Poemas de Luto
Inspire-me, por favor!
Faça com que eu sinta,
a beleza do nosso amor.
Preciso ressaltar,
que não há como duvidar,
pois vejo no seu olhar,
o amor, ao me ouvir falar.
Mas inspire-me, por favor!
Eu ainda preciso sentir,
A certeza do MEU amor!
Quem não respeita
a população é o invasor
e não quem vem
lutando dentro de casa
para sobreviver
muito antes de Holomodor,
é devido jamais esquecer
de quem ocasionou a dor.
Verão ardente na Crimeia
cercada de armas
e sistemas aéreos de defesa,
enquanto uns vieram
só para passar as férias na praia.
Dizem que todos serão
eliminados mesmo aqueles
que não têm ligação
pátria e emprestaram
o seu coração
em defesa da Ucrânia,
Nada me intimida
e nem mesmo o buraco
mais escuro do Universo.
Porque quando se
conspira contra um poeta,
um tirano sempre cai primeiro,
e deixa o pior de si na História
aos olhos do mundo inteiro.
Cale-se todo e qualquer ruído,
nem que seja por um segundo,
deixando que o som do silêncio faça melodia
n'alma de quem ouve a paz
- dentro de si mesmo -
neste conturbado mundo...
Nós não somos bons em nada
Por isso eu guardo minhas dores
Pois eu não sou bom para desenhar minhas dores
Pois eu não sou bom para falar minhas dores
Pois eu não sou bom para escrever minhas dores
Pois eu não sou bom para controlar minhas dores
O jeito é fingir ser feliz para não levantar suspeitas
E viver a vida do jeito que conseguimos.
A Canção
Percebi, o universo é a melodia
Nela é onde os acordes gravitam
Consigo ver uma canção
Está percutindo meu coração
Repare o paradoxo:
Nem letra, nem cifras, não sabia entoar
Mas os sentimentos,
Esses sim, foram de arrepiar
Chorei! O motivo? Lembrei!
A música que senti, na alma ouvi.
Solfeggio tinha razão.
As frequências das notas sempre afetarão
Só relutei a crer nisso
Enfim deixei o espírito falar e o corpo responder
A música que eu ouvi, vou te dizer!
Começa assim: Naquela mesa ele sentava sempre
Ele? Era o pai, e os arrepios? Era ele perto de mim
Em sua mais nova forma de existir.
“Despedida de um engano”
.
Quantas vezes sonhei com seu olhar
Fazia-me tirar os pés do chão
Dava-me asas para eu voar
Desenhei-o no meu coração
Como se fossem nuvens de algodão!
E nelas eu ia pousar
-
Eu era ainda uma menina,
De coração puro, alma cristalina
Que misturava sentimentos
A ilusão era minha inquilina
Sonhar era a minha sina
Mas amei cada um desses momentos
-
Sinto uma certa nostalgia, de quando você me dizia
Tu és a minha porção de loucura
Um mar de Poesia e ternura
A minha ponte e o meu teto
O meu desejo mais secreto
-
Tolo coração, ainda mero aprendiz
Julgava-se feliz
Ao entregar-se áquele ser sedutor
E a menina, não se dava conta
Que ainda não estava pronta
Pra diferenciar a ilusão do amor
-
Ah! — Mal sabia o coração
Que alguns sonhos são apenas ficção,
Idealizados pela nossa mente
Emaranhados de emoção
Que não sabem dizer não
E não vão além do presente
-
Não te quero mais, coloco agora um fim
Não sei se te amo, mas amo-me mais a mim
O meu eu, perto de você, sente-se anulado, trancado!
Você me consome, perco até meu nome.
Você pra mim vira passado
-
Adeus!
É hora de me libertar, escutar meu coração puro, sonhar livremente!
É hora de encontrar um outro olhar, onde eu veja futuro após o presente.
Rosely Meirelles
Amor De Sereia.
A-mar também é desistir.
Mesmo que mergulhe de cabeça.
Para Deixar ir.
Amor de sereia.
Nunca e raso ,independente da distância
Ambos vão sentir
mesmo com laços cortados
Tem profundezas!
‘’Infância, doce infância’’
Hoje, a lua espreita, me motiva a recordar.
Ah! A saudade em mim se deita
E a infância vem-me abraçar.
-
Saudade, dos cantinhos, que fui deixando pra trás
Revivo agora, aqueles lugares, que me trazem tanta paz
Tantas aventuras, no rio, na campina…
Tantas travessuras de quando eu era menina
-
Lindas canções!
