Poemas de Fernando Pessoa -Salazar

Cerca de 131228 frases e pensamentos: Poemas de Fernando Pessoa -Salazar

⁠PRAGAS EM VINHA D'ALHOS

Tantas penas, tantas pragas
Me rogaram de mansinho,
Pra tolher o meu caminho
Em horas tão aziagas.

Esqueceram que até nas fragas
Rijas das penedias,
Nos rochedos escabrosos
Pedregulhos tenebrosos
Das montanhas tão bravias,
Por obra de algum autor
Tal Cristo mostrando as chagas,
Pode aí brotar uma flor.

E essa flor que nasceu
Fui eu,
Me confesso, pecador
E autor nas horas vagas,
Que por força do meu fervor,
Já não me pegam as pragas.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 18-10-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠Lei de Murphy é uma lei informal e universal que, em tom de humor, fala da probabilidade e capacidade que as coisas têm de dar errado. Sendo assim, se alguma coisa tem a mais remota chance de dar errado, certamente dará errado. A lei estaria atrelada a leis de probabilidade. Fique muito atento:
Ocorre muitos acidentes em virtude de você não obedecer está lei: Os PEDREIROS, MECÂNICOS, JOVENS, IDOSOS E TANTOS OUTROS QUE NÃO AVALIAM OS RISCOS DE OCORRER ACIDENTES.
Exemplo: aquele idoso que não mantém dentro de casa aquela escadinha de mil utilidades e ao trocar a lâmpada usam a cadeira para se apoiar, muitos deles acabam se desequilibrando e caem; acarretando inúmeras conseguencias. Quem obedece a lei de Murphy, vive mais e sem sequelas.

Inserida por Ademarborba46

⁠Quem nasceu pra ser rocha pode ate sentir o tremor do terremoto mas a estrutura permanece firme.

Weder Henrique de Freitas.

Inserida por WederHenrique18

⁠Me perguntaram um dia oque é o amor para mim, na hora eu pensei e repensei sobre isso.
O amor é simples e complexo ao mesmo tempo, sentir isso por alguém e decidir ter aquele sentimento por alguém, que é imperfeito, que tem falhas, que pode te desapontar a qualquer momento.
Assim como você pode acabar fazendo com ela, o amor pode te derrubar e te destruir, mas é exatamente ele que vai te levar, vai te fazer supera e seguir enfrente.
O amor ele destrói, mas cura.
O amor te joga num abismo, mas te mostra uma luz no fim do túnel.
O amor te machucar, mas ensina.
O amor te entristece, mas te traz alegria.
O amor é um ensinamento.

Inserida por geovanademelo1999

⁠Solidão:

Baby, me sinto solitário.
Ahh, sim, quem diria né.
Recém casado e mais abandonado doque um pobre coitado deitado na beira da estrada.
Uma vez um sábio me contou que: Sempre apontamos nos relacionamentos acabados erros que nós mesmo cometemos o tempo inteiro.
Talvez o Nelson Rodrigues estava certo quando disse: "Não existe família sem adúltera."

Inserida por ryhan_miranda

SORRI TRISTEZA

⁠Anda comigo tristeza,
Não sintas medo ou horror,
Traz só uma capa fina
De esperança pequenina,
Nos ombros da tua dor.

Iremos então lado a lado,
Dois cegos a cantar o fado,
Sem esmola, só pelo sonhar...

Anda tristeza e meu fadar,
Para onde vamos só basta
Trazeres na tua canastra,
O vento que vem no ar.

Anda tristeza, arrasta
A nossa vida pró mar,
Sorri tristeza sem parar,
Pois sorrir até afasta,
O fantasma do penar.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 20-10-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

DIVAGAÇÕES

⁠Eu já nem sei o que sou,
Porque vim e aqui estou,
Para onde vou
Neste barco que me castrou
Sem remos de princípio ao fim.

Só sei que não vim por mim...

Se viesse, não estaria aqui,
Neste degredo,
De vos revelar o segredo
De uma vida que vivi,
Sempre na escuridão do medo.

E é por isso que vou
Com meu pincel e apenas,
Borrar um quadro de penas
Na tela que Deus traçou.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 21-10-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠O TEMPO


O algoz e o herói
Nos prende até nos preencher do necessário
Ou talvez nos comprime até nos esvaziar
Para assim estreitos, sermos a própria chave que adentrará a fechadura
Deixando para trás a prisão
Na liberdade, agora sem porta, paredes, fechaduras...
Sem barreiras
Sendo o Nada e o Tudo


(C.F.S)

Inserida por Camilafs19

⁠Depois da mais longa noite, surgirá o mais belo amanhecer, espere-o!

(Livro Vida de Caminhoneiro)

Inserida por JeanCarlosdeAndrade

⁠Dinheiro, o ópio do povo
Divide casais, amores e lares.
Na guerra se ganha mais dinheiro do que o incalculável tempo de vida do soldado.
O acaso vem trazendo amigos comprados e serviços duvidosos.
Será que a riqueza é vida para sempre ?

