Poemas de Mario Quintana sobre Maes

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CONTO DO MEIO

Quando pequeno, eu estava no aniversário de um amiguinho

e pus meu dedo no bolo.

Não coloquei e tirei. Não passei o dedo.

Apenas enfiei a ponta do indicador naquela parte branca.

O dedo permaneceu lá, parado, enfiado, intacto.

Todas as mamães me deram um sorriso falso.

Os papais estavam bêbados no quintal.

O único homem ali perto era o tio Carlos.

Tio Carlos se escondia atrás dos óculos e da câmera fotográfica.
Era bobo, agitado e gorducho.
Quase sempre sorrindo.
Tinha poucas, raras, nenhuma namorada.
Tio Carlos atrás dos óculos, da câmera e de namorada.

Meu braço esticado era a Golden Gate.
Uma conexão entre minha consciência
e aquele montante de açúcar.

A ponta do dedo imóvel, conectada, penetrada no creme branco.

Uma das mamães resolveu liderar a alcateia
e me pediu para tirar o dedo.

Pra que tanta coragem, perguntou meu coração.
Porém meu dedo,
afundou um pouco mais.

Olhei-a nos olhos sem docilidade.
Meu corpo imóvel.
O dela recuou.

Minha mamãe, sem graça,
falou que isso passa.
Eu atravancava, ria e dizia:

- Vocês passarão, eu... - estendia a aporia.

Eu era a Criação de Adão na Sistina.
Era mais que Michelângelo,
Era Adão no Bolo,
Era Bolo em Deus.

Mamães desconcertadas. Olhando umas para as outras.
O silêncio reinava,
o reino era meu.

Mamães desorientadas. Olhando para mim.
Tio Carlos com a câmera fotográfica
olhava para as mamães.

Acho que ele era apaixonado por umas três mamães,
ou mais,
ou todas.

Esperei um não.

Esperei um pare.

Ninguém era páreo

para um rei.

Tirei.

Inserida por kikoarquer

Enquanto

Enquanto as horas passam
E os segundos correm
Muitas vidas nascem
E outras tantas morrem.

Enquanto a melodia toca
E as ondas oscilam no mar
Tenho a cada vez menos certezas
E uma enorme vontade de amar.

Enquanto o pôr do sol encanta
E o beija-flor beija a flor
Eu cuido do meu jardim
Seguindo o que o poeta aconselhou.

Edson Luiz – Primavera de 2015

Inserida por ProfessorEdson

Quero apenas voar!
Por Karine Bighelini, 22/11/13

Hoje quero ser do contra, do outro lado, do oposto, daquilo que ninguém quer falar. Resolvi fazer do meu jeito... Simples assim! Alguém já não disse que a unanimidade é burra?

Ah, se todos seguissem seus “próprios eus”...
Ah, se a direção de nossos instintos se dispusesse de qualquer norma ou medo de viver!
Quanta originalidade não seria dispensada,
Quanta tristeza poderia ser evitada!

Quisera que todos nós pudéssemos “seguir” somente a genialidade humana.
E ao menos, uma vez ao dia, termos a intensidade de Mário Quintana!

Com seu inesquecível Poeminha do Contra, autores tradicionalistas ousaram criticá-lo pela sua simplicidade linguística.
“Somente” inesquecível foi o que ele conseguiu ser!
Tantas interpretações desde 1978 e ainda, hoje, sua famosa estrofe leva o público a devaneios e entendimentos semânticos:
“Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!”

Há liberdade maior do que o voo de um pássaro?
Ser livre, ser solto, ser seu dono...
Ter asas: que combustível invejável!

Não quero atravancar, quero libertar-me...
Não quero ficar, quero simplesmente passar...
Não quero ser “imortal”, quero apenas voar, voar e voar!

