Poemas de Luto
Aves sem rua
Pássaros que voaram em meu pensamento
por um instante os comparei com a família
talvez a minha, talvez a sua ou uma homilia
de minha filosofia exasperada de vil talento!
Se cada pássaro representasse um membro:
- Qual deles seria você e por que seria você?
Então se bem que cada um de ti me lembro...
poderia ser fidedigna ao dizer o que pode sê?
O pai, a mãe, o irmão e a irmã neste vôo...
Será que seria condizente a comparação
se aborreço, se amo, se condeno ou predôo?
O que tenho de cada um feito na liberdade?
Seria o espelho reflexo das gotas que caem,
ou a torrente força da cachoeira de verdade?
II
Qual seria a verdade de cada um neste vago?
E se a extensão das asas fosse o mundo todo...
Qual seria a importância de sua vida neste algo?
Que papel representa no universo e no mundo?
Você já parou para pensar se leva ou é levado?
Se é palco ou se é platéia, se aplaude ou vaia;
Se és o que voa alto ou voa baixo, se de lado...
porque no desvio não se molha e não há a raia,
o ferir com a possibilidade de uma montanha!
Há quem diga que quem olha o céu, se aranha;
Por certo que sim! Mas como não ver a lua?
Como negar a existência das constelações?
Como negar a vibração das nossas emoções,
se neste âmbito, somos as aves do ar sem rua?
Beleza
A estética é como uma fruta no dia de feira,
atrai todos os olhares e paladares que ficam
numa fissura de experimentar,
Mas no passar de um tempo, se torna apenas mais um caco de podridão.
Aparece a luz do luar
Com a noite vem o seu olhar
Se seu sorriso fosse uma bebida
Então é dela que eu irei me embebedar
Não lembro dos que vieram antes de tu
Os que vieram antes de tu vieram e foram
Mas tu, tu veio e ficou e insiste em ficar
No meu corpo, no meu pensamento
Ficando de uma forma intensa que se
Fechar os olhos posso te ver aqui
Em pé na minha frente
Com esses olhos esbugalhados
Inchados de chorar por amores antigos
Os que vieram antes de mim
Vieram e ficaram.
Não preciso de caminhar mais rápido para chegar primeiro.
Não preciso de empinar o nariz para me sentir importante.
Não preciso olhar de cima para baixo para me sentir maior.
Há fatos que se tornam valores.
Quando reagimos com amor acima de todas as formas de ser e de estar é que atravessamos a vida com leveza
Quando acreditamos que o lugar mais belo é o que há dentro de nós podemos nos transformar no que somos.
E isso nos basta
Ao cair da noite, estrelas cintilam como gelo e a distância que elas cobrem
Oculta algo elementar. Não Deus, exatamente. Mais como
Um ser estreito, magrelo, com o espírito reluzente de Bowie — um Starman
Ou craque cósmico pairando, se remexendo, se doendo para que possamos ver.
E o que faríamos, você e eu, se pudéssemos saber com certeza
Que alguém estava ali espiando através da poeira
Dizendo que nada está perdido, que tudo vive apenas da espera
Para voltar a ser querido o suficiente? Você iria, então,
Mesmo que por algumas noites, para esta outra vida em que você
E aquele primeiro que ela amou, uma vez cegos para o futuro, e felizes?
Eu não queria esperar de joelhos
Em uma sala calada pela espera.
Uma sala onde ouvíamos a respiração
que incha, o chiado na sua garganta.
Não queria as orquídeas nem as bandejas
De comida destinadas a fortificar esse silêncio,
Nem rezar para ele ficar ou ir
Finalmente em direção àquela luz extática.
Não queria acreditar
No que acreditamos nessas salas:
Que somos abençoados, deixando partir,
Deixando alguém, qualquer alguém
Escancarar as cortinas e nos elevar
De volta para nossas claras e ofuscantes vidas.
Quando o seu doce pai morreu
Você acordou antes dos primeiros raios
E comeu meio prato de ovos e mingau,
E bebeu um copo de leite.
Depois de sua partida, me sentei no seu lugar
E terminei os pedaços de torrada com geleia
E os ovos frios, o bacon espesso
Colado com gordura, saboreando o gosto.
Aí fui dormir, muito jovem para saber quão estreita
E sombria era a estrada à sua frente —
Todas as casas fechadas à zíper, as nuvens
escassas da noite turvas como café frio.
Você ficou sumido por uma semana, e quem éramos nós
Sem seu perfil claro espantando
Tudo que nos metia medo?
Um vizinho nos mandou um bolo. Nós comemos
Os frangos assados e presuntos doces.
Baixamos nossas cabeças e rezamos
Para que você voltasse para casa são e salvo,
Sabendo que o faria.
Quando acreditávamos no submundo, enterramos tesouros para nossos mortos.
País de cães e criados, onde fantasmas com mantos costurados com ouro caminham.
Amores antigos aparecem em sonhos, ainda lívidos com cada desfeita. Mostre-os a saída,
A cama está cheia. Nossos membros se enredam no sono, mas nossas sombras caminham.
Talvez um dia será suficiente viver algumas estações e regressar às cinzas.
Sem filhos para levar nossos nomes. Sem pena. A vida será uma breve, oca caminhada.
