Poemas de Mario Quintana sobre Maes

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LIVRO
.
Os poemas que chegam
foram trazidos pelo poeta
incumbência dada por Deus.
E para não perde-los
Deus criou o livro
para eterniza-los.

Inserida por SIDINEIDEABREU

" Naquela manhã, acordei azul
como o céu que soberano recitava poemas
meu rosto resplandecia, rejuvenescido e forte
era a oportunidade se abrindo
minha alma alegre, só quis (quer) viver...

Inserida por OscarKlemz

Frases, versos, palavras, verbos, adjetivos, complementos, fonemas, parábolas e poemas. Nada disso tem serventia, se não implica uma mudança positiva.
Esse é o objetivo de usar a escrita como ferramenta de comunicação, a falta dela ou até mesmo a demasia da mesma apenas dificulta todo o processo de entendimento.
Exatamente assim como estou fazendo nesse momento, enrolando demais para acreditar no que penso em afirmar agora.
A verdade é que eu queria poder ser tão convicta em fazer o que desejo, tanto quanto sou em me desfazer do que parece impossível, talvez sofresse menos com meus arrependimentos e não estivesse me sentindo perdida e vazia, como estou agora.
Mas, se até o Belchior se via tão pequeno nesse mundo tão cheio de nada, quem sou eu, para não reclamar da minha crise existencial?
Então, sou insuportável o suficiente para continuar discutindo sobre o que não aprendi com a minha própria vida de desilusões.
Eu sou apenas uma moça latino-americana sem dinheiro no bolso e muita bagagem pesada, que não deseja mais carregar sozinha nessa estrada, que nunca encontra um lugar só meu e continuo a andar, sem perder a esperança, que não entendo como ainda a alimento e não sei até quando eu aguento.

Inserida por SemeadordeSentimento

Dos seus poemas restaram-nos 154 versos e eles dividem-se em três partes.
A primeira é uma introdução onde ele coloca como chegou às suas revelações. O filósofo conta a sua viagem imaginária pela morada da deusa da justiça que o conduzirá ao coração da verdade. A deusa mostra a Parmênides o caminho da opinião que conduz à aparência e ao engano e o caminho da verdade que conduz à sabedoria do ser.
(de A filosofia de Parmênides)

Inserida por DavidFrancisco

⁠Um poema lido
por mil pessoas diferentes,
decerto resultará em mil poemas
diferentes...
E de tão admirável repertório
toda sua magia e generosa
serventia!

Inserida por maurotoledo

Meu Coração

Eu tenho um coração um século atrasado
ainda vive a sonhar... ainda sonha, a sofrer...
acredita que o mundo é um castelo encantado
e, criança, vive a rir, batendo de prazer...

Eu tenho um coração - um mísero coitado
que um dia há de por fim, o mundo compreender...
- é um poeta, um sonhador, um pobre esperançado
que habita no meu peito e enche de sons meu ser...

Quando tudo é matéria e é sombra - ele é uma luz
ainda crê na ilusão, no amor, na fantasia
sabe todos de cor os versos que compus...

Deus pôs-me um coração com certeza enganado:
- e é por isso talvez, que ainda faço poesia
lembrando um sonhador do século passado

20 de Junho de 1942

Tenho vontade de escrever, e tenho uma necessidade ainda maior de tirar todo o tipo de coisas de dentro do meu peito.

O verbo amar

Te amei: era de longe que te olhava
e de longe me olhavas vagamente...
Ah, quanta coisa nesse tempo a gente sente,
que a alma da gente faz escrava.

Te amava: como inquieto adolescente,
tremendo ao te enlaçar, e te enlaçava
adivinhando esse mistério ardente
do mundo, em cada beijo que te dava.

Te amo: e ao te amar assim vou conjugando
os tempos todos desse amor, enquanto
segue a vida, vivendo, e eu, vou te amando...

Te amar: é mais que em verbo é a minha lei,
e é por ti que o repito no meu canto:
te amei, te amava, te amo e te amarei!

(Do livro - Bazar de Ritmos - 1935)

Ele não sabe mais nada sobre mim. Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu, que os meus olhos estão menos melancólicos. Ele não sabe quantos livros pude ler em algumas semanas. Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos. Ele não sabe quantos amigos desapareceram desde que me desvencilhei da minha vida social intensa. Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável. Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. Ele não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia: ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegria.

Sozinha não posso mudar o mundo, mas posso lançar uma pedra sobre as águas e fazer muitas ondulações.

Acordes sobre ela.