Inserida por kbighelini

SEM NINHOS

Sei que ele passa,
Como passa o tempo.
Por isto quando chegar
A minha hora
De subir no telhado,
Vou gritar bem forte,
Nem vou olhar ao lado.
Quero que o meu eco
Voe pelo espaço,
Siga sempre em frente,
Mesmo que não tenha
A certeza de algum lugar.
Não posso falar “baixinho"
Quando estiver no telhado.
Quero gritar mais alto,
Este amor que agora sinto
Não cabe só em mim.
Gritarei sem medo,
Que voe os passarinhos
Em busca de outros ninhos.
Que o meu grito eternize
O nosso momento,
Mesmo que ele passe,
Como passa o tempo.

(Homenagem-diálogo com Mário Quintana: "Bilhete")

Inserida por RosalvoAbreu

Folhando
Na Canção do amor imprevisto
Um Poeminha do contra a encantar
A poesia descobri com Quintana
E outros gênios passei a admirar.

Letras de poetas expoentes
Motivo de Cecília em instantes
Traduzindo-se Ferreira Gullar
E o Quixote Miguel de Cervantes.

Vinícius compondo sonetos
Olavo ouvindo uma estrela
Carlos e seus anjos tortos
Em Pasárgada, eternizado, Bandeira.

A Violeta de Alves a brotar
O Prefácio de Barros sorridente
Cora admirando a Lua-Luar
O Inverno de Lima presente.

Dias escutando o sabiá
Drummond consolando José
Nos versos íntimos Augusto
Em Linha reta Pessoa é o que é.

Inserida por Moapoesias

⁠Poema QUINTANARES
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei,
Que há até uma encantada,
Que nem em sonhos, sonhei.
Mas se a mim me permitir,
A vida em redemoinho,
Quero me ir levemente sorrindo,
Como se vão aquelas folhas outonais,
Que varrem as ruas centrais da cidade que habito.
E se não for por ventura,
Que o coração se reparta,
Quero que arda em fogo árduo,
A pungente alegria, daqueles que se embriagam,
Simplesmente enamorados na claraboia da lua.
Há tanta coisa escondida, nestas ruas que andarei,
Até mesmo a própria vida, feita uma canção atrevida,
Que quiçá, talvez um dia,
Com as próprias mãos tocarei.
Carlos Daniel Dojja
Em Homenagem a Mário Quintana

Inserida por carlosdanieldojja

⁠Poema bom

Hoje eu tropecei por ai nesse poema que eu já conheço há tanto tempo, mas hoje olhei para ele de uma forma diferente ou foi ele que olhou para mim, não sei. Segundo Quintana bom é o poema com o qual nos identificamos. E isso que ele disse, eu acredito que não sirva só para a poesia, mas para a música, o teatro, cinema, a literatura, as artes em geral. Mas nos identificarmos com algo será que é suficiente para classificá-lo como bom ou ruim? Nós só conseguimos enxergar o que já têm dentro nós e muitos de nós têm o mundo interno bastante reduzido. Não porque sejamos piores, mas porque a vida não nos deu as mesmas oportunidades que deu a outros. Logo, dizer que algo é bom ou ruim só porque nos identificamos é no mínimo superficial e simplista. Claro que nos identificarmos com algo nos dá aquela sensação gostosa de acolhimento, de conforto e prazer e, essa sensação que nos leva a adjetivar o que nos proporcionou esse sentimento é a mesma que usamos para classificar algo como bom ou ruim e, ao meu ver insuficiente.

Inserida por ednafrigato

Se dependesse das mães, não haveria guerras! Mas as filhas preferem os soldados.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.
Inserida por pensador

Canto no encanto dos teus olhos
o teu mais belo sorriso
O motivo dos meus poemas
Do meu riso, preciso e conciso

Prenda-me consigo
Usa-me sem aviso
Beba-me, Coma-me
Sua loucura e meu abismo

Admiro-te em segredo
Pela razao do meu sossego
Entrego-te a cruz que estava
o meu medo

Quero-te bem.
Mesmo que bem nao seja assim
Tenho asas quebradas de serafim
Meu bem querer mentiu pra mim

Te esperando aprendi a contar
estrelas que caem do céu em direção ao mar
O vento a ninar as folhas do pomar
Aprendi por ti a suportar
Tudo que nao me apetece

Até parece que sei dessas coisas
Minha espécie apenas adoece e
Apodrece.
Ê moleque...As coisas nao sao como antes
Nao existe voce que engrandece.

