Poemas de Pessoas Fortes

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Pureza e Nostalgia


⁠Na música
Louvamos
Amamos
Esperamos
Recordamos

Toma forma
O espírito
Em vibrações

Capta
Transmite
De forma
Singular

O âmago
Da mente
Da alma

Vibra-se
Em voos
De fantasia

Depois veio
O verão e veio o medo
Desceu de seu castelo até o rochedo
Sobre a noite e do mar
Lhe veio a voz

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço
Meu tempo é quando

De onde a árvore do castigo
Dará madeira ao patíbulo
E de onde os frutos da paz
Tombarão no chão da guerra

Inserida por samuelfortes

A Estante Armário

⁠Em sua
Singularidade
Vive
Seu universo

Glamouriza
Segundo
Seu viés

Pilares mágicos
Da
Imaginação

Sossego
De vida
Cotidiana

Serenidade

Amálgama
De
Irresistível
Fascínio

Inserida por samuelfortes

Vez Por Outra

Tinha disso

Sacudir
Poeiras
Do existir

Reativar
Emoções

De
Seu tempo
Até então

Não mais
Que
Muito menos

Não menos
Que
Qualquer direção

Inserida por samuelfortes

Gosto de Sol

Sempre vem

Cada vez
Mais volumoso
Mais intenso

Sem prazo
De validade

Qualquer dia
A gente se vê


Carinhosamente
De presente
O passado

Inserida por samuelfortes

⁠Livre Pensar


Preguiça
Da boa
É dádiva

Sem essa
De pecado
Capital

Preguiça
Alongamento
Do espírito

Preguiça
Saúde
Mental

Inserida por samuelfortes

O Caos

Coisa boa
De
Se fazê

Sentá
Na cadeira
De bom
Parecê

Oiano
Pra onti
Que já
Foi coisa

Bastano
Presente

Que

Agora
Bem é

Manhã
Sempre vem
Que seja
Do jeito
Que
Deus quisé

Inserida por samuelfortes

⁠Arrevoar de Flechas

Canjiquinha
No muro retilíneo

Tem banana
Tem mamão

Abeia
Zumbino
Em volta

Passarim
De
Montão

Nos fios
Os pássaros
Escrevem música

Pássaros cantando
No escuro
Calor de amanhecer

E agora o que fazer
Com essa manhã
Desabrochada a pássaros?

O bosque seria muito triste
Se só cantassem os pássaros
Que cantam melhor

Brisa de inverno
Como flechas de sombras
Os pássaros voltam

Ruídos dos carros

Escuto pela mesma orelha
Que os pássaros.

É tempo
De fazê
Nada

É tempo
Danado
De bão

Inserida por samuelfortes

Cipó da Manga


Balangano
Na cadeira
De balangá

Ispiano
O que tem
Pra ispiá

Tem cheiro
De coisa
No ar

As abeia
Já foro
Pra lá

Jabuticaba
Acabô
De florá

Ipê
Não fica
Pra trás

Flor

De
Manguinhas
De fora

Qué
Se mostrá

Inserida por samuelfortes

⁠O Aproximar do Amanhecer


Olhou
Por cima
Do degrau
Da cancela

O terreiro
Com pedras
Onde
A sombra
Marca
Hora

O quintal
Com plantas
E árvores

Não
Se vê
Os fundos

Que
Imagina

Não tem
Limites

A vida será mais bem vivida
Quanto menos sentido tiver

Visto que
Criar a própria vida

É viver duas vezes

Inserida por samuelfortes

⁠Dez prás cinco



Dia
De sol

De sol
De
Meio-dia

Balanço
De cadeira
De palhinha

Palhinha
De cadeira
Ao
Meio-dia

Em dia
De sol
De sol
Do
Meio-dia

Sol
Que
É vida

Que é
Música

Que é...

