Poemas de Menina Sapeca
eu pinto e bordo sim
quem nunca
se pintou
se lambuzou
se lambrecou
se borrou
se contornou
se coloriu
se manchou
se aquarelou
e chega uma fase na vida
que nao adianta a pintura ser perfeita
se eu sou imperfeita
nao vai mudar minha essencia
e nem meu perfume
nem a cor dos meus olhos
e nem as batidas do meu coracao
nem o pulsar do meu sangue
nem o jeito do meu sorriso
nem o formato do meu corpo
nem a minha maneira de andar
nem as palavras que eu insisto em falar
nem as dores que me fazem sofrer
nem a cor mais viva
conseguira esconder
o meu lado negro
e o lado brilhante
ofuscara a beleza instigante
e o meu sorriso branco
vai se amarelar com o tempo
e eu vou me enferrujando
ficando desbotada
ate perder o vico
a cor perolada
que eu tanto gostava
e tudo vai morrendo
dentro de mim diariamente
vou acabar brilhando la no ceu
vou dar sentido e cor ao universo!!!
ha momentos
que e melhor ser esquecida
em um canto qualquer
principalmente se for
no canto dos passaros
jogada ao relento
e observando o ceu estrelado
ou o sol raiando no horizonte
e fico ali quieta, deitada
na relva molhada
ou no rio de lagrimas
que me fez secar
enxuguei meu pranto
pra nao me afogar
ou fico boiando em alto mar
numa situacao que custo a acreditar
nao e possivel que estou passando por isto
na altura do campeonato
sinto dizer que tenho medo de altura
sofro de lonjuras quando estou no alto
do meu desprezo e/ou egoismo
e posso dizer que o baque e grande
imenso aos olhos de quem quer me ver cair
mas e assim que eu aprendo
a me desprender do materialismo
ha males que vem para bem
sempre diz o ditado
e sou eu que dito minhas regras
e ainda levo uma vida regrada
quisera eu, que fosse regada
as regalias do mundo (im)perfeito
e muita tentacao para o meu unico ser
impar, singular e individual
e eu me deito aos pes de Deus
pedindo gracas ou um milagre talvez
para que eu me salve da morte repentina
muito antes de sofrer!!!
eu, por eu mesma
sempre
por implicância
ou insistência
por dominância
ou desistência
por arrogância
ou sofrência
por intolerância
ou impaciência
por relutância
ou subsistência
por substância
ou (in)coerência
por petulância
ou (in)decência
por (in)significância
ou impertinência
por abundância
ou carência
por (in)constância
ou (im)prudência
por ganância
ou urgência
por exuberância
ou aparência
mas sempre eu mesma
simples assim
com começo, meio e fim
do meu conto de fada
só que sou meio bruxa
me visto de arlequim
mascarada até os dentes
uso coroa de marfim
exalo cheiro de jasmim
tenho asa de anjo querubim
e tem quem ache o contrario
mas esta sou eu sim!!!
é cada tapa na cara
que a vida se encarrega de dar
pra ver se a gente acorda
desperta e deixa de sonhar
acordada, desiludida e desenfreada
e ainda nos sacode
nos vira e revira do avesso
nos joga um balde de água fria
nos leva ao começo de tudo
nos mostra o sentido perdido
junto com a desesperança
e no pensamento ficou
somente a lembrança
de quando eu era apenas uma doce criança
e agora o doce desandou
porque eu cresci, acho que somente no tamanho
preciso evoluir a alma e o coracao
que fica sem tamanho, quando eu decido amar
e se o doce azedou
me deixou com a cara azeda
de quem comeu e nao gostou
e so agora fui perceber isto
e um arrependimento bateu
minha vida foi so sofrimento
ate aqui e ate quando, fico me perguntando
sao perguntas sem respostas
pelo menos as que eu queria ouvir
ou as que o tempo me mostra
e eu fingindo que entendi
e se a minha vida se encarrega
de me bater na face linda
eu lhe ofereco a outra face mais linda ainda
aquela que faz de mim o ser
mais maravilhoso do mundo
que por questao de beleza
demonstro o monstro que sou
quando pega de surpresa
e Deus me surpreende
me aceitando e amando
do jeito que sou
mesmo estando esbofeteada
que e para eu aprender o meu lugar
e o significado da palavra amor!!!
