Poemas de Morrer
Você pode achar que morrer é o mais difícil, mas não. Viver é. É vivendo que se sofre, vivendo que se magoa e se machuca. Morrer não. Se morrer acabou. Chega de dor, chega de sofrer, mas também chega de viver.
Viver pode ser o mais difícil, mas é vivendo que se ama, que se aprende. É vivendo, sabendo que a morte é inevitável, que se valoriza a vida.
Não precisa temer a vida, mas também não é necessário ter medo da morte. O equilíbrio do meio termo é o essencial. Não viver como se fosse morrer hoje, nem pensar que nunca morrerá. O tal equilíbrio seria saber que a vida e a morte não são uma antítese, e sim um paradoxo. Um começa quando o outro termina. E o que você faz quando ainda é potente, é o que fará a diferença.
O que há dentro do meu coração
Eu tenho guardado pra te dar
E todas as horas que
o tempo tem pra me conceder
São tuas até morrer
viver
mesmo que seja o fato de não querer viver
ou por hora a vida não se viver
talvez possamos ter apenas,
o viver
viver para sofrer
viver para amar
viver para se doer
viver, para perdoar
viver a vida
a doce vida sofrida
a tal da vida doída
a vida, que ja não é mais vivida
vivo por ti
vivo por nós
vivo sem encontrar a ti
vivo, sem saber oque somos nós
vivo, por viver
vivo sem nada para viver
vivo com um único motivo para viver
vivo, por viver
vivo, para morrer.
Cedo ou tarde é hora de abrir os olhos
É hora de acordar
Cedo ou tarde é hora de ir
É hora de chegar
Cedo ou tarde é hora de morrer
É hora de amar
Cedo ou tarde é hora
Eu chego lá.
Não fumo.
E eu finjo ser quase rico,
Fazendo pose de cigarro,
Pernas cruzadas jurando,
Papel e palha em brasas,
Fumaça fugindo da boca,
Carvão dentro do peito,
Sem saber que se morre,
Que um dia se morre,
Que um dia.
Nos problemas, encontramos uma solução
Nas tristezas, encontramos uma alegria
Na vontade de morrer, encontramos um motivo para viver...
Nas imperfeições, encontramos uma paixão..
Sinto muito
Sinto muito ter partido
Sinto muito se falhei contigo
Sinto muito por não ser amigo
Sinto muito se te causei tudo isso
Sinto muito não querer
Sinto muito não fazer
Sinto muito não dizer
Sinto muito te perder
Sinto muito por fugir
Sinto muito por cair
Sinto muito por partir
Sinto muito por te deixar ir
Sinto muito não voltar
Sinto muito não falar
Sinto muito me afastar
Sinto muito me matar.
Rascunho de um poeta.
Eu mergulhei tão fundo nas minhas mágoas que me afoguei.
Deixei acumular as dores que me afligem, deixei juntar cada mágoa que já estava quase inexistente ali... eu me deixei morrer.
Eu me deixo morrer cada dia um pouco mais para que você possa viver em mim. Eu me coloco em segundo lugar para que você ocupe o primeiro. Eu me deixei ir para que você pudesse ficar...
Se eu morresse hoje
Morreria satisfeito. Posso dizer que vivi incessante e intensamente. Não ao extremo. Quem me conhece sabe que não iria. Talvez.
Ri, chorei. Fui feliz, muitas vezes, e também sofri outras muitas.
Trabalhei com afinco, mas também fui usufruí.
Briguei, insisti e não desisti...quase sempre.
Amei e fui amado. E no final...
Morreria com a certeza que ninguém se importaria. Ou não.
Hoje me vejo fadigado,
Triste e melancólico.
Estou farto por isso ocorrer,
Exausto por não ter você.
Hoje me sinto meio morto,
Melhor dizendo,
Me sinto completamente morto.
Morto de saudades,
Morto de vontade,
Morto de desejo,
De ter você,
De estar com você.
Hoje me sinto morto,
Por não poder beija-la.
Te amo minha vida,
Amo morrer de amores por você.
Se Eu Morresse Amanhã
O desconforto de minha aliança
Nao sentiria ao acordar de manhã,
Seria deixada como uma lembrança
Se eu morresse amanhã.
As pessoas demorariam à saber,
Pois aconteceria antemanhã,
Assim não teriam tempo de me socorrer
Se eu morresse amanhã.
Dos seus braços não escaparia
No ultimo abraço com minha irmã,
Pois já longe ela estaria
Se eu morresse amanhã.
Eu talvez seria mais evoluída,
Talvez uma boa cunhanhã,
Mas tão cedo seria
se eu morresse amanhã.
Com tanta falta ficariam,
Meus pais, meu irmão e minha irmã,
Seus corações, de lagrimas salivariam
Se eu morresse amanhã.
