Poemas de Mario Quintana sobre Maes
Que doce aroma começo a sentir
Seriam as flores, seriam as hortaliças, ou será o porvir?
De todas as possibilidades, uma me encanta
Não a que o olfato sente, mas o que meu ser suplanta
O que virá a ocorrer, isso não posso prever
Afinal são muitas variáveis para calcular
Se eu me estabelecer no presente, convicto estou que a posteriori não irei vacilar
Hesitações advém de pessoas sem confiança
Indivíduos tão apegados com o material que esgotaram suas esperanças
Já dizia Tomás de Aquino, "um erro insignificante inicial pode tornar-se grande ao final"
Deveras sei que minha finalidade é estruturada
Não por estar no papel, mas por não estar misturada
Gerar valor, estar atento, buscar ser disponível, com as pessoas estar conectado
Quem sabe assim, fazendo o meu melhor, deixo um legado.
Nos vales escuros e sombrios
Nas noites, no porvir, és comigo
O mal não temerei,
pois sei que és meu Rei
A dor que me dilacera há de me tornar mais forte
Então seja meu guia, seja meu norte
Os sentimentos não conheço, mas Tu és
És justiça, és resplendor, és benignidade, és amor
As belezas que vejo são passageiras
Então, que meus desígnios sejam teus
Tão belos e perfumados como as flores de cerejeira.
Trabalho do futuro
O trabalho do futuro é o afeto
É humanizado
Não é automatizado.
O futuro do trabalho tem empatia
Tem colaboração
Tem harmonia.
O futuro do trabalho é inclusão
É a colaboração.
Sem distinção de cor, gênero ou religião.
O trabalho do futuro é igualdade e união.
O futuro é ilusório
Porque ainda não existe.
As oportunidades de mudanças
Tá no presente.
Sem deixar de correr atrás e sonhar
Para a distinção de cor e gênero acabar.
Para o trabalho ter igualdade de união
Empatia e inclusão.
Pássaros cantando
Talvez o mundo não fosse tão grande como eu imaginava
Talvez eu não merecesse o céu, como eu achava, somente as nuvens
E, tenho apenas que me contentar com o canto das pássaros
Porém, não é me desfazendo deles
Eles não deixam de ser belos
Mas, são singelos
Talvez eu devesse cantar apenas a minha verdade
Andar a passos curtos
Sem fazer barulho
Apenas vivendo cada instante dentro da minha própria eternidade
Numa silenciosa jornada
Ao mesmo tempo intensa e necessária pra quem a vive
Talvez eu devesse apenas recolher as folhas que eu encontro nos bosques do caminho
E plantar uma nova história
Pouco a pouco fazendo o meu ninho
Uma casinha no interior
Um campo verde e florido
Uma chaminé
E novamente os pássaros cantando
Escutando e apreciando meu silêncio interior no interior do interior.
A saudade do futuro
Uma saudade não nomeada
Também brota aqui dentro
E se perde pela estrada
Ah, se no meu próprio canto eu ouvisse os pássaros cantando...
Talvez eu não mereça mesmo o amor
O amor de Eros, o amor dos outros
Nem a paz e a calmaria da cidade
Talvez no meu coração só possa perpetuar a dor
Continuamente
E nesse total desprazer é que a minha mente sente
Sentimento descontente
É o que provoca esse miserável, insensato e profundo estado de torpor.
A menina dos olhos dourados
Era um tempo o qual não havia nuvens
O sol brilhava e a brisa daquele vento soprava
Estava aquela menina no passeio daquela rua sentada
Em uma pedra que próximo há uma porta estava
Porta era aquela que se dava para a entrada de sua casa
A menina quieta observava
As pessoas que naquela rua passavam
Todas as pessoas que há viam se admiravam
Pois aquela menina tinha algo que lhe chamava atenção
Mas isso não há intimidava, para as pessoas ela continuava observando
Um homem retalhado passa por ali
Carregava ele em uma de suas mãos uma garrafa
A menina observando o homem passando começou a rir
Pois ela se engraçou da forma que aquele homem andava
O homem vendo que a menina ria
Ele tira a touca retalhada de sua cabeça e a reverencia
A menina continua olhando e observando
Até que passa uma mulher bonita e ajeitada
Havia entre seus dedos um papel que lhe saia fumaça
A mulher tossia sem parar
E a menina para ela continuava a olhar
Do outro lado da rua, passava uma mulher
Mas a menina não conseguia entender
Pois uma bermuda e camisa de homem a mulher vestia
Havia um homem que junto a ela seguia
E ele vestia uma roupa de mulher
Os dois andavam juntos, mas não se encostavam
A menina confusa ficou
Mas ela não se importou
Continuando a observar
A menina viu outro homem que corria sem parar
Parecia ele assustado
E carregava em uma das mãos um objeto
Que era preto e em forma de ele
Ele passou muito rápido
Mas a menina que a observava conseguiu detectar
A roupa e o objeto que ele estava a segurar
A menina achou tudo estranho
Mas continuou sentada observando
As pessoas que por aquela rua passavam
Feito por: Elielton Lima
Data: 29/11/2021
Um outdoor te diz o que você deve vestir.