eu imploro
eu suplico
eu peço
a Tua bendita misericórdia
o Teu amor
faz de mim
a maravilha do meu mundo
me ajuda a redimir
os meus pecados
confia em mim
me concede o Teu perdão
me livra de todo mal
me ajuda nas realizações
dos meus desejos e sonhos
não desiste de mim
não me condene
não me abandone
não me deixe
tente mais uma vez
creio que ainda tenho salvação
se não for neste plano
será em outra existência
quem sabe
Ele sabe de mim
dos meus planos!!!
tudo o que formos fazer
que entremos de cabeça
e sempre quando vamos
entrar de cabeça
é uma ponta
um mergulho
a fundo
bem profundo
mesmo que não tenha dado certo
sairemos de cabeça erguida
olhando pro alto
agradecendo ao Alto
toda benção por termos tentado
a falha vem da tentativa
e não da preguiça ou do medo
que muitas vezes nos impede de tentar
e assim ficaremos a sonhar
com um resultado que nunca virá!!!
no jogo da vida
estamos todos
conectados
ligados
amarrados
interligados
nos mesmos objetivos
tentando decifrar
os códigos
da felicidade
do amor
da fé
da simplicidade
da caridade
da paciência
da humildade
da existência
do coracao
da alma
do perdão
somos todos por um
e Deus para todos
não tem erro
o jogo acaba quando termina
e algo ele nos ensina
a crescer
a evoluir
a desenvolver
métodos práticos
e precisos
para o bem comum
da humanidade
assim como
nos exemplificou Jesus
onde todos saímos vencedores
vencemos nossas dores
com a ajuda fraterna
pra sempre eterna
em nosso coracao!!!
tem horas
dias e momentos
que não tem jeito
deixo-me florir
sorrir nem que for por ironia
é mais forte que eu
me transformo de dentro pra fora
sinto minhas dores
é a necessidade plena
de buscar a perfeição
sou cheia de vazios
aqui e ali
minh'alma contesta
as minhas esquisitices
e indecisões
a bipolaridade
o ser ou não ser
eis a questão de tudo
ou simplesmente nada
bate um vazio no peito
a cabeça enche
de pensamentos turbulentos
são só as sementes querendo brotar
querendo nascer e renascer
buscando poder
para desabrochar
virar uma linda flor
assim que nem eu
me banho de espinhos
é a minha proteção
contra a normalidade
a superioridade
a prepotência
a ausência
do silêncio que insiste em quebrar
é a vontade de aperfeiçoar
e se afeiçoar aqueles que sabem amar
se amar, se doar, se imaginar
e realizar o sonho mais lindo
e sentir o infinito amor de Deus!!!
gosto de mim assim
escrita em verso e prosa
diversifico meus ideais
proseio com o meu silêncio
sou tudo o que posso
posso ser o que ainda tenho vontade
sou desenhada com tatuagens
sou meiga e selvagem
sou escrita conforme minha poesia
com tristezas e alegrias
escrevo-me como forma de protesto
a minha vida atesto
é cheia de surpresas e sacrilégios
sou do contra, tudo e todos
sou cheia de sortilégios
consigo o impossível
aqui dentro de mim
me engano e te desengano
fujo rapidamente de mim
coloco a máscara da bondade
com o coracao cheio de maldade
sou imperfeita e raramente feita
de sanidade, e “ quando eu sou boa
eu sou boa, mas qdo sou má
sou melhor ainda”, dentro do significado
que me dou, e esclareço-me
como um tropeço, com ou sem apreço
sofrer é tudo o que mereço
para o meu crescimento espiritual
sou feito um diário, totalmente descrita
com a palavra universal
com o amor intencional
sou um enigma fatal
só decifrará o código
a pessoa que ler o meu coracao!!!
