Poemas de Mario Quintana sobre Maes
Encanto teus - Soneto
Encantos teus, minha alma sem demora,
busca-os nos poucos momentos de lembrança,
nas doces memórias dos verões de outrora,
que por eles, cantou minha alma, um cântico de esperança.
Invadiram o meu vazio, a minha solidão,
fizeram-me de amor por ti, transbordar,
sentir a leveza da tua grandeza, o prazer da tua imensidão.
Ó amada, que minha alma dos teus encantos, não venha se afastar,
pois são para mim, como jóias raras e bem guardadas,
beleza indiscutível, impossível de ser ignorada,
essências perfumadas, aguçando o meu sonhar,
florescendo nos campos da saudade,
brotam como desejos, dos tempos de felicidade.
Encantos teus, perfeitos, deixam-me fora do ar.
A SERRA DO ROLA-MOÇA
A Serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não...
Eles eram do outro lado,
Vieram na vila casar.
E atravessaram a serra,
O noivo com a noiva dele
Cada qual no seu cavalo.
Antes que chegasse a noite
Se lembraram de voltar.
Disseram adeus pra todos
E se puserem de novo
Pelos atalhos da serra
Cada qual no seu cavalo.
Os dois estavam felizes,
Na altura tudo era paz.
Pelos caminhos estreitos
Ele na frente, ela atrás.
E riam. Como eles riam!
Riam até sem razão.
A Serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não.
As tribos rubras da tarde
Rapidamente fugiam
E apressadas se escondiam
Lá embaixo nos socavões,
Temendo a noite que vinha.
Porém os dois continuavam
Cada qual no seu cavalo,
E riam. Como eles riam!
E os risos também casavam
Com as risadas dos cascalhos,
Que pulando levianinhos
Da vereda se soltavam,
Buscando o despenhadeiro.
Ali, Fortuna inviolável!
O casco pisara em falso.
Dão noiva e cavalo um salto
Precipitados no abismo.
Nem o baque se escutou.
Faz um silêncio de morte,
Na altura tudo era paz ...
Chicoteado o seu cavalo,
No vão do despenhadeiro
O noivo se despenhou.
E a Serra do Rola-Moça
Rola-Moça se chamou
Serradura
A minha vida sentou-se
E não há quem a levante,
Que desde o Poente ao Levante
A minha vida fartou-se.
E ei-la, a mona, lá está,
Estendida, a perna traçada,
No indindável sofá
Da minha Alma estofada.
Pois é assim: a minha Alma
Outrora a sonhar de Rússias,
Espapaçou-se de calma,
E hoje sonha só pelúcias.
Vai aos Cafés, pede um bock,
Lê o <<Matin>> de castigo,
E não há nenhum remoque
Que a regresse ao Oiro antigo:
Dentro de mim é um fardo
Que não pesa, mas que maça:
O zumbido dum moscardo,
Ou comichão que não passa.
Folhetim da <<Capital>>
Pelo nosso Júlio Dantas ---
Ou qualquer coisa entre tantas
Duma antipatia igual...
O raio já bebe vinho,
Coisa que nunca fazia,
E fuma o seu cigarrinho
Em plena burocracia!...
Qualquer dia, pela certa,
Quando eu mal me precate,
É capaz dum disparate,
Se encontra a porta aberta...
Isto assim não pode ser...
Mas como achar um remédio?
--- Pra acabar este intermédio
Lembrei-me de endoidecer:
O que era fácil --- partindo
Os móveis do meu hotel,
Ou para a rua saindo
De barrete de papel
A gritar <<Viva a Alemanha>>...
Mas a minha Alma, em verdade,
Não merece tal façanha,
Tal prova de lealdade...
Vou deixá-la --- decidido ---
No lavabo dum Café,
Como um anel esquecido.
É um fim mais raffiné.
Das Sete Canções de Declíno
Um frenesi
hialino arrepiou
Pra sempre a minha carne e a minha vida.
Foi um barco de vela que parou
Em súbita baía adormecida...
Baía embandeirada de miragem,
Dormente de ópio, de cristal e anil.
Na ideia de um país de gaze e Abril,
Em duvidosa e tremulante imagem...
Parou ali a barca – e, ou fosse encanto,
Ou preguiça, ou delírio, ou esquecimento,
Não mais aparelhou... – ou fosse o vento
Propício que faltasse: ágil e santo...
...Frente ao porto esboçara-se a cidade,
Descendo enlanguescida e preciosa:
As cúpulas de sombra cor de rosa
As torres de platina e de saudade.
Avenidas de seda deslizando,
Praças de honra libertas sobre o mar...
Jardins onde as flores fossem luar;
Lagos – carícias de âmbar flutuando...
Os palácios a rendas e escumalha,
De filigrana e cinza as catedrais –
Sobre a cidade a luz – esquiva poalha
Tingindo-se através longos vitrais...