Ela não anda, ela flutua
Ela não fala, ela ressoa
Ela não olha, ela hipnotiza
E quando ela me ganha com o seu modo de ser, ela não me cativa, ela enfeitiça.
Ela não sorri, ela brilha.
E quando está feliz, então, torna-se uma estrela radiante.
Será uma escultura, um monumento ou criatura divina?
Não!
Ela é apenas uma menina.
Vulnerável, frágil e inconstante.
Incompleta, imperfeita, selvagem e insana.
Mas, apesar de tudo isso, o que a torna distinta e que realmente me encanta
é que ela não tem medo de ser ela mesma:
simplesmente humana.

Como dizia Mario Quintana, não te abras com teu amigo, que ele um outro amigo tem, e o amigo do teu amigo possui amigos também....Busque primeiramente a Deus em suas aflições, ele sim não é apenas o seu melhor amigo, mas seu criador e saberá cuidar de suas aflições e dores com sigilo que sua vida merece...
nene policia

Inserida por nenepolicia

Não se pode enlouquecer por todos os loucos, e esse mundo não é digno de minha lucidez. E é persistindo na diferença de quem sou e de como escrevo, que acabarei me tornando sábio. Talvez como Quintana que disse "... A poesia é uma loucura lúcida”. E existe um prazer em viver fora da normalidade, no movimento dos dedos sobre o papel, na beleza de cair e levantar. Ninguém quer aplaudir, todos querem vaiar. Somente um louco me entenderá, todos querem saber, mas minha insanidade não permite explicar.

CONTO DO MEIO

Quando pequeno, eu estava no aniversário de um amiguinho

e pus meu dedo no bolo.

Não coloquei e tirei. Não passei o dedo.

Apenas enfiei a ponta do indicador naquela parte branca.

O dedo permaneceu lá, parado, enfiado, intacto.

Todas as mamães me deram um sorriso falso.

Os papais estavam bêbados no quintal.

O único homem ali perto era o tio Carlos.

Tio Carlos se escondia atrás dos óculos e da câmera fotográfica.
Era bobo, agitado e gorducho.
Quase sempre sorrindo.
Tinha poucas, raras, nenhuma namorada.
Tio Carlos atrás dos óculos, da câmera e de namorada.

Meu braço esticado era a Golden Gate.
Uma conexão entre minha consciência
e aquele montante de açúcar.

A ponta do dedo imóvel, conectada, penetrada no creme branco.

Uma das mamães resolveu liderar a alcateia
e me pediu para tirar o dedo.

Pra que tanta coragem, perguntou meu coração.
Porém meu dedo,
afundou um pouco mais.

Olhei-a nos olhos sem docilidade.
Meu corpo imóvel.
O dela recuou.

Minha mamãe, sem graça,
falou que isso passa.
Eu atravancava, ria e dizia:

- Vocês passarão, eu... - estendia a aporia.

Eu era a Criação de Adão na Sistina.
Era mais que Michelângelo,
Era Adão no Bolo,
Era Bolo em Deus.

Mamães desconcertadas. Olhando umas para as outras.
O silêncio reinava,
o reino era meu.

Mamães desorientadas. Olhando para mim.
Tio Carlos com a câmera fotográfica
olhava para as mamães.

Acho que ele era apaixonado por umas três mamães,
ou mais,
ou todas.

Esperei um não.

Esperei um pare.

Ninguém era páreo

para um rei.

Tirei.

Inserida por kikoarquer

⁠Poema QUINTANARES
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei,
Que há até uma encantada,
Que nem em sonhos, sonhei.
Mas se a mim me permitir,
A vida em redemoinho,
Quero me ir levemente sorrindo,
Como se vão aquelas folhas outonais,
Que varrem as ruas centrais da cidade que habito.
E se não for por ventura,
Que o coração se reparta,
Quero que arda em fogo árduo,
A pungente alegria, daqueles que se embriagam,
Simplesmente enamorados na claraboia da lua.
Há tanta coisa escondida, nestas ruas que andarei,
Até mesmo a própria vida, feita uma canção atrevida,
Que quiçá, talvez um dia,
Com as próprias mãos tocarei.
Carlos Daniel Dojja
Em Homenagem a Mário Quintana

Inserida por carlosdanieldojja

⁠Poema bom

Hoje eu tropecei por ai nesse poema que eu já conheço há tanto tempo, mas hoje olhei para ele de uma forma diferente ou foi ele que olhou para mim, não sei. Segundo Quintana bom é o poema com o qual nos identificamos. E isso que ele disse, eu acredito que não sirva só para a poesia, mas para a música, o teatro, cinema, a literatura, as artes em geral. Mas nos identificarmos com algo será que é suficiente para classificá-lo como bom ou ruim? Nós só conseguimos enxergar o que já têm dentro nós e muitos de nós têm o mundo interno bastante reduzido. Não porque sejamos piores, mas porque a vida não nos deu as mesmas oportunidades que deu a outros. Logo, dizer que algo é bom ou ruim só porque nos identificamos é no mínimo superficial e simplista. Claro que nos identificarmos com algo nos dá aquela sensação gostosa de acolhimento, de conforto e prazer e, essa sensação que nos leva a adjetivar o que nos proporcionou esse sentimento é a mesma que usamos para classificar algo como bom ou ruim e, ao meu ver insuficiente.

