Poemas de Pessoas Fortes

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⁠Entre Dor e Prazer

Entre a dor e o prazer, escolha a dor. Entre a verdade ou o falso, encolha a verdade. A verdade e a dor podem ser amargas com quem as procura, mas lembre-se: o amargo é o que realça o doce. O doce pode ter várias facetas, mas o amargo é sempre amargo.
Alguns homens perturbam-se com a verdade, por achá-la amarga e dolorosa. A verdade, no entanto, não é dolorosa, nem tampouco amarga, é que esses homens acostumaram-se com a mentira.
O divertimento seria o seguinte: você deseja o que você não tem, de repente você consegue o que você deseja e ai você não deseja mais e ai passa a desejar outra coisa. O divertimento seria assim trifásico: querer o que não se tem, conseguir o que desejava antes, e buscar agora outra coisa que agora deseja. Então você percebe que o divertimento é marcado por um pêndulo: ou você deseja e não tem, ou tem o que não deseja mais. Percebam que a lógica do divertimento é a lógica do saco sem fundo, é a lógica do invariavelmente faltando coisas e você estará invariavelmente buscando aquilo que te falta.

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Martelo Comunista


O Homem se fez e se faz no trabalho, desde quando um aleijão virou o dedão de lado, pois resultou na pegada da pinça entre dois dedos. Pôde segurar mais bem a comida, pegar as frutas, arrancar as raízes, catar as sementes, os seixos, com o auxílio de uma alavanca em ponto de apoio deslocar as pedras e o mundo, e com o martelo quebrar. Com o cinzel e um pincel, com pigmentos orgânicos e minerais, pintar, e com as mãos levantar as casas.
Dominou o mundo e produziu, perdeu o controle da produção e se alienou, pois quem constrói a casa, faz o pão e a plantação, em geral, não tem teto e até passa fome se vendendo e se acabando no trabalho físico sem ficar com a mais-valia que se multiplica no capital com trabalho alheio.
É a vida, mais menos que bem vivida, mas em si o trabalho deveria dignificar o Homem, quando constrói até a cerca que delimita a propriedade privada que completa o domínio do capitalismo.
É isso que se faz no trabalho, ganham pouco, se exauri e aumenta o capital e garantia da propriedade privada que a delimita e impede o invasor.
O dinheiro e cerca são os símbolos do capitalismo. Assim como o martelo cruzado com a foice o símbolo do trabalho e da sua libertação.

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Eleição

Novamente
De novo
Eleição

Tá no rádio
Jornal
Televisão

A escolha
É sua
Atenção

Sua arma
É
Seu voto

Tira Deus
Da
Confusão

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Entre o Foco e a Distancia Objetiva


Democracia
Espelho
Assustador

Nos vemos
Nos políticos
Que elegemos

Quebrá-lo
É azar
Na certa

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BR 116

Viajar
Viajou
E como

Por onde
Jamais
Ousou

Viajou
No tempo
Certo

Tempo
Certo
De viajar

Na mente
Muita
Memória

Memória
É bom
De lembrar

Memória
É vida
Que segue

Memória
É bom
De cuidar

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⁠Aguardente


Um executivo
Que elegemos

Um legislativo
Que elegemos

TAMBÉM TEMOS!

Um judiciário
Diversas polícias
Forças armadas

SÓ NÃO TEMOS!

As necessárias
Garantias
De segurança
E tranquilidade
Para tocarmos
Nossas vidas

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Poisé

É horrível assistir à agonia de uma esperança. É preciso ter o caos dentro de si para gerar uma estrela dançante e, se a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela. ⁠O desespero eu aguento, o que apavora é essa esperança.

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⁠Páscoa


Renovação
De
Esperanças

Tempo
De desfrutar
Também

As delícias
Das arrumações
Do ambiente
Pelos netos

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Pierre-Joseph Proudhon


O Homem se fez e se faz no trabalho como disse Marx, não o Luther King Jr.

O Homem se fez e se faz no trabalho e, quando ele não detém o fruto do seu trabalho, este é furtado ou transferido ao outro e aí o gerador da riqueza se aliena. Igual padeiro que não tem pão em casa, o pedreiro que é sem teto, o boia-fria que é um sem terra, que não é de deus nem do diabo que não existem, mas do Homem, porém planta, colhe e passa fome.

Na sequência do raciocínio lógico, o dinheiro não dá em árvore, sempre alguém tomou de alguém e quem tem uma casa sobrando e vive da renda dela por aluguel, na realidade está roubando a renda do outro.

Foi Pierre-Joseph Proudhon que consagrou o chiste: "a propriedade privada é um roubo". E, foi que Karl Marx quem melhorou: "proletários do Mundo, uni-vos! Vós não tem nada a perder exceto os seus grilhões".