Vitrais de sonho a debruá-la em volta,
A isolá-la em lenda marchetada:
Uma Veneza de capricho – solta,
Instável, dúbia, pressentida, alada...
Exílio branco – a sua atmosfera,
Murmúrio de aplausos – seu brou-há-há...
E na Praça mais larga, em frágil cera,
Eu – a estátua que nunca tombará...
Além-tédio
Nada me expira já, nada me vive ---
Nem a tristeza nem as horas belas.
De as não ter e de nunca vir a tê-las,
Fartam-me até as coisas que não tive.
Como eu quisera, enfim de alma esquecida,
Dormir em paz num leito de hospital...
Cansei dentro de mim, cansei a vida
De tanto a divagar em luz irreal.
Outrora imaginei escalar os céus
À força de ambição e nostalgia,
E doente-de-Novo, fui-me Deus
No grande rastro fulvo que me ardia.
Parti. Mas logo regressei à dor,
Pois tudo me ruiu... Tudo era igual:
A quimera, cingida, era real,
A própria maravilha tinha cor!
Ecoando-me em silêncio, a noite escura
Baixou-me assim na queda sem remédio;
Eu próprio me traguei na profundura,
Me sequei todo, endureci de tédio.
E só me resta hoje uma alegria:
É que, de tão iguais e tão vazios,
Os instantes me esvoam dia a dia
Cada vez mais velozes, mais esguios...
Mãe... Feliz Dia das Mães!
Graças a Deus você está aqui hoje... Eu sinceramente não sei o que seria de mim sem você... Você é a pessoa mais importante da minha vida, é a minha inspiração e me faz a cada dia procurar ser uma pessoa melhor! Tudo o que sou/fiz até hoje foi por você e foi por causa de você! Quero poder ser para os meus filhos o que você foi para mim... uma super-mãe!
As mães da terra nunca abandonam os seus filhos. Teus braços se abrem quando é preciso um abraço, teu coração sabe compreender quando é preciso uma amiga, e teus filhos são guiados por tua força, tua coragem e teu amor pela vida. E se preciso for, darão asas a seus filhos para que possam voar.
Vai entender as mães. Um dia eu chutei a barriga da minha mãe e ela quase chorou de emoção. Fiz ela engordar uns 20 quilos e ela só tinha palavras boas mim. Fiz ela quase morrer de dor e ela deu um grito de alegria quando me viu pela primeira vez. Eu roubei o tempo dela, eu roubei o marido dela e a paixão só aumentou. Mãe definitivamente você não bate bem, e é por isso que eu te amo loucamente!!
Os filhos começam a conhecer as mães em torno de um ano. As mães o conhecem desde a gestação. Os pais, nem sempre os conhecem.
Hoje no Brasil é Dia das Mães. Eu desejo a todas as mães um dia maravilhoso e obrigado a Deus pela minha mãe. Ela é a melhor. Te amo, mãe.
Todos nascemos filhos de mil pais e de mais mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo. Como se os nossos mil pais e mais as nossas mil mães coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos, irmãos uns dos outros. Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, que nunca estaremos sós.
Todas as mães merecem carinhos sinceros, porque são frágeis como uma flor, mas, quando severas, são firmes como uma rocha.
A ternura e o amor que um(a) gateiro(a) sente por seus gatos é tão profunda quanto as que as mães humanas sentem por seus filhos, o amor não depende da espécie, quando o sentimento é profundo e verdadeiro.
Tudo vem de trás e mais de trás, de nossas mães e pais e dos que vieram antes deles. Somos marionetes a dançar, presos aos cordéis daqueles que chegaram antes de nós, e um dia nossos filhos ficarão com nossos cordéis e dançarão em nosso lugar.
Tudo é relativo. Nem tudo é o que parece. Ao vermos pais e mães em asilos nos perguntamos: "onde estão os filhos? Por que tanto abandono? Dai olhamos com mais cuidado para o mundo e vemos crianças com pais ausentes. Sempre disse a minha filha: "afeto não vem na certidão de nascimento, carinho não se tem só porque é parente". O amor é conquistado todos os dias e os laços são fortalecidos de várias formas, com atos, palavras e sentimentos expressos em família. Ninguém adivinha se é amado ou não, mas sente-se a ligação (ou não) pelas ações do outro. Nada é desculpa para o abandono, mas a colheita é certa.
Feliz Dia dos Pais a todos os pais que souberam ser pais e principalmente as mães que foram pai-mãe. Que a nossa paternidade se estenda ao mundo todo e "adote" todos os que precisarem de nós.
Passar o Dia dos Namorados sozinho é normal. Ruim mesmo é passar o Dia das Mães sem a mãe, o Dia dos Pais sem o pai.
Parabéns às mães encarnadas, desencarnadas, as de sangue, coração e alma, as adotadas, as emprestadas...
Parir é dor. Porém, o ato de criar, é o de mais puro amor!
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