Poemas de Memória

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Bons fones, se possível. Boa música, sempre!

Não acredito que a memória seja um lugar esperando nossa visita. Me parece mais algo que construímos a cada visita. E nunca construímos da mesma forma. Sempre que lembrarmos do primeiro beijo, será um beijo diferente. Será sempre outra pessoa, a pessoa que nos tornamos, a lembrar do mesmo beijo.

Num dia desses, minha andança por POA coincidiu com o horário de saída de um colégio. Crianças invadiram a calçada enquanto eu passava. Algumas ficaram me olhando fixamente. Na verdade, olhavam para meus cabelos. E riam. Saquei que elas nunca tinham visto um cara cabeludo! Estranho é que havia, entre as crianças, vários moicanos. Fala um pouco a respeito do nosso tempo o fato deste corte de cabelo complexo, que necessita aditivos químicos para dribar a gravidade, parecer mais natural às crianças do que cabelos que... simplesmente... naturalmente... crescem.

Ao amor que nasce: viva intensamente;
Ao amor que morre: guarde na memória;
Ao amor que vem: não diga não;
Ao amor que vai: na certeza de voltar;
Ao amor que foi: na vontade de voltar.

Ao amor que vive: na alegria do dia;
Ao amor que morreu: na certeza de renascer;
Ao amor perdido: que na memória está;
Ao amor encontrado: que no coração está;
Ao amor esquecido: que despedaçado está.

Ao amor brilhante: tão forte quanto o Sol;
Ao amor escuro: tão escuro quanto um Buraco Negro;
Ao amor de uma vida: tão necessário quanto o ar;
Ao amor de verão: elegante em sua forma;
Ao amor trocado: na esperança de um melhor.

Ao amor de mãe: que nos protege;
Ao amor destruido: na memória;
Ao amor despedaçado: no coração;
Ao amor próprio: maior do que tudo;
Ao amor renascido: que volte maior do que antes.

EXPIAÇÃO

A tua memória nasce como a água,
e corre pela pedra monótona da vida.
Só as folhas que te tocam não sabem:
tu és só distância longa, sem medida.

E tudo que vai por ti, não tem destino.
Apenas bruma beijar-te-á, minha criança.
E tudo que te ama, conhece do teu fado...

(Só eu que ainda te tenho na esperança).

E aquele primeiro dia treze é ainda tão vivo na minha memória. Lembro da tarde ensolarada que fazia, consigo até sentir o cheiro daquele dia, cheiro bom de dia calmo...

Jota Cê

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“Palavras ao vento”

Vou formatar minha memória
As palavras estão confusas..
As escritas se repetindo
Estão voltando, se misturando
As que penso estão voando
Aleatórias, ao vento..
As vezes penso que não são minhas...
Serão bem vindas
Se voltarem um dia
Mas se encontrarem outras mentes
Outras almas sensíveis
O mundo se tornará poesia....

QUANDO SE INSTALA 🌺

Quando se instala a saudade
Na memória de quem vive aprisionado
Sem saber se é mentira ou verdade
Que se despede com um adeus
No silêncio das palavras com gritos
De dor mudas nas amargas cores
Com o vento cheio de margaridas
Ficou só o sofrimento de um amor
Perdido esquecido pelo tempo

Ela colocou tapumes
Em volta da sua memória
Simplesmente para evitar
Pensar na nossa história.

Tu me ensinou que o "para sempre"
Terá um fim
Mas sempre estará vivo em nossa memoria
Pois durou o momento certo para chegar ao fim

⁠Nesse 2 de novembro.
A saudade aumenta
A memória aflora
A tristeza não aguenta

Pelo Pai que já partiu
A saudade vai a mil
No coração que já sentiu;
A perda varonil

A certeza que me anima
É o reencontro no céu
Onde Jesus está acima
Com o arcanjo Miguel

Terminando a poesia
Confesso ser a melancolia,
A culpada de tal ato constrangedor
Querendo rimar sentindo dor.

Sobrevivemos a quase tudo..
Sobreviventes...
Sobrevivi...
Porém vivo com você na memória ____ só assim sobrevivo viva !

Não esqueci você.

Ainda tenho seu seu cheiro na lembrança...
Seu beijo na memória...
Sua ausência do meu mundo...
E uma quantidade sem fim da falta de você!

⁠Nasci pra ser feliz
Ter livre arbítrio e procurar viver grandes momentos que ficarão na memória
Construir o progresso
Aprender,evoluir e se tornar uma pessoa melhor
Deixando meu legado e fazendo história

A saudade é mesmo algo terrível, mexe com o que está quieto, revira memória como cachorro revira o lixo.
Traz à vida o que deveria estar morto.
E a única certeza que resta, é que ela entra e sai quando bem quer!

