Poemas de Lágrimas
A cada uma das lágrimas vertidas
Das chegadas e das partidas
Traduzidas na ofertada flor
Das necessidades de um amor...
Deixo um pedaço de mim...
Há uma saudade em cada despedida
A dor no peito vozeia por está partida
Lágrimas mudas viram cinza e nada
A lembrança passa a ser uma porrada...
Se é pra danar, perde-se para encontrar,
pois encontra-se para novamente amar...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Fechei os olhos na saudade
Vi sussurros na minha boca
Eram lágrimas de tal vontade
E palavras de sonoridade oca
Luciano Spagnol
Poeta mineiro do cerrado
Palavras ainda presentes
Madrugadas sem estimas
Tantas vezes choradas
Na solidão das lágrimas
No leito ficaram caladas
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
A tristura iria se comover
se soubesse que ao chorar
escoam lágrimas no viver
do coração que põe a jorrar...
Umas escoam pela face
e outras na alma num repasse...
Luciano Spagnol
Cerrado goianos
PREDESTINADO
Fechei os olhos na saudade
Vi sussurros na minha boca
Eram lágrimas de tal vontade
E palavras de sonoridade oca
Fiquei em silêncio e confuso:
era o amor que sussurrava,
a saudade no afeto ocluso,
ou minha alma que sonhava?
Enxuguei então está carência
De ti querer em tudo adivinhar
Dediquei versos em reverência
E desta saudade pude poetar
Pois o amor vive um no outro
E não em algum diverso lugar
Pode-se querer ter naqueloutro
Predestinado está a quem amar
Luciano Spagnol
27/05/2016, 05'05"
Cerrado goiano
A cada uma das lágrimas vertidas
De chegadas, partidas e ou feridas
A cada olhar nas saudades perdidas
Deixo um pedaço de mim...
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SAUDADES SECAS (soneto)
Saudades secas, no cerrado, banham
De lágrimas as lembranças já findas
E assim choram, tristonhas, e choram
Enxugando o soluço em sujas nerindas
Quando entardece as noites revindas
É hora de preces que os céus imploram
Oram de mãos postas, e ali tão pindas
Que tristuras secas, molhadas choram
Ao juntar estas secas dores na oração
Em vão as rezas murcham na emoção
E as saudades bebem fel na cacimba
São nostalgias que vivem de ilusão
Choram, oram, imploram recordação
Se quando no peito esquecer catimba
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
orfandade
os soluços secaram
não choro mais
as lágrimas me sufocaram
perdi você no cais
e amanhece o dia
pra vida, tanto faz
o pranto é da minha poesia...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2019
Cerrado goiano
NEM SAUDADES, NEM PRANTO (soneto)
Não há mais saudades, nem mais pranto
Secaram as lágrimas quando eu te perdi
E nesta seguidão tanta, seco, chorei tanto
E já sem encanto, tanto era amor por ti!
O coração se cansou, enxuto num canto
Lembres-te? que sofri, contanto resisti
Beijar-te... e beijei-te com tal acalanto
No entanto, no desdém, rudeza senti
Porém, esqueçamos toda essa história
As lembranças hoje estão na memória
Se tudo passa, você por mim já passou
Os sentimentos já não têm mais sonhos
Nem o silêncio os momentos medonhos
Se por nada sobrou. Adeus! Tudo acabou!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/03/2020, 05’55” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
CARREAR
O silêncio, origem de um final
Conhece o caminho do suposto
Lágrimas correndo com tal gosto
Em uma sensação de dor visceral
Que lacera a alma tão brutal
Na fúria de qualquer desgosto
Como sombras dum sol posto
E uma avalanche descomunal
Do desejo, ali sentidos e cego
E nesta escuridão submerso
A emoção é arrancada do ego
Que maltrata, e deixa disperso
Na ilusão, e então as carrego
No olhar, no peito e no verso!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/10/2020, 10’33” – Triângulo Mineiro
HORAS DE SAUDADE
Vou de avivo no repouso, descontente
E travas lágrimas nos olhos a prantear
Ah! quanta avarenta emoção a suspirar
Ah! quanto silêncio no sertão poente
A hora no horizonte é vagar cadente
Um adeus, sem acabar e a se quebrar
Um vazio apertando a alma no pesar
E uma solidão que fala com a gente
A escuridão, e um nó na garganta
Um feitiço que no amargor canta
Cravando a sensação pela metade
Tristura, e uma trova sem medida
Querendo versar, e na dor sentida
Redigem as horas duma saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/11/2020, 12’07” – Araguari, MG
A Flor do Madacaru
A flor do mandacaru... das lágrimas pelo chão
Brotam da dura terra num alvo véu do agreste
Ornadas de espinhos, num prenúncio de união
De força, na secura ou na chuva em ato celeste
Abrirá! E ao poeta de cordel - eterna comunhão
São trovas da flor a enfeitar a poesia que fizeste
Flor do mandacaru... graça despertada no sertão!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/11/2020, 09’02” – Araguari, MG
TRISTE MENINA
Chora cá a tua morte pra eternidade
os soluços que assim a memoraram
as lágrimas arrancadas não secaram
nos carecentes campos da saudade
Aflitiva entre as aflitas a tua verdade
molesta por todos faltos que faltaram
as tuas consumições nunca cessaram
na tua meiga e agitada sensibilidade
Então, sonha aí, posta na conciliação
no teu moimento da campa santa
agora pode aquietar o teu coração
Dorme, na graça e na união Divina
dói n’alma o silêncio que agiganta
ide em paz, saudosa, triste menina!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/11/2020, 11’23” – Triângulo Mineiro
Sétimo dia da Páscoa da prima Flávia Magalhães Nogueira
Os que semearam em lágrimas aqui,
cantam de gozo quando enfim chegam ali.
E o Cordeiro, Rei terno, Salvador,
os envolve num abraço de eterno amor.
"Acho tão chique quem perde
o apetite quando está triste.
Eu não!
As lágrimas descendo e eu comendo"
Haredita Angel
20.10.18
(Facebook)
Na madrugada mais triste...
Na depressão mais aguda...
Nas lágrimas mais sofridas...
Lembro de como te fiz feliz, e de como sua felicidade me alegrava.
Ser mulher requer
trabalhar pra conquistar
a vida desejada,
com dores e lágrimas,
mas com força interior —
semblante do Criador,
que ao mesmo tempo a criou
forte como uma rocha
e delicada como uma flor.
"Vi morrer, vi morto.
Vi choro, vi lagrimas, vi dor.
Vi uma foto envelhecer até não fazer mais sentido.
Vi passando, vi passado.
Depois, vi morrer, vi para morrer.
Vi o início, vi o fim.
Enxerguei a mim mesmo na foto e depois."
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