Que por horas seguidas, ouvia papai assobiar.
Reabrem-se emoções, e a nostalgia, faz-me chorar.
Tenho guardado, no intacto baú da memória
A minha infância tão bela, parte da minha história.
-
As deliciosas comidas, no fogão a lenha, que mamãe fazia,
Com tanto amor e capricho, tão bem que sabia.
Aquele leite quentinho com açúcar, farinha de milho e canela
Recém ordenhado no curral, era especial, memória tão bela.
-
Saudade de correr no pomar do quintal, daquele antigo casarão,
Que escondia tantas histórias, inclusive de assombração.
Saudade das amizades da escola, onde se preparava o futuro
Dos meninos a jogar à bola, do sorriso puro.
Onde um professor lecionava do pré à quarta série,
Onde brincávamos felizes debaixo d´uma intempérie.
-
Amigos eram tantos, não sei onde estão.
São estes os encantos, dos tempos que já la vão.
Saudades do vovô, da vovó, dos meus tios e primos
Do sentir que não estamos sós, dos abraços e mimos.
-
Doces tempos, que não voltam mais.
Sonhos desfeitos, caminhos perdidos.
Tantos, que já se foram, mas jamais serão esquecidos.
-
Oh! Meu Deus, agradeço-te a Ti
Por me permitires guardar na memória
Toda a minha história, tudo o que eu vivi.
.
Rosely Meirelles
“Cuidadora de flor”
.
Ensina me Senhor, qual o melhor caminho
Pra cuidar do Teu jardim, para zelar cada flor
A crescer no seu cantinho.
-
Neste mundo onde o amor é escasso,
Quero cuidar do Teu terraço,
Mesmo a flor com espinho.
Mostra-me Senhor, como a terra se lavra
Eu não sou poeta, mas de forma correta
Quero espalhar Tua palavra
-
Meu Senhor, quero sentir cada flor
Admirar sua beleza, libertá-la quando presa
Afastá-la de qualquer dor
-
Concede-me Senhor, a bênção inspiradora
De ser boa cuidadora,
E, por favor,
Derrama umas gotinhas, bem levezinhas,
Para regar cada flor
Para que todas, sem exceção, sintam no coração
O Teu verdadeiro AMOR.
-
Rosely Meirelles
Soneto, “fim de aventura”
— Repentinamente a alegria transformou em entristecimento
— O riso converteu em lamento,
— Surgiram lágrimas e abatimento
— Momentaneamente, o que era paz, se transformou em tormento
— Inesperadamente;
— Na expressão extinguiu a luminosidade
— O afeto converteu em incerteza, não havia mais tanta clareza
— Os encontros converteram em preocupações, já não faziam diferença!
— inusitadamente;
— A solidão se fez presente,
— habitou o coração
— A vida, perdeu o sentido, naquela aventura que estava vivendo.
— Aquela fantasia, perdeu a razão, senti estar sofrendo.
— Imprevistamente, o vento levou, terminou!
Rosely Meirelles
Espinhos na carne
Correntes na alma
Qual dói mais?
Qual mais tira sua calma?
Nunca ser tu próprio
Nunca viver
Nunca ter nascido
Mas nunca morrer
Qual o sentido
De respirar num corpo
Que a tu não pertence
É ser um morto
Quem ama prende?
Prender não é amor
Prender é medo
Quem prende não entende
Me manter uma folha em branco
Para ser dobrada e descartada
Atirados os pedaços ao vento
Eu tento
Mas quem devia apoiar destrói
O que devia edificar, corrói
O que devia alegrar, só dói
Não choro, não grito
Não digo, só sinto
Palavras não saem
Não entra-me o fôlego
Luzes caem
Não conto, só minto
Minto a mim mesmo quem sou
Itapoá
Itapoá celestial recanto
do Norte Catarinense,
Tu és encanto por todos
os lados e entre os rios
Sai Mirim e Saí-guaçu,
esconde fortuna e vida.
Pedra que surge,
minha pedra fundamental,
Minha Terra Carijó,
meu sambaqui místico,
Feita de tudo o quê há mais lindo.
De Garuva és filha emancipada,
é endereço da saudade danada
e da tranquilidade és a morada:
sou por ti sempre apaixonada.
És poesia interminável,
dádiva de Santa Catarina
e amor que jamais termina.
Das tuas praias sou a sereia,
no sorriso da tua gente sempre
encontro tudo que me enleia:
declaro amor sublime eternamente.