Inserida por ednafrigato

MILAGRES À GRANEL

Há quem não acredite em milagres
Há quem tenha certeza que é só uma miragem
Há quem duvide do quase não difícil
Há quem acredite no impossível
Há quem creia que o passível é o mesmo que passivo ou permissivo
Há quem acredite que o incrível não é crível!
Vejam vocês: o impossível é passível de possibilidades
O possível, por sua vez, é repleto de impossibilidades
O sol não se põe no horizonte, pois o horizonte é nada mais nada menos que uma miragem; uma ilusão.
Mas é impossível e crível não existir o esplendor aos olhos da poesia.
O milagre está aí(ou ali) tão longe e tão perto.
Cabe aos olhares crentes — e até não crentes
Que a luz coexiste com a escuridão e
Que o sim coexiste com o não em suas mais difíceis entranhas.

Observo uma bola de fogo, uma gema, um ovo cercada por por cores qual um imenso afresco celestial
pintados por elementos naturais que fazem parte do nosso corpo e consequentemente da nossa breve existência.
Que poder esta obra-prima mutante tem sobre os que fitam com muitos sentimentos guardados ou soltos
Retos ou tortos
Vivos ou mortos
Há quem acredite em milagres...
Sou um deles
Você, Idem
Então viva os incríveis, críveis, impossíveis, passíveis com permissividade e regozijo
Os milhões de milagres que estão à sua volta, no alto e debaixo da terra.
Você é um milagre!
Felizes Anos Novos!

Luciano Calazans. Salvador, Bahia. 28/12/2017

Inserida por Maestroazul

Quero apenas voar!
Por Karine Bighelini, 22/11/13

Hoje quero ser do contra, do outro lado, do oposto, daquilo que ninguém quer falar. Resolvi fazer do meu jeito... Simples assim! Alguém já não disse que a unanimidade é burra?

Ah, se todos seguissem seus “próprios eus”...
Ah, se a direção de nossos instintos se dispusesse de qualquer norma ou medo de viver!
Quanta originalidade não seria dispensada,
Quanta tristeza poderia ser evitada!

Quisera que todos nós pudéssemos “seguir” somente a genialidade humana.
E ao menos, uma vez ao dia, termos a intensidade de Mário Quintana!

Com seu inesquecível Poeminha do Contra, autores tradicionalistas ousaram criticá-lo pela sua simplicidade linguística.
“Somente” inesquecível foi o que ele conseguiu ser!
Tantas interpretações desde 1978 e ainda, hoje, sua famosa estrofe leva o público a devaneios e entendimentos semânticos:
“Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!”

Há liberdade maior do que o voo de um pássaro?
Ser livre, ser solto, ser seu dono...
Ter asas: que combustível invejável!

Não quero atravancar, quero libertar-me...
Não quero ficar, quero simplesmente passar...
Não quero ser “imortal”, quero apenas voar, voar e voar!

Inserida por kbighelini

Enquanto

Enquanto as horas passam
E os segundos correm
Muitas vidas nascem
E outras tantas morrem.

Enquanto a melodia toca
E as ondas oscilam no mar
Tenho a cada vez menos certezas
E uma enorme vontade de amar.

Enquanto o pôr do sol encanta
E o beija-flor beija a flor
Eu cuido do meu jardim
Seguindo o que o poeta aconselhou.

Edson Luiz – Primavera de 2015

Inserida por ProfessorEdson

SEM NINHOS

Sei que ele passa,
Como passa o tempo.
Por isto quando chegar
A minha hora
De subir no telhado,
Vou gritar bem forte,
Nem vou olhar ao lado.
Quero que o meu eco
Voe pelo espaço,
Siga sempre em frente,
Mesmo que não tenha
A certeza de algum lugar.
Não posso falar “baixinho"
Quando estiver no telhado.
Quero gritar mais alto,
Este amor que agora sinto
Não cabe só em mim.
Gritarei sem medo,
Que voe os passarinhos
Em busca de outros ninhos.
Que o meu grito eternize
O nosso momento,
Mesmo que ele passe,
Como passa o tempo.

(Homenagem-diálogo com Mário Quintana: "Bilhete")

Inserida por RosalvoAbreu

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