⁠E se, neste país, um dia decidirem
à minha memória erguer um monumento,
eu concordarei com essa honraria,
desde que não me façam essa estátua
nem à beira do mar, onde nasci –
meus últimos laços com o mar já se romperam –,
nem no jardim do Tsar, junto ao tronco consagrado,
onde uma sombra inconsolável ainda procura por mim,
mas aqui, onde fiquei de pé trezentas horas
sem que os portões para mim se destrancassem.

Dormindo
Nunca encontrei a felicidade dormindo;
A memória se recusa sempre a morrer,
E votei minha alma ao secreto mistério,
Para viver e suspirar de esperança e nostalgia.

Nunca encontrei o repouso dormindo;
Pois as sombras dos mortos,
Que meus olhos acordados nunca saberia distinguir,
Assaltam minha cabeceira.

Nunca encontrei a esperança dormindo:
No mais intenso da minha noite, eu os vejo chegar,
E estender sobre as paredes de profundas trevas
O mais epesso véu do seu triste cortejo.

Nunca encontrei a coragem dormindo.
Onde eu teria podido arrancar um força nova;
Mas o mar em que vago é batido pelas tempestades,
E a onda é mais negra.

Nunca encontrei a amizade dormindo,
Para acalmar a dor e me ajudar a sofrer;
Os olhares da noite são pejados de desprezo
E me deixam abandonada ao meu desespero.

Nunca encontrei o desejo dormindo
Para atiçar o fogo morto do meu coração.
Meu único desejo é atingir o esquecimento
E o sono eterno em que mergulha a morte.

No batuque do tambor ecoa a memória,
de um povo que cruzou o mar com fé e história.
Vieram acorrentados, mas livres na alma,
trazendo no peito a força que acalma.

Candomblé, Umbanda, Jurema,
religiões que carregam ancestralidade.
Em cada canto, em cada reza entoada,
vive uma herança viva, pulsante e encantada.

Respeitar é ouvir sem preconceito,
é compreender que a diversidade e a liberdade religiosa é direito.
É saber que o Brasil não se fez apenas de cruz e espada,
mas também de atabaques, folhas e encruzilhada.

A fé de matriz africana é raiz
é resistência, é cultura, é amor.
Fez nascer o samba, o axé, o maracatu,
pintou de cores fortes o céu azul do Norte ao Sul.

Quem nega essa religião, nega a própria nação,
nega o sangue, o suor, a formação.
Porque no terreiro também se constrói saber,
na gira, na dança, no modo de viver.

é cada um cutuar o que acredita com respeito.
Seja na igreja, no templo ou no terreiro,
Pois o Brasil, em sua real identidade,
é negro, é indígena, é fé, é pluralidade.

Então que se ouça alto o toque do agogô,
que se celebre o que o racismo calou.
Pois não há Brasil sem África em sua essência,
nem futuro justo sem Respeito e consciência.

O ATABAQUE

O toque do atabaque ensina,

e cada batida é memória que pulsa.

Educação quilombola é voz que não cala,

é roda que fortalece identidades,

ancestralidade que caminha viva

nos passos de quem aprende e de quem ensina.



Não é ensino que apaga,

mas fogo que resiste.

É legado que ecoa na terra,

na palavra, no gesto, no som.

Educar aqui é sobreviver,

é florescer no ontem e no amanhã.

Isso é Ubuntu.”

Gosto de gente
que só de ouvir o nome
já me soa como flor
— perfuma a memória

⁠Esse ligeiro desaparecer,
Que a memória devora,
Faz daquela presença,
Que parecia eterna,
Que tudo preenchia,
Exaurir,

JL

⁠Guardei o cheiro na memória, sem nem me dá conta que meu inconsciente me levaria a relembrar como é sentir o teu cheiro, que eu encontrei perto do seu peito, que me estimulou a mapear teu corpo. É tão de repente, a forma que teu perfume se faz consciente, faz-me sentir-me ao teu lado de novo, mesmo sem estar. Uma lembrança viva, como se pudesse sentir cada momento novamente, e a tradução do meu pensamento é apenas uma mensagem, o seu nome. É tão envolvente a sensação de ter aquele momento de forma tão intensa e espontânea. Automaticamente o teu cheiro me faz querer abraço, fazer morada. Só te sentir, por segundos ou quem sabe uma eternidade. Posso sentir o frescor que ficou na manga da minhacamisa que você não resistiu muito tempo para retirar mas ainda seu cheiro ficou marcado lá, foi breve, logo se foi, roupa lavou. O meu deve ter preenchido a tua nuca, o teu colo recebeu a essência do cheiro do meu cabelo, dos momentos que passei deitado congelando meu olhar no teu. A eternidade que guardarei está em como foi sentir tudo isso, eque mesmo sem ter teu cheiro me acompanha onde quer que eu vá, para que assim eu te reencontre quando o amor nos chamar. Eu te guardo em mim, bem querer, o cheiro, o gosto do beijo, o tchau que não queríamos ter dito, o Oi meu amor nos reencontros, e o eu amo você sempre que houver amor para nos guiar.