Poemas de Juventude do Século XIX

Cerca de 11 poemas de Juventude do Século XIX

Os velhos acreditam em tudo, as pessoas de meia idade suspeitam de tudo, os jovens sabem tudo.

Quando eu era jovem, pensava que o dinheiro era a coisa mais importante do mundo. Hoje, tenho certeza.

Oscar Wilde
O retrato de Dorian Gray.

Nota: Trecho adaptado de um diálogo do livro "O retrato de Dorian Gray".

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Canção da Torre Mais Alta


Ociosa juventude
De tudo pervertida
Por minha virtude
Eu perdi a vida.
Ah! Que venha a hora
Que as almas enamora.

Eu disse a mim: cessa,
Que eu não te veja:
Nenhuma promessa
De rara beleza.
E vá sem martírio
Ao doce exílio.

Foi tão longa a espera
Que eu não olvido.
O terror, fera,
Aos céus dedico.
E uma sede estranha
Corrói-me as entranhas.

Assim os Prados
Vastos, floridos
De mirra e nardo
Vão esquecidos
Na viagem tosca
De cem feias moscas.

Ah! A viuvagem
Sem quem as ame
Só têm a imagem
Da Notre-Dame!
Será a prece pia
À Virgem Maria?

Ociosa juventude
De tudo pervertida
Por minha virtude
Eu perdi a vida.
Ah! Que venha a hora
Que as almas enamora!

A juventude da América é a sua mais velha tradição - dura há trezentos anos.

Foi um grande conselho o que ouvi certa vez, dado a um jovem: "Faça sempre o que tiver medo de fazer".

Nestes tempos, os jovens pensam que o dinheiro é tudo, algo que comprovam quando se tornam mais velhos.

Oscar Wilde
O retrato de Dorian Gray

Nota: Trecho adaptado de um diálogo do livro "O retrato de Dorian Gray".

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A alma nasce velha e se torna jovem. Eis a comédia da vida. O corpo nasce jovem e se torna velho. Eis a tragédia da alma.

Para recuperar minha juventude eu faria qualquer coisa no mundo, menos fazer exercício, levantar cedo, ou ser respeitável.

O caráter dá esplendor à juventude e respeito à pele enrugada e aos cabelos brancos.

– Os jovens de hoje pensam que o dinheiro é tudo.
– (...) E, quando envelhecem, adquirem a certeza.

Oscar Wilde
O retrato de Dorian Gray. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
Inserida por pensador

A Corte divertia-se, como sempre se divertiu, mais ou menos, e para os que transpuseram a linha dos cinquenta divertia-se mais do que hoje, eterno reparo dos que já não dão à vida toda a flor dos seus primeiros anos. Para os varões maduros, nunca a mocidade folga como no tempo deles, o que é natural dizer, porque cada homem vê as coisas com os olhos da sua idade. Os recreios da juventude não são decerto igualmente nobres, nem igualmente frívolos, em todos os tempos; mas a culpa ou o merecimento não é dela, – a pobre juventude, – é sim do tempo que lhe cai em sorte.

Machado de Assis
A mão e a luva (1874).
Inserida por lucijordan