Poemas de Mario Quintana - Vaca
Outro final de tarde,
o baile da fumaça
da chaminé através
da janela quadrada
e o receio de não
lidar com os meus
próprios fantasmas,...
Onde o mundo todo
corre sem parar
para tentar salvar
vidas por minuto onde
a cena marcha incerta,
O talvez o êxito de
pôr o pé e a cabeça
nos lugares certos
e na nossa História,
que antes corriam
por pressa e glória:
Para quem sabe
talvez possam se salvar:
obedientes repousam
e nos prados imaginários
todos os dias galopam,...
E assim por cada canto
tendo que desafiar
o meu próprio tumulto,
buscando as trevas
da noite interior
dissipar com a luz do luar.
Para jamais desistir
de esperar
até passar tempestade,
e o sol da liberdade
em berço esplêndido raiar.
Esperança
Dizem que ela nos dá força
que sem ela não há conquista
que temos de manter a esperança
para não perder os sonhos de vista
que por mais difícil que seja
é somente com a esperança
que se alcança oque deseja
pois ela nos dá perseverança.
Preciso alimenta-la
porque me sinto fraca
preciso fortalece-la
se não eu vou perde-la
espero e anseio
espero e creio
então oro
por muito esperar
eu choro
mas não deixo de acreditar
que a vitória vai chegar.
_________________________Juliana Rossi Cordeiro
Antes de tudo isso
acontecer ao nosso redor,
percebi o teu entusiasmo
eflorescer enamorado,
a cada passo de amor
heroicamente bailado
nesta total imensidão
para tentar alcançá-lo.
O teu inefável candor
me fez te desejar
como meu caminho
sem volta através
da doçura do teu olhar
nas minhas noites
longas de Lua solitária.
Minha deidade elegida
que leva estrelas
nos ombros e uma
história tão linda,
em silêncio te espero
para orbitar na tua vida.
No amor constelação
adentro em noites
de tremenda paixão,
e entregues aos beijos:
que nós dois merecemos.
Quem dera dominar
a arte da música,
para me salvar
de um mundo
que só se sabe gritar.
Sei, a poesia salva
mesmo silenciosa,
mas não é a todos
que de fato ela toca.
Ah, se eu soubesse
tocar no meio desta
humana tempestade,
onde uns depreciam
a própria liberdade.
Sei, a poesia me leva
para onde talvez
nunca vou estar:
lá nos raios de luar.
As minhas veias
são as ondas do mar,
e estão as sereias
que fazem você
o tempo todo pelo
meu nome clamar.
Ah, nesta onda ruim
não vou mergulhar!
O tempo vai melhorar
e o céu se abrirá
ao nosso amor que virá.
Ser humano, Malum Voluntatis! (Ser humano, Maldosa Vontade!)
Ser humano, malum voluntatis!
Humano, naturalmente mau e maldosamente ganancioso!
Vontade que move, que aquece,
Que nos próprio adoece.
Insípida, gananciosa, inoperante!
Lhe mostra o motivo de se estar vivo,
algo que ao final, não passa de uma simples prosa.
No ser humano, a hipocrisia,
A culpa na sociedade. Blasfêmia!
Já nascemos maus, por natureza, por isso, saiba.
Nossas escolhas nos fazem, porém, instintivamente somos ruins!
Julgamos, maltratamos, diminuímos!
Coisas não pensadas, apenas feitas.
Provenientes de uma natureza má,
Criadora de humanos mórbidos.
Querer, amar, possuir!
O querer do novo,
O amar o algo,
O possuir o tudo!
Ser humano, malum voluntatis!
Tua ganância vem de dentro.
A tua maldade de berço.
És o ímã de seu interior!
O que é pra ser não te (r)acha, te mantém. O que é pra ser, está sendo, não é só quando (con)VÉM.
Não é só quando vem.