Versos de um dia frio
Palavras invadem a alma
Escritas sem pedir licença
E uma imensidão de versos
Pulsando na ponta dos dedos
Nem sempre a rima chega
Nem sempre o ritmo é dança
A arte de ser poeta
Conquista pela constância
Aviso que não cabe pouco
Na fonte do meu dizer
Traduzo em poucas linhas
Meu insensato jeito de ser
DE NATUREZA SELVAGEM
De onde vim deixei um mundo inteiro
Minhas várias gerações
Trazendo opções
De habitar novas versões
Descobri mistérios
Entrei em vales
Acendi fogueiras
Dancei em rodas
Usei ervas
Cantei para lua
Amei ao sol
Pisei na terra
Em cachoeiras lavei-me
No mar mergulhei
Mergulhei em mim
Renasci
Renasço todos os dias
Abraço
Almas que chegam
Lavo pés, beijo mãos
Recebo bênçãos
Aprendo lições
Boas vibrações
Eu me enxergo
Eu sou vista
Eu vivo grandes conquistas
Eu sirvo
Com todos os meios
Eu curo
Com todas as fontes
Eu tenho
O mundo de onde vim
Minha origem
Eu mantenho
A verdade eu carrego
Eu entrego
Eu pinto um livro
Aquarelando as páginas
Com tons, pétalas e
O brilho de lágrimas
De fé e devoção
Que me comovem
Me movem
Me convém
Convencem
A viver a natureza selvagem
De quem eu sou
CHUVA DE OURO
Se não ela, quem?
Ouviu o chamado e foi preparada
Com seu olhar leve e profundo
E esse nome que é chuva de ouro
Que antes usava brilhos e couro
Agora sua veste é leve e fluida
De aparência enfeitada
Anda hoje encantada
Abrindo caminho para a gente passar
A descobrir os grandes mistérios do mundo
Num giro contínuo que faz levitar
Caminho para emoções mais doídas
Trabalhando o que ficou para trás
Honrando e vivendo por seus ancestrais
Convocando a uma grande oração
Transposição do interior que grita e agita
De um exterior que pondera e comporta-se
Conveniente ao meio em que está
Dos mistérios da existência terrena
Guiados pela chama interior
E assim ir rodando e sentindo o chamado do sim entoar
Buscando uma razão para erros explicar
Por que existimos? Sabes dizer?
Um diálogo amoroso, trajeto precioso
Mestre em ensinar pelos caminhos do amor
Os fundamentos da nossa existência
Descoberta que altera os rumos da vida
E reverbera na roda a dançar
Rumo à consciência do propósito da alma
Que pela família viemos para cá
Salve, salve mãe natureza
Nos tornamos canais do amor
Expansão da consciência divina
Vestidos de almas humanas
A nos deixar envolver pela beleza da vida
Te agradecemos irmã mais querida
Chuva de ouro, Cássia mais linda.
Sem perceber acabo me perdendo
Ao som da sua doce e suave voz
Lembro dos momentos peculiares e incríveis
E dos planos que somente combinavam com nós
A saudade me ensinou a refletir
O passado me fez mais uma vez sonhador
A lembrança do seu belo sorriso, acreditar
Que não irei viver sem o seu amor
Que minha vida passe depressa
Pois sem você não há inspiração
Toda boca é a mesma boca
E quem sofre é o meu coração
Se eu pudesse voltar ao passado
Mudaria o primeiro lugar
Preferia não ter te conhecido
Pois não se tornaria tão peculiar
Sou um desmedido paradoxo
em cântico!
Sou um monge descabelado...
Um arlequim tristonho...
Um amante não amado
Um Cristo sem paraíso...
E bandido
SIGO...