Por nao saber falar
Coisas
de quem
só agradece

Inserida por PedroAquino

⁠SONETO COMO VEJO POEMAS.

Dos poemas que leio faço reflexão
São versos que me inspiram
Suas estrofes me cativam
Muitas me tiram da solidão.

Suas ideias ao passado me faz voltar
No presente me ponho a pensar
Ambos pelo espelho fico a analisar
Para no futuro mostrar como caminhar.

Os temas soam bem para os ouvidos
De repente algumas frases inoportunas
Nada que possa o meu ego estragar.

Gosto de ler para compreender
A intenção do poeta no momento
Para seu público o que vai esclarecer.

Inserida por nivaldo2021

“VOCÊ É COMO EU SONHAVA”

Depois que te conheci,
Parece que todos os poemas
Que escrevi
Foram escritos para ti!
Depois que te conheci,
Todos os olhos que vi,
Esqueci!
Só tenho olhos para ti!

POEMAS LEVEDADOS

Faço poemas
Como se faz pão caseiro:
A massa tem de ser misturada,
Atritada, homogeneizada, levedada.
Os ingredientes que formam
A “massa” de meus poemas
São: meus pensamentos, minha emoções,
E minhas sensações.
Dois “recipientes” básicos são usados
Na preparação de meus poemas:
Minha mente e meu coração.
O processo de levedura
- Como no pão caseiro –
Às vezes é demorado,
Depende das “condições climáticas”:
Quanto mais quente melhor.
Só escrevo poema
Sob pressão e calor.
A mente e o coração
Têm de estar em ebulição.
Às vezes, como no pão caseiro,
Meus poemas saem meio puxados
No “sal e/ou no açúcar”;
É que, já me disseram,
Sou um tanto quanto exagerado
Ao expressar meus sentimentos.

Inserida por ManoelAlmeida

Sabendo de mada e de um pouco mais que nada sobre você,
Me aventurei nesse "mar infinito" e agora sabendo que estou prestes a me afogar...
Pergunto-te:
"Se você é o mar, quem poderá me salvar?"

Inserida por RickTorres

- Ela diz - porque agente ñ namora ?
Ele diz- calma tudo tem sua hora
Ela diz - está me recusando ? você já vem falando isso a tempo
Ele diz- tempo que venho falando ? erá pra vê até aonde você eria suporta espera
Ela diz - oque falta tão ?
Ele responde - nesse momento nada , hoje tenho certeza que você me ama
isso é pra você aprender que tudo que começar com Precipitação , terminar cedo .
enfim que ama é resistente qualquer momento .

Inserida por Julhaoph

O SOL E O VENTO...

O sol e o vento discutiam sobre qual dos dois era mais forte.
O vento disse:
- Provarei que sou o mais forte.
Vê aquela mulher que vem lá embaixo com um lenço azul no pescoço?
Aposto como posso fazer com que ela tire o lenço mais depressa do que você.
O sol aceitou a aposta e recolheu-se atrás de uma nuvem.
O vento começou a soprar até quase se tornar um furacão, mas quanto mais ele soprava,
mais a mulher segurava o lenço junto a si.
Finalmente, o vento acalmou-se e desistiu de soprar.
Logo após, o sol saiu de trás da nuvem e sorriu bondosamente para a mulher.
Imediatamente ela esfregou o rosto e tirou o lenço do pescoço.
O sol disse, então, ao vento:
- Lembre-se disso... a gentileza e a amizade são sempre mais fortes que a fúria e a força.