A sociedade e seus padrões te dizem como você deve existir.
Porém, você tem a capacidade de dizer o que quer fazer.
Você quer apenas existir ou quer realmente viver?
Sonhei que acordava,
num poço sem fim
eras tu quem me salvava
e te apaixonavas por mim.
Acordava sem ti,
noutro momento infeliz
percebia que sim,
eu gostava de ti.
Tarde demais para dizer
Tarde demais para falar,
estava prestes a acordar
quando me vieste beijar.
Percebi que era sem ti,
o meu fim
não conseguia dizer
só fazia sorrir.
Sorrir para ti
pensei que era lindo, sim
mas logo percebi,
que acordei enfim.
Seria um sonho,
Ou um pesadelo
acordar sem ti
Sem o meu laço de cetim
um poeta não sabe chorar
um poeta não sabe demonstrar
um poeta não sabe falar
o poeta só sabe escrever
quer saber o que um poeta esta pensando?
seus poemas deve ler
pois somente lá ele sabe viver
é onde seus sentimentos conseguem transbordar
um poeta é saber por palavras mostrar
tudo aquilo que gostaria de falar
um poeta é conseguir escrever
tudo aquilo que gostaria de saber
ou para fora botar
um poeta tudo sabe guardar
mas ao mesmo tempo
nada consegue esconder
pois todos conseguem o ler
pois seus poemas mostra
tudo que queria guardar
sem ninguém nunca imaginar
Vestir de livros
Eu era menina inquieta
Travessa como uma pipa no ar
Eu era bola de ping-pong
A mercê de um rumo a tomar
Eu fui adolescente irreverente
Sem travas a me parar
Eu fui adolescente angustiante
Sem um caminho a focar
Eu fui adulto intrigante
Com vários caminhos a percorrer
Eu queria tudo ao mesmo tempo
Com o tempo a me perder
Eu fui adulto interessado
Com muita façanha a fazer
Me interessava por tudo
Depois que
Me dediquei a ler
Hoje sou madura tranquila
Aquela que sabe o que querer
Porque me vesti de bons livros
E viajo pra longe ao ler.
Lupaganini
A natureza é perfeccionista
Somos apenas a matéria
Deixamos os vínculos materno
E passamos a lutar em guerras
Paradoxo do mar
Tão sereno...
E ao mesmo tempo tão agitado,
Tão azul e tão acinzentado.
Meu semblante com ele se encontra e num instante eu o venero,
Fazendo das minhas palavras um grande mistério,
E neste paradoxo eu também me encontro,
tão brusca e tão amena.
Bem que eu queria assim ficar,
sempre perto do mar,
E as ondas contemplar.
Mas eu sempre quero estar aqui e estar lá
Tão livre que não dá para tocar,
E tão perto que me sinto a sufocar.
Chamego
Um carinho, um beijo
Um cafuné, um afago
Um chamego
Sem apego
Só paixão exacerbada
Uma saudade do amor verdadeiro não vivido
Não concretizado,
Mal-resolvido
Esquecido
Nos recônditos da alma
Ou nas águas do passado
Vidas passadas
Sentimento que invade e deságua
Nostalgia que não apaga a mágoa consentida
Um romance de cinema,
A cores ou em preto e branco
Não importa,
Apenas um chamego
Sem desespero nem cobrança
Com honra
Quem acha, engana
Pensa ser só uma aventura casual
Mas, não
O que faz falta é a entrega
É disso que o cotidiano, o dia a dia e a nossa vida está sedenta
É a joaninha que pousa de vez em nunca numa folha e nos revela sorte
É a flor que floresce só a noite
É o beija-flor que aparece sem avisar
É a chuva que molha depois de longos dias quentes de verão
É a esperança que surge na porta
É o ímpeto e o arrebatamento que aparece vez ou outra na nossa vida pra balançar nosso coração
O chamego que, depois da longa entrega, vai embora
Mas, não te deixa só
Fica sempre um pedaço com você e marca eternamente sua história
Fica sempre um jardim na alma que às vezes aflora
A falta de fôlego que não mata, mas no peito mora
Quando se lembra com carinho, no auge da paz e sossego
Secretamente daquele chamego
Que um dia adocicou seus dias amargos
Ou que podia estar contigo agora
Conexão magnética
Um olhar magnético os une na sala de estar
Mesmo em meio a multidão, se interconectam
E riem na mesma vibração
Você é a minha pessoa no mundo — Acendem isso juntos, então.
Tão longe e distantes um do outro, mas tão perto o coração.