É dia
Dia de sol

Sol
De balanço
De cadeira
De palhinha
Ao meio-dia

Mas

Com o frio da garoa
Da noite que passou
O cheiro do fogão a lenha
Que de aceso se apagou

A noite o fez negro
Fogo o avermelhou
A aurora nascente
Todo o amarelou

O agora que foi ontem
Tão distante aproximou

A linha móvel do horizonte
Atira para cima
Os ventos que vem de longe
Na nudez absoluta

Tanto em mim como ao mar

Inserida por samuelfortes

⁠A Febre



Toda convicção
É uma prisão
E
Nenhum preço
É alto demais
Pelo privilégio
De ser si mesmo

De uma maneira
Ou de outra
Estamos equilibrados
Na borda
Do para sempre

Em uma mistura
Inflamável
De ignorância e poder

Onde o mundo real
É muito menor
Que
O da imaginação

Inserida por samuelfortes

Depois de Amanha


⁠Depois de amanha, serei, finalmente,
O que hoje,
Não posso nunca ser

Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho sede como dos desesperados de outrora
Tenho jeito, daqueles que ainda poderão existir,

Não que se faça pouco
Não que ainda seja ainda muito pouco
Não que eu não vá até lá

Tenho já o plano traçado
Mas não
Hoje, não traço planos

Apenas

Depois de amanha

Inserida por samuelfortes

Imaginando


⁠Na pedra
De
Assuntá

Dominio
Pastoril
De Pan

De Vênus
Deusa
Da Beleza
Da graça

Universo
De alegorias
Dionísíaco

Exuberante
Em
Leveza

Suavidade
Do
Simples

Inserida por samuelfortes

⁠SAUDADE!

Sentiu
Tristeza

Ouvindo
Acordes

De
Indefinida
Saudade

Saudade
De
Não sabe
O quê

Saudade
Do que
Ainda
Nem é

Saudade
Melancolia
Sempre
À espreita

Inserida por samuelfortes

O Choro e o Cheiro

Olha
Em frente

Para
Um lado

Para
O outro

Olha
Acima

Olha
Em baixo

Olha
Pra tudo
Quanto há

Olha
Mesmo
Até quando

Não
Há nada
Pra olhá

Olha sempre
Na esperança
De ter algo
Pra olhá

Inserida por samuelfortes

A Perda



Sentir
Harmonia
Do mundo

Força
Elemental

Hipnótica

Fruto
Do
Silêncio

Silêncio
Constrangedor

Olhar da janela
Matutina

Olhar pela varanda
Vespertina

A vida
Não para
É o sentimento

Ali está

Ele

Presente
Preservado

Inserida por samuelfortes

Novelo

Por aqui
Chegou
Faz tempo

Para traz
Deixou
Coisas

Por aqui
Juntou
Tem juntado
Coisas

Ave
De arribação
De sonhos

Memórias eternas
De algo que se juntou

Menininho

Por aqui
Chegou
Foi ficando
Ficou

E

Juntou
O
Juntado

E se foi
Voou
Para dentro

Inserida por samuelfortes

Sincronia

O eu
Lírico
O eu
Do poema

O eu
Que
Não sou
Eu

Intrigante
Instigante

O eu
Do tempo

Singular

Lírico
Eu

O eu
Do poema

Que
Não sou
Eu

Eu
Que não sei
O que sou

Inserida por samuelfortes


Vitalidade

Simetria
Formal
Bem
Calculada

Suavidade
De jardins
Sob chuva

Amor
Apaixonado
Pelo
Que possa
Existir
De
Mais Belo

Razão
Das
Razões

Inovações
Harmônicas
Ritmo

Falam
Por si

No banco parado
Sentado à assuntá


Inserida por samuelfortes

BABEL!

Na trilha
Em que
Trilha

Na pedra
De
Assuntá

Contemplando
O que há
Pra contemplá


O que
Orna

O que
Não

Quem vivê
Vai vê
No quê
Vai dá

Inserida por samuelfortes