Dizem que construíram os trilhos do trem sobre os alpes antes mesmo de existir um trem que fizesse a viagem.
Eles construíram de qualquer forma.
Eles sabiam que um dia o trem viria.
Qualquer curva no caminho e eu estaria em outro lugar.
Eu seria diferente.
O que são 4 paredes afinal?
Elas são os que elas contém...
A casa protege o sonhador.
Coisas inexplicavelmente boas podem acontecer , mesmo no finalzinho do jogo.
É UMA GRANDE SURPRESA!

Que tal uma paradinha para refletir e refletir sobre você.
Pensar em tudo de bom que existe aí
dentro desse coração!
Saiba que você é uma pessoa maravilhosa
capaz de fazer muita coisa boa, útil e
expressiva, se quiser e que no seu coração
estão guardadas coragem e confiança
suficientes para realizar seus desejos.
Mas não se esqueça, de buscar em cada
minuto de seus dias, motivos de alegria
e esperança, não se importando com as
situações adversas que aparecem.
Você deve escolher ser feliz e tornar
isso possível, com muita fé, não perdendo
nunca o entusiasmo pela vida e pelo amor,
mas principalmente, tendo a certeza de que
Deus sempre abençoa quem o ama e quem
faz da vida um prazer.
Pois a Ele pertence o Dom da Vida .Ame com seu coraçao

Sobre a mulher (Mensagem para o dia da mulher)
Tenha muito cuidado se você fizer uma mulher chorar, pois Deus conta as suas lágrimas. A mulher saiu da costela de um homem. Não de seus pés para ser pisada. Não da cabeça para ser superior, mas do lado para ser igual. Sob o braço para ser protegida, e ao lado do coração para ser amada.
*Passa esta mensagem a todas as mulheres excepcionais que você conhece .. e para os homens para que eles saibam o valor de uma mulher.

Certa vez, um jovem foi visitar um sábio e falou-lhe sobre as dúvidas que tinha a respeito dos seus sentimentos por uma bela moça. O sábio escutou-o, olhou-o nos olhos e disse-lhe apenas uma coisa:
- Ame-a.
Disse o rapaz:
- Mas, ainda tenho dúvidas...
- Ame-a -, disse-lhe novamente o sábio.
E, diante do desconcerto do jovem, depois de um breve silêncio, finalizou:
- Meu filho, amar é uma decisão, não um sentimento. Amar é dedicação e entrega. É um verbo, e o fruto dessa ação é o amor. O amor é como um exercício de jardinagem. Por isso, arranque o que faz mal, prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide. E esteja sempre preparado, porque haverá pragas, secas e excesso de chuvas, mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame, ou seja: aceite, valorize, respeite, dê afeto, ternura, admire e compreenda.

Ou, simplesmente, ame.

Não se chora apenas
com a noite estendida sobre o sono dos homens,
com o silêncio pulsando em poros de imperceptíveis silvos
trêmulos, sussurrantes, urdindo a trama de inúmeros aléns.

Não se chora apenas
com a solidão concentrada em firmes bosques,
num chão de sombras por onde as lágrimas se embebam,
e nem a palidez das estrelas seja um breve indício de presença.

Não se chora sempre de cara virada para um tranquilo muro.
Nem sempre se pode dizer: é da ausência, é da noite,
é do silêncio, é do deserto...
da planície vazia, do mar fatigante, do assombro enorme da treva...

Chora-se em pleno dia, à luz do sol, diante do mundo povoado.
Caem lágrimas em pedras quentes, com borboletas, flores, gorjeios,
nuvens brancas, moças cantando, janelas abertas, ruas alegres.

Alguma coisa em nós é maior e mais grave que as expansões da vida,
alguma coisa é maior que o candelabro azul do dia
com flores, pássaros, canções entrelaçados nos seus doze braços.

Nem é de nós, nem nos pertence.
Sentimos que é da terra e dos homens,
da desordem do tempo,
da espada das paixões sobre o peito do sonho.

Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?

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