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⁠Livre Pensar

Ensinar estoicismo e aristotelismo humanista na veia, contra os reacionários pré-modernos neoplatônicos racistas e fundamentalistas religiosos.
Esta turma reacionária vive de valores arcaicos e do irracionalismo de visão palingenesia milenarista de cultura pastoral.
Sair da Transcendência (Teocentrismo) para Imanência humanista antropocêntrica do Reino do devir.
A imanência opõe-se à transcendência. Os dois conceitos implicam maneiras radicais de vida, completamente diferentes uma da outra.

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⁠ Livre Pensar

Leitura em ciências humanas, principalmente na análise de formação fenomenológica existencial que tem ligação filósofa histórica desde Antiguidade Clássica (estoicismo, aristotelismo, platonismo, etc). Esta Antiguidade Clássica serve de tijolinhos para Medieval Cristã, Humanismo renascentista, Iluminismo e marxismo. O erro reacionário é não analisar os tijolinhos que para compor a teologia cristã e diversas correntes ideológicas ao longo do processo histórico, necessita de tempo.
Imanência humanista antropocêntrica, pega tijolinhos da Antiguidade Clássica contra Teocentrismo medieval que é helenização do Cristianismo igual a junção do Cristianismo com neoplatonismo pagão. Para pegar os reacionários, vai bater no neoplatonismo pegando correntes que contestam na Antiguidade Clássica.

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Melancólicas


Avançamos
Em ciências
E
Tecnologias

A desejar
Em
Civilização

Em melancólicas
Sinécleses
Em
Depressão

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Silêncios


⁠Agora dei-me
Valei-me

À ter pena de mim
À sonhar sem dormir
E a andar
Como se fosse outro

Agora sei
Sei que fugi

E agora é
O que é
Mas não é

E já não sabe o que quer
E morrer na maré

Pois é
O que é mas não é
E já não sabe o que quer
E quer morrer na maré

Pois é

Se você vive à toa

E de tanto buscar sentido
Fiquei sem sentidos
Sentido
Senti
Sem ti
Sem mim

Sem os silêncios interiores necessários

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⁠Caminhar


De dia
Sol

De noite
Luar

Nas outras
Restantes

O azul
Pálido

Do brilho
Estelar

É vida
Que segue

É

Jeito
De
Caminhar

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O Dirceu de Marília


⁠Traquinas
Sapecas
Ditosas
Marílias

Ditosos
Não menos
Traquinas
Sapecas
Dirceus

Em tempo
De
Necessárias
Inevitáveis
Peraltices

Terna
Eterna
Vila Rica

Inesgotável
Ouro Preto

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⁠O Espaço e o Tempo


Se o tempo
Parece pouco

Eternize
O segundo

Em
Hora incerta
De
Incerto dia

Subindo
A
Rua Direita

Na
Praça Tiradentes...

Inacreditável!

Estátuas
Descidas
Dos
Monumentos

Conversavam
Inesgotável

De que segredos soubeste
Suspenso na crista agreste
Do imenso abismo sem meta

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⁠Da ignorância Trazida
À tona

Por uma geração
Que

Só lamenta

Os infortúnios do dia a dia
Do umbigo da própria barriga

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⁠O Velho Diabo,
Que
Não existe

É temido por ser Velho
Não
Por ser Diabo

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Se o tempo
Lhe
Parece pouco

Eternize

Não, estou bem
Porém
Eu fico mal

Se
Me caso

Tirar a vírgula

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Patologia da melhoridade

Duas coisas pressupõem um observador que constata a diferença, uma coisa. Uma coisa não é, porque é diferente da outra,uma coisa é singular da outra e se torna diferente porque está observando as duas e comparando. A diferença pressupõem comparação, singularidade não,as coisas são singulares.Se as coisas são maravilhosamente adequadas às suas finalidades e elas são singulares, é porque as finalidades também são singulares,porque se todos tivessem a mesma finalidade seríamos iguais, mas não somos iguais, e sim singulares. Aristóteles disse: a nossa finalidade é singular na medida de nossa singularidade.
O que justifica a minha diferença em relação a você é a diferença de nossa finalidade .Mas, eu comprei um livro do Lee Iacocca e, se chama "Como se dar Bem", algumas pessoas tetam imitá-lo, Aristóteles disse aconselha,porque mesmo que Lee Iacocca tenha sido feliz, o que não significa ser aplaudido, senão não teríamos celebridades suicidárias,mesmo que ele tenha vivido bem,ele viveu a vida que é dele, buscando a felicidade que é dele, é claro que a sua própria finalidade. Então é óbvio, não é a sua e você não é igual a ele, a busca é uma coia individual singular e intransferível.
É claro que quando você se depara com essa reflexão,você é obrigado a constatar como Aristóteles constatou que em toda cidade, é a sociedade que classifica as pessoas em função de seus afazeres, alguns afazeres valem mais do que outros, mas isso não tem nada a ver com sua finalidade, sabe por quê? Porque a sua finalidade, ela decorre da adequação da natureza do seu corpo com o universo, não tem nada a ver com aplauso ou glamour da sociedade em que você vive, portanto se você viver atrás do glamour, correrá o risco de viver uma vidar que não é a sua.

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