Provavelmente ele perdeu controle de si mesmo
E caiu em cheio naquilo ali, seu novo
Corpo capaz, esguio, vibrando na velocidade
Da crença. Ela provavelmente esperava
Na luz que todos descrevem,
Acenando para fazê-lo vir. Certamente eles
Passaram todo o primeiro dia juntos, caminhando
Além da cidade, até os pomares
Onde perfeitos figos e ameixas amadurecem
Sem medo. Eles nos disseram para não vir
Girando mesas para encontrá-los. Nem sequer
Visitar seus corpos debaixo da terra. Eles são
Talvez o que às vezes chama
Pessoas presas em algum inferno impossível.
Aquelas que depois se recordam, “Ouvi uma voz
dizendo Vá e finalmente, feito mágica, fui capaz
De simplesmente ir.”
Guardar-te-ei em poucas linhas,
Em traços de uma mera tinta,
Escusa pela incapacidade da escrita em dizer
Sobre o amor que tenho por você.
E nos versos não exibidos,
Oculta o seu sorriso, sua voz insistente que,
Por vezes, tira-me o ar.
Através da brancura do papel,
Afastam-se as letras quando a saudade
Invade a vontade de te amar.
Guardar-te-ei sem pressa,
Como quem carrega um cristal,
Uma flor, uma canção de amor
Feita pra te agasalhar,
Arrancando o frio das noites sem luar.
E sem esforço, ouço o seu chamado.
Esqueço a poesia e me atenho em você,
Pois é no falar do seu calar em mim,
Que a minha maior eloquência se faz no sentir.
Percebi que o fim não é o que importa
E sim o que vêm depois
Depois
Depois do tempo ter passado
eu vi florescer tudo aquilo que não vi
com minha mente fútil
Fútil
Fútil seria se eu não te amasse
pois nesse momento meus pensamentos
se voltam pra você
Você
você mesmo sem falar
seu jeito meloso de ser me encanta
Me encanta
Me encanta cruzar a linha de chegada
com um sorriso, e não cansada de lutar
Lutar
Lutar não rima com amar
Amar
Amar não te faz lutar
por aquilo que você não é
Não é
Não é real tudo aquilo que imaginamos
tudo aquilo que o nosso coração quer guardar
Guardar
Guardar o tempo mostra o quanto eu fugi
sem medo e não percebi
Cai num buraco de lama,
nem sei bem porque caí,
ali, de um sapo era a cama!
bem rapidinho, ufa, sai...
Pense numa pessoa meio louca
que gosta de fazer trapalhadas,
no verão só usa quente touca
e no inverno pouca roupa, a danada!
Que sejas iluminado pelos lampejos
da lua cheia, sobre os galhos que
cobrem o caminho que te norteia.
O tempo me viu,
Ele me disse “onde você vai?”.
Vou quebrar minhas pernas,
Retratar minha preguiça.
Me afogar nas mentiras,
Tirar-me-ei a dignidade,
Tempo em excesso, preguiça em excesso,
Me perdoe doce tempo.
Não fujas de mim,
Eu vou te reconquistar,
Eu vou lamentar sua partida,
Eu te darei o devido valor.
Liberdade da razão
A minha alma é leve feito a pluma,
meu vôo a suavidade da liberdade...
porque deixo - me enveredar nela
como Deus fez - me de verdade...
assim deixa - me fluir pelos ares,
desvencilhada de seus 'ah' inúteis!
Deveras tens tuas razões vulgares
a mim, são elas parcas e fúteis...
Se sou teu alvo, me acerta logo
porque assim vôo pra longe de ti
e nele esquecerei - te sem rogo!
O universo é minha imensidão,
é meu palco e meu íntimo aqui
transmuto no rasante da razão!
Rosa vermelha
Moça naquele dia que nos conhecemos,
coloquei-me a observar-te.
Nas brincadeiras falei verdades.
Ei moça! Tu arrancaste de mim
o vazio do amor, e encheu-me
novamente com esperança.
Nossas vidas estavam próximas,
mas nunca nos encontramos.
Lá de longe, o destino se encarregou
de mostrar-me você.
Demasiadamente linda,
Brilhante sorriso, cabelo negro.
Neve na pele, pequena de tamanho,
grande em formosura.
Singularidade essencial única.
Moça, tú és real?
Pois naquele dia fiquei na dúvida,
vi na beleza o sinônimo de seu nome.
Os olhares se cruzarem
duas ou três vezes.
Para mim foi boca seca
coração palpitar (como desejo isso novamente).
Perguntei o que te apetece.
Rosa vermelha é sua preferida.
Farei desse poema sua flor.
Irá ler e somente tu saberás interpretar.
Deixa-me ser seu,
que por todos os dias
poemas farei, depois de entregar
meus cuidados e
mostrar que você é única.
Não me importa o passado,
se você estiver disposta
a todos os dias criar um futuro ao meu lado.
Só te peço uma coisa, um abraço.
Abraça-me ao ler isso,
sorria ao me imaginar,
E me convide para sua casa estar.
O olhar de uma alma
Minhas palavras sentem a tua dor
E eu só quero saber disso
Quero sentir
E depois guardar pra
mim
Meus olhos abertos só vêem os teus
É mais que transversal..
Quero sentir tua alma, ao
menos uma vez
Conexões..
Nos deixam vulneráveis e persistentes
em um sinônimo da
realidade.
Algo que olhares instigam
E só são lidos pelos amantes da tua natureza.
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