Meus sentidos abririam mão
De ser pela primeira vez campeã,
Na verdade, tudo seria em vão
Se eu morresse amanhã.
Andamos tão deprimidos
Por conta de felicidades passageiras que beijamos!
Seria melhor um abraço verdadeiro,
Um pedaçinho de pão caseiro e
Um café quentinho, com leite, canela e cacau?
Pra que? Pra que se esquentar as cobertas,
Se podemos incendiar o coração?
De fato, eu estaria correta
Se ao menos tudo isso, hoje, não fosse ilusao.
Também não me condeno tanto,
Pois ja dizia o poeta
O bom sonhador nunca morre, apenas deixa de existir.
Esqueça...
Tudo o que você já fez
Porque no fim das contas
O bem ou mal
Não se importam
Com essas frescuras
Teológicas ou Filosóficas
Existe apenas
A Matemática da vida:
Se perde,se ganha
Ou quando se é reprovado...
Morre...
Ela me chama
O meu peito explode como uma supernova
Dissipando o encanto alegre entre as minhas virilhas
O músculo tenro balança medíocre como um sino
A morte dança e geme desnuda à cada badalada
Me excita
Preciso fomentar o peito com padecimento
Calado no açoite ferir-me à clausura
Conciso e consciente
Morrer.
Poema: Momento
Não deverá ser lembrado
Mas também não esquecido
Para trás das costas, largado
Para baixo sentido
Não há felicidade no futuro presenteado
E o passado está enterrado.
Viver sem via ou caminho
É viver sem morrer
Abandonar o consciente
é morrer sem viver
(Choramos)
Preenchidos estamos
(Solitários)
Porque sonhamos
(Vivemos)
Como se fosse nada
(Morremos)
Porque não há vida recordada
Presente no passado e no futuro
O homem chora
Agarrado a tudo e não viverá
O momento agora
Sei que você alcança o som que vem de mim...
Sei que você escuta cada batida desacelerada deste coração.
Sei que você escuta em seu ouvido, cada suspiro que libero quando penso em ti.
Sei que você escuta o meu silêncio
Sei que você escuta os meus gritos sufocados.
Sei que você escuta a dor que vem de dentro de mim.
(Sim, a minha dor tem som)
Sei que você escuta o meu chamado todos os dias.
Sei que você gosta de me escutar....
Mas, não sei até quando conseguirei sufocar o barulho que em mim precisa morrer.
A maior tragédia da vida não é a morte, porque um dia iremos todos morrer. A maior tragédia, é não poder voltar no tempo, é não poder reviver.
Autora: Aurilene Damaceno
Flor de cemitério ( conto)
Era uma noite gélida e sem lua quando um botão de rosa nasceu na sepultura de Amanda, Uma jovem que havia morrido de tristeza, definhado apos perder o único amor de sua vida para a morte, Jason havia morrido em batalha na guerra pelo seu pais.
Aquele botão de rosa que nascia era o sinal que ela havia encontrado seu amor em outra vida, que agora Amanda e Jason podiam fiar juntos por toda eternidade.
O vento uivando como um demônio tentando com toda fúria destruir a futura flor. Corujas e Morcegos contemplavam sua luta, rindo em deboche ao seu esforço inútil pela vida…
- Pra que lutar pela vida quando ela sera vivida neste lodaçal o inferno onde não existe alegria so morte e dor?
-Ela sera apenas uma rosa escura e sem beleza!
-Ela vai morrer antes mesmo do raiar do sol.
A flor ouvia a conversa e ao invés de murchar de tristeza, ela encontrou forças na fraqueza ergueu seu caule, ainda era uma inocente, não havia abertos seus olhos para a podridão do mundo que a cercava, ela tinha fé que seria belo seu futuro. E assim resistiu a flor a um dos mais furiosos vendavais.
Quando os primeiros raios de sol brilharam no horizonte e foi tornamo claro o céu, alguns pássaros cantavam brindando o novo dia. O botão de rosa abriu-se e sua cor tão linda jamais havia sido vista naquele lugar tão escuro era um magenta vibrante, em cada pétala o sol batia e refletia um novo tom de rosa.
Linda perfeita e unica em um ambiente totalmente controverso a si, na terra ouvia-se o sussurro de novos brotos dizendo:
”Venham, venham ver esta flor de beleza jamais vista”
E a cada dia o cemitério ia ficando colorido pra mostrar que ate mesmo na morte existe beleza, se tivermos forças pra lutar.
Conto escrito por Annh Cavalcante em dezembro de 2011.
Quero viver tudo que tenho pra viver
Quero amar todo o tempo que tiver pra amar
Quero viver a máximo que puder ao seu lado
Porque hoje percebi que pra morrer basta estar vivo