A noite outonal pairou
na mente transformada
em um aldeamento
repleto de demônios,
e os loucos fantasmas
dançando ao som
do conjunto de cigarras,
Quem tem a ventura
de ver na vida in natura
a graça da beleza,
no abismo não pula
num mundo em transe
viciado em agressão
por mera repetição,...
A noite outonal inspira
para no céu da tua
mente ser a Lua fixa
mesmo com a minha
num estado de turbilhão,
da loucura do mundo
sou a eterna foragida,
Porque das loucuras
existentes prefiro viver
eternamente refugiada
na minha própria,
como quem vive
numa cidadela perdida
no meio do nada
e por antigos espíritos
há muito tempo ocupada.
Tudo o que sinto
não mais caibo em meu peito,
Em meio a ilusória acalmaria das madrugadas,
O silêncio grita verdades,
Fomos feitos para sentir cada detalhe.
No fim, nos perdemos sozinhos e nos curamos sozinhos.
Mas é dificultoso não olhar para trás sabendo que estamos lá.
Ah quem não se perde na mulher que dança
Nada é mais lindo que a mulher que dança
Nada pode ser mais lindo que a mulher que dança
Ela flutua com sólida precisão, mas flutua,
ela é rarefeita, bem feita, perfeita
Ela tem imã no pé,
que não a deixa encostar
no chão
E entre cruza e descruza de pernas,
ela mistura cisão com fusão
Ela mexe com a cintura, e também com meu
Coração, que pula pula pula e sai pela boca
Eu vejo a mulher que dança, e penso em nada,
porque me perco naquela visão
Ela é só sensualidade,
embalada numa canção
Eu amo a mulher que dança,
Eu quero a mulher que dança
O corpo da mulher que dança
ahh é pura emoção,
ele é todo desenhado a mão
Ah se eu pego a mulher que dança,
é cama dança e paixão
É carnaval no meu coração
É sorriso até morrer,
é dança sem dança no chão
Na noite abissal,
eis-me a insônia
de mãos dadas
com a Superlua
na janela lateral,
e na mente habita
uma cena épica;
No estado grão
e mestre de plena
indignação total,
franca e continental
não está permitindo
piscar os olhos,...
Por todos os lados
há milhões de sonhos
proscrastinados
e outros destruídos,
O brio doce, inquieto,
ardente e de metal,
com os vitais signos
das derradeiras
Superluas do ano,
nunca irá calar
diante do banquete
de supérfluos egos
e indevidos ecos,...
Por todos os cantos
há vidas quebradas
enfraquecidas
e pessoas destrutivas,
Por esta noite fria,
longa, altaneira,
pelas estrelas,
e pura inconformidade:
Não é corrente fácil,
é a criança que
teve os brinquedos
pela vida quebrados
e o sorriso furtado,
mas que olhando para
o profundo do céu
para treinar a intimidade
com a escuridão
não irá se entregar,
porque jamais se
lançará na obscuridade.
Em plena madrugada, acordada
lápis e caderno em mãos
e o meu coração
caído no chão
Tic-tac do relógio
pinga - pinga da torneira
em meu peito um vazio
pernas em tremedeira
Escrevo aqui sensações
medos e pesadelos
faço aqui minhas orações
esperando aquietar meu
coração
O caderno não me julga
o lápis me é fraterno
talvez agora eu durma
no abraço do meu caderno.
_____Juliana Rossi Cordeiro
É na maravilha dos teus lábios
que fugirei dos cansaços
deste mundo em estilhaços,
vivendo só dos teus beijos,
ocupando os teus campos
e morando nos teus abraços.
A noite que querem impôr;
é bem dissonante da nossa;
que virá embelezada de luar
com estrelas em festejo,
e nós dois na beirinha do mar.
É na certeza de querer
ser levada pelas loucuras
que só quem tem amor
se permite benfazer:
desde o primeiro minuto
optei por nós te escolher.
A delícia da contemplação
da tua alma morena
e no teu olhar de ribeira
faz a dádiva da espera,
algo me diz que vales a pena.
Por ti, por nós e por todos
aqueles que virão conosco,
unidos e de mãos abertas:
para o amor pelo amor
como a redentora lição
dos signos da constelação.
