é não ter casa,
Pensar é nada Ter.
Aqui nem luzes (?) ou asa
Nem razão para a haver.

E um vago sono desce
Só por não ter razão,
E o mundo alheio esquece
À vista e ao coração.

Torpor que alastra e excede
O campo e o gado e os ver.
A alma nada pede
E o corpo nada quer.
Feliz sabor de nada,
Inconsciência do mundo,
Aqui sem porto ou estrada,
Nem horizonte no fundo.

Há mais boa vontade do que bom senso em minhas palavras
E a isto cada um receba como quiser
Porque o bom senso muitas vezes é o signo dos hipócritas
Assim como muitas vezes a boa vontade é o signo dos errantes

Apenas um garotinho,
vivendo seu mundinho,
Tentando ser Feliz
com seu Jeitinho de ser .

" O sentimento não suporta tudo.
Mas é desse tudo que é feito um sentimento:
de choques e prazeres, de desejos e solidão.
O sentimento fatiado não existe.
Lascas só de sentimentos bons: não.
Vem sempre junto a parte estragada"

Crônica: Sentimentos indecisos - Livro: Montanha Russa

Círculo vicioso

Um dia, milhões de bebês choraram na liberdade uterina do milagre da vida: nasceram. Não vestiram seus corpos, não lhes calçaram sapatos nem lhes deram o conforto do seio materno, antes da posse do sonho infantil, foram rejeitados, ao rigor do abandono.

Um dia, mãozinhas trêmulas, inseguras, sem afeto, bateram na porta do vizinho, procurando abrigo. Não havia ninguém ali para oferecer afeto nem portas havia na pobreza do lado. O menino escorregou na direção da rua.
Um dia, a criança anêmica foi eleita à marginalidade da escura noite e disputava papelões e pães no lixo do depósito público. Aos tapas, cresceu como grão perdido no vão das pedras, sem a mínima possibilidade de sobreviver: sem teto, sem luz, sem chão.

Um dia, o adolescente esperto teve alucinações de vida e o desejo de conferir a sociedade: candidatou-se à luta amarga do subemprego. Alvejado pela falta de habilitação, foi condenado como vagabundo, recebendo etiqueta oficial de mendigo.

Um dia, o adulto desiludido, amargurado, sem emprego, sem referencial, saiu à procura do amor. No escuro, mas cheio de esperanças, foi colecionando portas fechadas pelo caminho. Sem Deus, sem nome, sem avalista, sem discurso, acreditou no “slogan” das campanhas sociais.

Um dia, o menino mal nascido, mal amado, mal educado, não soube cuidar do filho que nem chegou a ver. Não ouviu seu choro. Imaginou apenas que, após nove meses de duríssima gestação, alguém brotara de um rápido encontro, irresponsável, assustado e vazio que sempre ouviu dizer que se chamava amor.

de um rali que escapei
quase ilesa
um pouco de lama na alma
e olho injetado de dor
descobri novas marchas
co-pilota de planos que não tinha
tirei meu nome do mapa
e segui a trilha sozinha

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

Sustenta palavra de homem
Que eu mantenho a de mulher

Eu bem queria fazer um travesseiro dos seus braços.....

É como um poço sem fundo.
Voltamos a sentir o apelo do nada,
a tentação de cair,
de nos rejuntarmos
a uma obscuridade que nos convoca.

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