Poemas de Morte

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⁠Passei por aquela rua que disseram ser perigosa. Ali, fiquei esperando a morte.

Há uma hora propícia ao arrependimento: a da morte, quando já não é possível nos arrependermos dele.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.

⁠Se o desamparo, o desalento, a desproteção e a insegurança que a morte do pai e da mãe causa no ser humano, não fosse tão desestruturante; não teríamos tantos seres errantes e emocionalmente deslocados no mundo.

A morte... A vida... Totalmente contrárias, mas a vida é dada à nós, a morte chega para retira-lá.⁠

⁠As pessoas vivem por viver, esperando a morte chegar. Ou melhor, muitos não vivem ou sobrevivem, mas sim fazem de tudo apenas para adiar a morte.

⁠A morte só tem o poder de nos tirar a presença de quem amamos, porém nunca a essência. A aparência ficou no passado, a essência fica no AGORA.....

⁠No mesmo hospital que temos uma notícia de um nascimento, temos uma notícia de morte, alegria e tristeza andam juntas.

⁠Algumas coisas na vida são certas: morte, impostos e que sua família vai irritar você.

⁠A Terra era um símbolo de vida. O espaço, de morte. Agora, graças ao milagre da tecnologia, podemos pescar num riacho acima do céu. As crianças podem perseguir borboletas em imensas áreas verdes.

⁠Quem mata e come animais não ama, porque quem ama não mata nem compartilha da morte forçada e anormal. A natureza muito produz para o sustento dos animais e dos homens, a matança de animais é uma carnificina normalizada no mundo sombrio que há muito está atolado em trevas.

⁠Na valsa de minha vida,no compaço da minha tristeza sigo dançando com a morte bailando como o meu desespero com o choro como professor e a depressão como participação especial.

⁠Desejar a morte do próximo não expressa somente um senso de justiça deturpado, trás a tona todo ódio e escuridão que já existe por dentro, corroendo a cada dia a própria essência de bondade, trazendo assim ressentimento e angústia.

A Vida e bela, a Morte terrível ou seria, na verdade, a Morte bela e a Vida terrível?

⁠Em cada boca fria um profundo corte. Licor de morte em cada poesia. A face do poeta sonhador também estava fria como o gelo. E a sua despedida - um longo pesadelo... O poeta viveu intensamente o amor...as aventuras e os sonhos por inteiro. Nada de viver aos pedaços. Mas naquela noite havia sangue e lágrimas em seu travesseiro. - Não houve tempo se quer de dar ou receber aquele último e longo abraço. Sobre o chão havia uma folha solta; era a sua última poesia. A caneta ainda estava em sua mão... O poeta era amante da noite,do dia... Gostava das mulheres e do vinho. Mas infelizmente morreu sozinho! A morte daquele que um dia sonhou em ser um grande poeta foi uma morte cheia de poesia, discreta... Era o poeta um maluco sonhador que vivia ocultando a sua dor. Ele sempre estava tentando mudar o que já não tinha jeito, ria do que era belo,admirava o que tinha defeito, via a sua humilde casa como um enorme e elegante castelo... Às vezes na eterna busca daquilo que estava distante o poeta não conseguia enxergar o que estava por perto. Ele sabia viver mil anos em poucos instantes... E tinha sempre o coração aberto! Mas o poeta agora já não ri, já não chora! E ninguém o espera lá fora! Não há ninguém para despedir-se dele em meio a noite silenciosa e fria. Ninguém para ler a sua última poesia! - E agora poeta!? E agora!?..

⁠Não existe vida sem morte. Não existe felicidade sem tristeza. Não existe paz sem caos. Não existe bondade sem, antes, maldade. Para estar no limite, para sentir realmente, precisa-se da dor, precisa sofrer da maneira mais intensa. Precisa rastejar para se levantar.

⁠A morte... Seria o fim das escolhas? O morto tem escolha? Livre arbítrio? Posso escolher não morrer? Dizem que é a única certeza que podemos ter na vida. Então estamos todos mortos, já que é uma certeza e não temos escolha.

⁠Os jovens falam da morte como de um evento exterior; uma vez atingidos em cheio pela doença, eles perderão todas as ilusões de sua juventude.

Emil Cioran
Nos Cumes do Desespero. São Paulo: Hedra, 2012.

⁠Viver só significa nada mais pedir, nada mais esperar da vida. A morte é a única surpresa da solidão. Os grandes solitários nunca se retiraram para se preparar para a vida, mas, ao contrário, para esperar, resignados, seu desfecho.

Emil Cioran
Nos Cumes do Desespero. São Paulo: Hedra, 2012.

Aprendi que ficar sozinho é a melhor escolha, assim, já nos acostumamos com a morte.

⁠A vida, E um Simples Texto, Com, começo Meio e Fim, a Morte e nada Mais Do que um Ponto final.