Poemas de Filosofia
Sócrates foi o primeiro a evocar a filosofia do céu à terra, deu-lhe a cidadania nas cidades, introduziu-a também nas casas e obrigou-a a ocupar-se da vida e dos costumes, das coisas boas e das más.
É uma grande tolice o «conhece-te a ti mesmo» da filosofia grega. Não conheceremos nunca nem a nós nem aos outros. Mas não se trata disso. Criar o mundo é menos impossível do que explicá-lo.
A filosofia triunfa facilmente sobre os males passados e os futuros; mas os males presentes triunfam sobre ela.
A filosofia não é assim tão ruim. Infelizmente, é como a Rússia: cheia de pântanos e frequentemente invadida pelos alemães.
A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.
Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fechada.
Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.
Antes, a questão era descobrir se a vida precisava de ter algum significado para ser vivida. Agora, ao contrário, ficou evidente que ela será vivida melhor se não tiver significado.
Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito.
A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos.
Meu conselho é que se case. Se você arrumar uma boa esposa, será feliz; se arrumar uma esposa ruim, se tornará um filósofo.
A morte não é nada para nós, pois, quando existimos, não existe a morte, e quando existe a morte, não existimos mais.
Quem sou? Uma Pessoa muito ESPECIAL!
Minha filosofia... viver como se fosse o último dia
Trabalhar como se fosse para Deus
Gostar de todos como se fosse Amor
Libertar-se como se estivéssemos no fim de todas as dores...
Olhar tudo como se fosse um obra de arte
Caminhar como se estivéssemos na nuvens
Abraçar a todos como se fossem nossos filhos
Perdoar como se nunca tivéssemos sido ofendidos
Desapegar-se como se não tivéssemos as mãos
Cooperar como se não houvesse luta
Sorrir como se tudo fosse uma brincadeira
Recomeçar como se fosse a última chance.
Em qualquer ação, o importante é fazê-la com classe, como se fosse a primeira vez
Consciente que o tempo não volta
E que tudo é para sempre...
alegoria da caverna
Situação imaginada por PLATÃO no Livro VII de A República (trad. 2001, Gulbenkian) para representar os diferentes tipos de ser que, segundo ele, existem e a condição em que nos encontramos em relação ao seu CONHECIMENTO.
Vários prisioneiros estão amarrados de pés e mãos numa caverna e só podem olhar para a parede diante deles.
Por detrás existe um fogo e entre eles e o fogo passam pessoas transportando vários objetos, cuja sombra se projeta na parede diante dos prisioneiros, o que os leva a pensar que as sombras são a verdadeira REALIDADE.
Só os prisioneiros que são capazes de se libertar (os filósofos),
sair da caverna (MUNDO SENSÍVEL)
e contemplar a realidade e o Sol (mundo inteligível e IDEIA de Bem)
são capazes de compreender como até essa altura viveram num mundo de aparências e ignorância.
Para Melisso o ser deveria ser infinito - Parmênides dizia que o ser devia ser finito. Melisso defende o ser infinito porque ele não pode ter limites nem no tempo nem no espaço. Se o ser fosse finito ele teria que fazer limite com o vazio, o vazio é um não ser e é impossível que o ser seja limitado pelo não ser. O ser além de ser infinito é uno porque se fossem dois um deveria fazer limite com o outro e fazer limite significa limitar e o ser não pode ser limitado por outra coisa, mesmo outro ser. O ser não pode ter sido gerado pois se tivesse sido gerado ou se pudesse ter fim o ser seria finito no tempo, o ser seria limitado pelo tempo. O ser não pode ter vindo do nada nem pode acabar no nada, não pode ter início nem fim, ele vai além do tempo, nele o presente o passado e o futuro coincidem. O ser sempre foi é e sempre será.
O ser é também incorpóreo, mas esse incorpóreo não quer dizer que ele seja imaterial, ele tem que ser incorpóreo porque não pode ter uma forma e os corpos têm forma. Se o ser tivesse uma forma ele teria que ser limitado pois a forma tem limites e o ser não pode ter limites. Aqui Melisso novamente modifica a teoria de Parmênides, pois este acreditava que o ser era como uma esfera. O ser de Melisso não pode ter a aparência corpórea de uma esfera porque mesmo a esfera põe limite no ser e o ser é ilimitado. O ser é pleno e qualquer forma de vazio e nada não existem.
Melisso além de defender a unidade do ser defende também a imobilidade do ser contra a ilusão do mundo sensível que se apresenta como múltiplo e em constante movimento. O conhecimento sensível é falso e a prova disso é que ele demonstra ao mesmo tempo a coisa e a sua modificação mas se as coisas fossem verdadeiras elas não modificariam.
(de A Filosofia de Melisso de Samos)
A nossa consciência individual é separada do corpo e continua a existir mesmo sem o corpo. Nós somos um marinheiro navegando no mundo através do nosso corpo que é o navio, mas estamos ligados ao corpo de uma forma estreita, formando um todo com ele. A relação entre nossa consciência e nosso corpo se dá através da glândula pineal, que é a sede da nossa alma. Corpo a alma assim se misturam, mas não ao ponto que não seja possível distinguir uma da outra. Nesta relação podemos diferenciar algumas operações que pertencem somente ao corpo e outras que são específicas da alma. A alma busca o conhecimento da verdade, o corpo é responsável pelas sensações.
(sobre a filosofia de René Descartes)