Poemas sobre Guerra
Sou o sentinela e o prisioneiro de uma guerra que nunca cessa. No tribunal noturno da mente, cada lembrança esquecida retorna como testemunha hostil, expondo minhas feridas com uma precisão cruel. O silêncio, esse juiz disfarçado de paz, sentencia-me a reviver o que tentei enterrar. Quando os pensamentos se libertam, tornam-se lâminas: cortam sem aviso, rasgam o que o tempo tentou cicatrizar. A sombra, paciente, estende sua mão, prometendo descanso em troca da rendição. Mas há em mim uma centelha teimosa, um lampejo que recusa a dissolução. Assim sigo, numa vigília interminável, onde a lucidez é tanto escudo quanto lâmina. Cada instante é um duelo, e cada suspiro, um veredito suspenso entre a luz que sangra e a escuridão que observa.
O corpo guarda um manual de guerras antigas. Lá estão listadas derrotas que ninguém lê, exceto eu. Cada cicatriz é uma frase do diário que o tempo esqueceu. Volto a esses capítulos com os dedos, procurando cura no toque. E descubro que a linguagem da cura é pequena: atenção e tempo.
O conflito não está no clima externo, mas na guerra interna entre o desejo de pertencer e a urgência de se proteger. Não se trata de superar a frieza do mundo, mas de derreter a geleira construída ao redor da própria essência para que o calor possa fluir.
A fé não resolve tudo, mas resolve o que mais importa, a guerra dentro de mim, sem ela eu já teria desabado, com ela eu renasço.
O amor exige mais coragem do que a guerra, pois na guerra você enfrenta o inimigo, no amor, você enfrenta a si mesmo.
A maior resistência em um mundo feito de guerra fria e navalhas é o músculo tenro da ternura, ela é a revolução mais difícil, a bandeira branca erguida com
a força de um soco.
A guerra mais longa que a gente luta
E entre o que a gente sente e o que a gente já sabe o que se deve fazer..
Não é mais questão de escolha de quem quer ou não se arriscar, estamos em guerra contra um inimigo em comum e nessa batalha desigual somos todos nós o lado fragil pois estamos suscetíveis e desarmados e mais complicado ainda é que mesmo entre nós estamos sujeitos a ignorância da covardia irresponsável, a falta de cuidado alheia, a falta de amor e respeito ao próximo.
Só se ganha uma guerra sem precisar lutar quando consegue perdoar alguém que nem sequer te pediu desculpas.
Antes de ser sequestrado pela Medonha Polarização, o cabo de guerra era só uma das inúmeras e ingênuas brincadeiras de crianças dos bons e velhos tempos.
Se não houvesse tanta guerra no próprio Crime Organizado, o Crime Desorganizado — o Estado — acabaria se organizando.
O cristianismo é a força mais sanguinária da história, uma máquina de guerra e extermínio que moldou o Ocidente sob o rastro de pilhas de cadáveres. Não se trata apenas de conflitos isolados, mas de uma estrutura ideológica desenhada para o massacre, onde a cruz sempre serviu de estandarte para a pilhagem e o genocídio. É impossível dissociar o cristianismo das maiores atrocidades da humanidade, pois ele forneceu o veneno cultural e a base moral que permitiram o surgimento do Nazismo e a aniquilação de civilizações inteiras. Do antissemitismo milenar das igrejas até a legitimação de regimes totalitários, essa religião não apenas testemunhou as tragédias ocidentais, ela foi a arquiteta primordial de cada uma delas.
Se você não acreditar que o diabo existe, então já perdeu a guerra antes mesmo de começar, porque ele o único inimigo que luta para que percamos a salvação da nossa alma.
Perder uma batalha não significa perder a guerra.
Jamais desanime diante de uma batalha perdida, ao contrário aprenda com ela e ganhe experiência para vencer a próxima e seguir em frente até vencer a guerra.