Pela vida desamparado
O único remédio que tenho
É o meu verso
E às vezes este mesmo verso
que canto
Me machuca tanto
Feito aço enferrujado
Olhava para aquele mar tão infinito
Mas hoje estava um tanto diferente
Parecia realmente não ter fim
Os raios de luz solar refletiam nele e mostravam o quanto ele realmente não tinha fim
Foi a cor mais linda que já vi em muito tempo, branco que simbolizava a paz
E assim é você e os seus poemas
Todos nós temos sonhos
Uns tantos, outros poucos
Depende de cada realidade vivenciada
Olho as pessoas e enxergo as suas diferenças, mas elas possuem algo em comum
O anseio por serem amadas e aceitas como são
Limoeirense, de Limoeiro, é um prazer conhecer você amigo
A rosa nos trouxe até aqui
Somos parte de uma única fraterna idade
Tantos talentos que há pouco espaço para dissertar
Fiz esse poema para contemplar
**Receita de fazer versos medíocres**
Esta receita é infalível
e todo poeta
que não tem leitura
nem troca versos com outros poetas
sejam eles vivos em livros
ou amigos que cantam...
Com ela
poderão fazer poemas
o tempo todo!
E é bem fácil de aprender:
Reclame de dor de amor em uma primeira frase
depois coloque palavras difíceis eruditas
até francês na segunda frase...!
Desde que rime é o que vale
e que pareça bem culto!
Na segunda estrofe diga esperanças
E rime tudo
não importa com quê
desde que eruditíssimo
E sucesso você vai ter!
Vai ganhar concursos literários
Vai sentar na roda dos novos escarnecedores
Vai até viajar a Europa!
Pois do culto ao culto
você deve participar
E mesmo que não tenha sentido
Rime rime tudo com o erudito
Pois mais vale a rima
na mediocridade
que a ideia boa na sanidade!
Todo poeta é anônimo
e toda a poesia
desconhecida
Enquanto o poeta
toma café na esquina
nasce o verso
corre a lida
gira a roda
E esta poesia viva
que brota de seu peito
em consonância com a vida
a sua volta
e que é parte dele
/Que é ele!
Jamais será ouvida
ou compreendida por outro ser
Seria feito um sino de Deus
que toca
e somente o poeta escuta
e dana a fazer poesia
Ou é pancada de anjo
na cabeça
que bate forte a lira
e o poeta caduca
e começa
cantar!
Sou um um bastardo de pai
Filho de um rei que perdeu seu reino
em aposta na vida!
Meu pai queria que eu o servisse
e o aceitasse louco-bandido-violento
Feito personagem mal
de filme americano dos anos 80! Sim...
Um Darth Wader com capa de chitão
pilotando um fusca!
E herdasse dele o seu novo reino de trevas...
Fugi e fugi deserdado
Depois de Ho´oponoponos aos milhões
Eu superei a triste sina
de ser uma plebeu em meio a plebe
Um falso príncipe ou princesa
Um rei sem reino
Um "deserdeiro" de tudo!
Mas a verdade é que eu queria a família feliz
E somente o bem e o doce da vida
Nunca tive! Ninguém tem!
Até que percebi que eu era mimado e chorão...
Chegara a hora de parar de choramingar
e seguir adiante sem pestanejar
Meu poema preciso lapidar
Meu eu amadurecer!
Que destino vou escolher?
Apocalipse ou Trovão?
raiz quadrada submersa
pela terra incandescente
a visão ardendo branca
pela multiplicação de raízes
em voo e luminescência
asas que alcançam
as minhas asas negras
incorpóreas, vítreas
engolidas, trituradas,
crisálida abortada
mariposa cega
sem voo
respiração
sussurro
cessação.
(Pedro Rodrigues de Menezes, “mariposa cega”)
Tic Tacolear
Eternidades em Pasárgada,
Mostro-me frente ao tempo,
Relembrando momentos
Do tempo que deixei passar
Não se pode deixar
Tic Tacolear sem
Ao menos, aproveitar
Dia todo, tempo pouco,
Amar demais deixou-me louco
De amor, do tempo perdido,
Eterno ou finito?
Não se pode deixar
Tic Tacolear sem
Ao menos, viver,
Dúvida cruel matarás o EU
De quando irei morrer
Mas enquanto vivo estou,
Vejo Tic Tacolear à vontade,
Aproveitando a liberdade
De um tempo que não volta,
Como um movimento retrógrado
do Tac Tic, quem dera...
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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