Hábitos noturnos
Insônia
Pensamentos invasivos
Volto a fita do dia na minha cabeça
Às vezes de todo meu passado
A noite escura e a madrugada acordada
A lua cansada desejando repousar
As estrelas, dormem, sonolentas
Mas, deste pesadelo,
Não é possível acordar
Dama da noite,
Se abre quando cai a escuridão
Floresce na alma a chance do recomeço
Vencer o medo e a desilusão
Enfrentar o caos e a confusão
Quando amanhece os dias
Cheios de contenção
Noite serena,
Traz logo o meu sossego
Traz consigo o desapego
Pra não sofrer tantos com as coisas terrenas
Permanecer em uma vigília eterna
Não trará a calma plena
De ser e de amar
Traz que a noite é pequena
E a vida é curta também pra sonhar
Recordação
Eu quero recordar,
Recordar aquele lugar
Tao seco e doirado
Tao belo e requintado
Como uma joia qualquer,
No peito de uma mulher.
As planícies de perder de vista
Tao cheias de vida e de alpista
Onde bandos de aves ainda voam
E nelas, azinheiras se amontoam.
Naquela terra esquecida
E de pessoas, desprovida
Separada do centro, pelo rio Tejo
Ai, que saudades, do meu Alentejo!
Mulher,
És como flor que perfuma onde passa,
Como sol que ilumina os caminhos.
És como as aguas que modifica o seu redor,
Como o vento que indica a direção.
A mistura de fragilidade e força, com o dom de dar a vida e também de doa-la por quem se ama, dona de si e do seu mundo.
Dom de Deus, abençoada desde o seu nascimento, com sabedoria, graça, beleza e muito mais, que por vezes nos falta, mas que transborda quando temos a sorte encontrá-la.
Esperança e luz, mesmo nos dias nublados nos mostra através do seu sorriso que o sol não brilha somente no céu mas também no seu olhar.
Não sei expressar ainda quão tamanha foi a minha tristeza
Quando descobri que ainda era quarta-feira
A felicidade real sim, eu sei, não consiste nos dias
Em esperar até que a sexta-feira chegue
Ela reside no cotidiano
Quem tem a proeza de viver está descoberta
De acessar a alegria e a liberdade
Na riqueza dos dias, das horas, dos minutos, dos segundos e dos momentos
No aqui e agora
Finalmente encontra o fim do arco-íris
E descobre principalmente que não precisava ter chegado no fim para alcançá-la
Só foi preciso colorir os dias cinzas-nublado
Isso só foi possível com o coração puro cheio de amor, a alma viva e eterna de criança, e a mente firme, porém humilde, com os pés no chão.
E ca estamos
Um final de uma pandemia, que abalou não só um país como um mundo inteiro.
A beira de um retorno à normalidade. Uma guerra avistada.
E a todos aqueles que ousarem infiltrar-se para chegar ao fim da guerra, receberá algo em vezes pior.
Não é só um país, é um mundo todo. O mundo não suporta mais tantas perdas, ou se quer um povo aos prantos de uma dor que sabe se la só, quando vai curar.
Feridas que ficaram sempre marcadas, sem a ideia da dor que aquilo um dia a de causar ao lembrar…
E ca estamos nós, não sabemos se oramos, choramos ou se continuamos. E assim eu adoraria dar um Adeus. Um último Adeus a todos que mesmo em complicados momentos ali estavam. As vezes certas perdas não vem ao a caso. As vezes as perdas servem de consolo, para que valorizamos cada dia mais, um dia após o outro, e que viver todos os dias como se fosse último, fosse uma excelente solução….
A cura da sociedade (Tá tudo invertido)
É preciso inverter a vida
Inverta todos os valores e conceitos ensinados
Esqueça tudo o que você aprendeu
Vire o (seu) mundo de cabeça para baixo
É preciso ser feliz consigo mesmo para amar, e não amar o outro para ser feliz
É necessário a felicidade para alcançar o sucesso
Não é o sucesso que permite você alcançar a felicidade
Do contrário, será apenas um sentimento vago, efêmero e passageiro
Como um pássaro viajante que pousa na janela, faz uma breve visita e vai embora
É importante morrer para viver
Quantas vezes for necessário
Quando você morre para você e para todos as crenças, regras e concepções absurdas que você acredita
É que você entende o valor da vida
Renasce todo o dia para o despertar do amanhecer
É importante virar a vida de cabeça para baixo
Começar do fim
E esse será o seu mais novo começo
Perder para conseguir ganhar
Muitas vezes, basta você entender o que vem com a perda, para que você viva com honra a plenitude de ser vitoriosa
Às vezes, é o lado mais sombrio que te faz conhecer a luz
Ele nem sempre é preciso
Porém, esse lado ilumina tão forte a sua alma que você nunca sentirá mais vontade de revisitar a escuridão
É o aprendizado mais puro e mais amargo
É o aprendizado mais duro, mas o mais honrado
A maneira mais humilde de conhecer a verdade
Por isso, abrace a vida sem ter medo das dores e das adversidades
Mas, ame também a capacidade de observar a riqueza da sabedoria nos pequenos detalhes
Tenha a coragem de se embriagar e se embebedar de várias doses da vida
Corpo Alma
No meu coração há lugares desiguais;
Um horizonte, um mar sem porto
E nas profundezas abismais;
Um vulcão, quase extinto e morto.
Mas, quando você, tão frágil; emana,
Uma palavra que vence minha resistência,
Tornando linda a liberdade humana,
Uma palavra – “ amo” -, óbvio, a essência.
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