Poemas de Gênios
Penso que o desafio em si do convívio é, no fim das contas, um só: um estar como quer (ou pode)... e o outro simplesmente aceitar. Porque esse é o direito (ou a possibilidade) de cada um... ainda que tal exercício faça mal ao outro.... exatamente como se fosse algo injusto ou proposital. Eis o absurdo sem solução dos relacionamentos.
Socialismo e capitalismo e religiões não merecem ser abraçadas nem repudiadas, mas certamente estudadas. Neste s#5;éculo XXI acumulamos novas experiências e monstros, que nos obrigam a soluções modificadas, provavelmente inéditas.
Não é que#3; a Universidade Brasileira foi cooptada pelo socialismo.#3; É só que#3; quem tem Nível Médio para ingressar numa Faculdade Federal não engole teoria fajuta nem negacionismo.
Quando o filósofo grego afirmava "Só sei que nada sei" como reconhecimento da sua ignorância, já sabia alguma coisa!
Se eu quiser que minhas afirmações tenham alguma utilidade, 90% do meu esforço deve se focar em não menosprezar, não ofender e, sobretudo, em não falar bobagem. Uma vez já trabalhados esses moldes, posso permitir meus 10% da energia restantes à divertida tarefa de pensar e afirmar.
Excetuando compromissos, a solução para minha improdutividade é: fazer outra coisa sempre que a tarefa estiver muito interessante e pouco útil, ou muito útil mas pouco interessante. Já para cumprir os tais compromissos, a solução parece ser ranger os dentes mesmo.
Um dos fatores que mais encoraja meu veganismo é jamais ter conhecido algum crítico (do veganismo) que demonstre ter estudado minimamente a questão.
Se você é um enrolador compulsivo e incurável, como eu, tenho um recurso que aumentou bastante minha produtividade: mudar de tarefa sempre que estiver entediado. O segredo é: nas mais importantes, voltar a elas mais vezes. Nas menos importantes, voltor a elas menos vezes. A mudança de tarefa combate o tédio, que é a grande causa da minha enrolação.
Numa democracia, onde a liberdade de escolha é essencial para o exercício da cidadania, não se admite obrigatoriedade à aceitação de um direito. O voto obrigatório, por exemplo, é mais uma das anomalias que só em países como no Brasil, vigora, pelo fato do povo ser "idiotes" e sem formação educacional digna.
A ideia da salvação religiosa provém da preguiça da alma, e até o bem-estar meditativo (ou paz interior) são cura provisória. O espírito se manifesta na recorrência da força de vontade.
O equilíbrio de forças que inocentemente chamamos de “Bem e Mal” é algo notório na natureza e detectável tanto nas ciências exatas quanto nas biológicas. Todos buscam o bom e o belo... quando lhes é possível (sendo que naturalmente nem sempre é possível). As ações colaborativas ganham em número, mas as ações predatórias ganham em força: 1000 ações corretas podem não ter a eficácia colaborativa que repare uma única ação predatória. O esgotamento das possibilidades colaborativas levará a estratégias predatórias, e vice-versa, numa eterna busca pelo equilíbrio que nunca chegará ao fim. Porque é desta forma que se constitui o Universo que conhecemos.
A angústia é a outra face da miséria. Se a miséria nos deixa angustiados, devo lembrar que a angústia também nos deixa miseráveis.
Com tanta gente interessada em política, esta deveria progredir. Mas não progride e suponho o motivo: tal massa está de fato interessada no jogo político, não na política em si.
Enquanto o povo tiver mente religiosa, não adiantará nenhum pensador lhe dar ideias. A maioria converterá tais raciocínios em liturgia e tal autor em mito. Tem sido assim, e dificilmente deixará de ser.
Não pode haver estupidez mais pura do que julgar o outro estúpido apenas não compartilhar de seu universo simbólico.
O conceito da palavra “ironia” configura-se em uma maneira de expressão com base em afirmações opostas àquilo que se almeja expressar, zombando, censurando, criticando, atacando ou denunciando algo ou alguém. Trata-se de um modus operandi amplamente utilizado e observável nos diálogos platônicos, segundo os quais a técnica de Sócrates, em diversas passagens, se baseava na simulação de certa ignorância sobre um determinado tema, com a formulação de questionamentos e a posterior aceitação das respostas proferidas pelos interlocutores, fazendo-os entrar em divergência (contradição) entre si próprios, desnudando os raciocínios obsoletos. O problema é quando a escuridão sequer permite ao interlocutor a diferenciação entre as comédias e as tragédias da vida.
Não quero cantarolar falsas esperanças mas vejo o veganismo como norte sem volta para a humanidade porque os argumentos estão vindo de origem bem diversa (espiritual, ética, ideológica, ambiental etc ). Nesse movimento, muito atrapalha querer que o outro seja vegano pelos mesmos motivos de si, mas isso é da natureza humana. Boicotando a desgraça dos animais já bastaria por ora, diferenças resolveríamosno caminho.
Costumo dizer que a humanidade segue uma linha natural de evolução só alterada em períodos de catástrofe. E quais são as catástrofes que mais se assomam no horizonte? Colapso de recursos e colapso do capitalismo. E ambas as hipóteses tem a tendência de reforçar o veganismo (talvez como nunca antes). Não sei se é pra 2050 ou 2300, mas exploração não tem como prosperar indefinidamente. Estamos chegando ao pico, e dele cairemos.