(Itapoá magnífica
deste Atlântico Sul
tu és a minha musa divina).
— Saber quando…
— Me lembro como se acontecesse neste exato momento, tudo continua vivo em meu pensamento.
— Nos dois alí, presos no enlace daquele abraço, na hora do triste adeus, e eu ali, amparada nos braços teus.
— Recordo aquele beijo, com capacidade de uma vida inteira durar.
— Ainda consigo sentir as lágrimas, no meu e no teu olhar.
— Difícil despedida, naquela hora da partida.
— Sabendo que não poderia ficar.
— Alí… Naquele exato momento o nosso, tinha que acabar.
— Duas vidas, no emaranhado de uma história de paixão e loucura, obrigados há caminhar, cada um em uma rua
— Precisando sufocar os desejos do coração.
— Aquele sentimento que era furacão e tormento,
— Ardia em desejo e paixão
— Carícias, beijos e sofrendo pela possessão
— Anos se passaram, e as vezes me pego com o olhar perdido, visitando aqueles momentos vividos,
que levo comigo nessa viagem pela vida!
— O bom é isso,
viver e saber quando é preciso partir, e quando se pode ficar,
— E ter histórias pra contar!
Rosely Meirelles
Se o sol fosse à noite
o que a lua é ao dia
não seria necessário
esta estranha afasia
não seria nem prudente
pensar na estadia
não seria permitida
esta boba poesia!
Nem mesmo o sol
deixaria
a porta aberta do cais
o tempo tão logo
entraria
na solidão dos haicais
eu, em grande assombro,
diria
as rimas em nada falam
além das tais fantasias
além dos além do mais!
Se o sol fosse à noite
o que a lua é ao dia
não seria necessário
esta estranha afasia
não seria nem prudente
pensar na estadia
não seria permitida
esta louca poesia!
"Pras coisas que você não controla,
e tudo mais que sonhou antes de ver se perder,
guarde essa lição no bolso da alma,
viva e deixe morrer."
Meu amor, e como
o inverno, tao frio
Que espanta a todos,
tao sem sol, que nao a cor
Meu amor, e desinteresse
Desprezo ate, os meus próprios
Interesses
“Amor primaveril”
Você chegou, lindo, feito um dia de primavera, trazendo flores e cores, agregando o mais belo contraste que vi através de minha janela.
Vi você chegar, e mergulhar no meu olhar!
Descontraiu minha tensão!
Veio fazer morada em meu coração.
Fez-me enxergar melhor, as belas flores que haviam espalhadas pelo chão.
Afastou de mim as incertezas do caminhar.
Permitindo-me, de seus sonhos, participar.
Mimoseou-me, com o seu dedicar.
Meu coração, que estava acostumado à frieza de uma tulha fria,
vivia de nostalgia.
Agora se via aquecido,
mal sabia ele que novamente ia voltar a ser entristecido.
Chegou para transformar o meu coração!
Assim como existe amor de verão, também existe amor em outra estação.
Só veio transformar, só por alguns momentos.
Florescer meu coração, e
perfumar meus sentimentos
*
Rosely Meirelles
“Soneto despedida, sem adeus”
— À momentos que julgo minh’alma despovoada
— No instante que a saudade aperta
— Sinto-me desprotegida, a vagar
— Não é um lugar que eu gostaria de estar
— Me vejo caminhando sozinha num deserto, sem ter você por perto
— Na escassez de tuas carícias
— O frio me visita, as noites parecem contraditórias
— Não sei como bloquear você de minha memória
— Espero que o tempo venha acomodar esse louco sentimento.
— Alinhar essa história, trazer sossego e alento, paz e contento
— Necessito dessa ordenança, não ter a mente vagando nessa contradança
— Você chegou radiante, feito o amanhecer.
— Brilhou…me amou, e partiu!
— Se foi, como um melancólico entardecer e nem se despediu!
Rosely Meirelles
estrela 🌟
estrela
um pequeno guia de luz
em meio a vasta escuridão,
um pequeno anjo celestial que guia meu coração
Estrela que emana um calor forte capaz de alcançar minha alma
e em noites ruins e conturbadas, sempre me acalma
Só de olhar pro céu, sinto sua luz em mim
brilhando intensamente
sem pretensão de se esvair
não importa o quão escuro esteja, essa pequena estrelinha é capaz de iluminar
Uma das coisas mais belas da vida é olhar para o céu e poder te contemplar
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