Esta Pátria mergulhou
num oceano profundo
de dor, ódio e tristeza;
e por rebeldia não vou
entregar o meu peito
à sorte e a rudeza,...
Desejo estar inteira
e pronta para quando
a hora certa chegar,
por isso fui construir
um abrigo interno
para de ti jamais ir;
Prefiro falar no sonho
de mais de mil e uma
noites de amor ao luar,
e não é por frieza,
porque sei que tenho
que ser fortaleza e crer
que tudo vai passar,...
No exílio em solo pátrio
firme e circunstancial,
em tempo de frio austral
e confusa distância social:
até nos dias mais duros
vivo te buscando como
quem vive o tempo todo
se aventurando por novos mundos.
"Pode você cavar.
Minha carne é real.
Minhas mãos—como se movem
balançando como demônios ágeis
Meu cabelo—tão embaraçado & contorcendo
A pele do meu rosto—aperte as bochechas
Minha língua de espada flamejante
Espalhando vagalumes verbais"
Mãe é nosso primeiro amor
ela acalenta e amamenta
tenta nos salvar de qualquer dor
com carinho e paciência
Depois a gente cresce
e quer navegar por ai
e fala: __"mãe me esquece!"
mas ela fica quietinha ali
nunca nos esquece
sempre orando por nós
sempre esperando por nós
Porque, mãe é porto seguro
você pode ir muito longe e se perder
mas ela sempre estará com amor puro
pronta a te acolher.
_________ Juliana Rossi Cordeiro
Quando se escreve
Fica-se nu.
Nu perante seus inimigos.
Nu perante as críticas.
Somente as letras nos vestem.
E os críticos
Céticos
Arrancam nossas vírgulas
Pontuam nossas angústias
E você fica nu
Indefeso
Sem alma
Sem arma
Somente exclamação
Com ponto de interrogação
Por que escrevi?
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Os ombros de Órion
sobre mim estão
plenos nesta noite
de silêncio total
e isolamento social,
Pode até parecer
um grande absurdo
no azul profundo
deste Universo,...
Em mim algo ainda
é jovem e chama
à querer viver tudo
ao mesmo tempo
e salvar o mundo;
Pode até parecer
utopia algo diz
que seremos
planetas alinhados,...
Danço para a Lua,
Júpiter e Saturno
com uma rosa
cósmica na boca,
e sem saber que você
de fato existe tem
me deixado quase louca.
SOMOS IRMÃOS NA DOR
É no escuro da noite
quando a dor se faz constante
e mais assustadora
que desejamos que um anjo bom esteja ao nosso lado,
para enxugar as nossas lágrimas e o suor da febre persistente.
É nesse instante que a nossa humanidade floresce.
Num mundo desigual, no amor e nas virtudes
quando todos estão no mesmo lugar comum
pobres e ricos, pretos e brancos
sofrendo no âmago da alma a mais cruel desilusão
que a nossa presunção egoísta desaparece.
Todos carecem de cuidado e afeto
somos iguais na dor
buscamos até de estranho um afago
o sorriso de empatia
somos irmãos, querendo ou não
na dor somos conscientes
de que contra a razão não há utopia.
Para os profissionais da saúde em 2020 durante a pandemia
Sempre engendro
milhões de enredos
onde fugiremos
para um misterioso
paraíso perdido
no meio do oceano,
Juntos morreremos
de amores pela Lua
e acenderemos todos
os luzeiros da noite,
Para revivermos
a utopia romântica
dos beijos doces,
abraços quentes
e nas estradas
infindáveis do prazer,
Juntos em grandes
cenas sem platéia
e de dar inveja,
sei que iremos viver,
Não importando com
o tempo que for demorar:
esse luxo vou me dar
de para ti ser e pertencer.
Está na hora de esvaziar a cuia.
Reeducar os sentidos.
Com os pés na Terra.
E cabeça no Criador.
Marcos fereS
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