Inserida por marcelodecastro3

⁠O melhor motivo - Soneto

Cores entrelaçam minha aquarela,
em traços vivos, dou vida ao meu imaginar,
vejo chuva batendo em alguma janela,
água, que o vento não pode secar,
e vivo, vivo de um inverno a outro inverno,
aquecendo-me na estação sonhar,
meu silêncio, não será eterno,
na garganta um nó carrego, para o tempo desatar,
e sigo, vivo minha infinita tempestade,
e em cada segundo que vivo,
sei que és o meu melhor e único motivo.
Contudo, ó insensibilidade,
somos partes de algo escondido.
Somos e vivemos à sombra, de um tempo perdido.

Inserida por MarioDeOliveiraRSA

⁠Soneto ao Amor

Amo assim amar, calado.
Amo perto, distante, ao luar.
Intenso, inculpado,
amo assim, amo assim amar.
Inteiro, amo em pedaços,
amo, até queimar.
No calor, oculto meus passos,
aluado, fujo, céu e mar.
Amo o que faço por amor.
Amo não expor,
mas amo o vento, amor soprar.
Amo, com ou sem nenhum pudor,
tímido, amador.
Amo assim amar.

Inserida por MarioDeOliveiraRSA

⁠Encanto teus - Soneto

Encantos teus, minha alma sem demora,
busca-os nos poucos momentos de lembrança,
nas doces memórias dos verões de outrora,
que por eles, cantou minha alma, um cântico de esperança.
Invadiram o meu vazio, a minha solidão,
fizeram-me de amor por ti, transbordar,
sentir a leveza da tua grandeza, o prazer da tua imensidão.
Ó amada, que minha alma dos teus encantos, não venha se afastar,
pois são para mim, como jóias raras e bem guardadas,
beleza indiscutível, impossível de ser ignorada,
essências perfumadas, aguçando o meu sonhar,
florescendo nos campos da saudade,
brotam como desejos, dos tempos de felicidade.
Encantos teus, perfeitos, deixam-me fora do ar.

Inserida por MarioDeOliveiraRSA

AS MÃOS

⁠Elas pegam
E despegam,
Apertam
E desapertam
Emoções.

Matam paixões,
Fazem reviver
Quem está a morrer
De mortes ou sensações.

Benzem
E banzem
Orações,
Bruxarias,
Arrenegam heresias,
Aliviam comichões.

De muito as glorificar,
Acabei por me lembrar
Que há tantos anos
De desenganos,
Não beijo as mãos
De minha mãe.

Pobre de quem a não tem.

Valho-me dum retrato dela
E mato a sede da saudade,
Beijo-lhe as mãos de papel
E até me parece que ela
De verdade,
Me afaga o rosto,
Com tanto gosto,
E aquela doçura do mel.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 23-10-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠Vivo com respeito ao tempo
que ritmado dança o momento,
ao corpo que explana
as atitudes pelos poros a um olhar,
aos valores que se aliam
às jornadas idealizadas desde sempre aladas.

Inserida por kbejar

⁠Madrugadas a fio
Sentindo a tua falta
O vento congelante da noite
A solidão de um único travesseiro
A pequenez de uma só cama
Já não sei mais quantas são as faltas
As piadas, as risadas, as brincadeiras, as loucuras, as aventuras, os beijos, os carinhos, sua mão em minha face, as perguntas na madrugada, as respostas inconscientes e tão sinceras, os "eu te amo", os "eu gosto de você", nossas faces no espelho
São 02:41 da madrugada e escorrem lágrimas da minha face enquanto escrevo esse trecho.

Inserida por JacileneArruda

⁠O VENTO A ÁRVORE E A CASA

Tarde de sábado.
A depressão do tempo castigava.

Agora, chamam depressão
Ao tempo mau que faz.
Porque não!?...
Mas o vento é sempre rapaz
E as árvores também femininas
Quanto velhas mais meninas.

Com a diferença que o vento
Tem agora mais lamento
E as árvores amém,
Nestas tardes sem ninguém.

O vento soprava,
A árvore balançava
Sobre a humilde casa.
Era aí que ele habitava,
Um homem pobre,
De rosto nobre.

Invocou os deuses dos ventos
E dos contratempos
A ver se a borrasca amainava.

Qual quê!?...
O vento insistiu,
A árvore caiu
E a casa humilde ruiu.

E ele deixou de acreditar
Nos deuses dos ventos
E contratempos.

Abriu os braços e pôs-se a voar.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 29-10-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠não enterrarei as minhas mãos
não enterrarei
as minhas mãos
por não caberem
na terra dos outros.

(Pedro Rodrigues de Menezes, "não enterrarei as minhas mãos")

Inserida por PoesiaPRM

⁠malmequer negro
percorro pulsante o corredor
de pés mudos como muros
ergo o intransponível crânio
nascendo e dormindo prescrito
adio a translúcida sibilância
malmequer fulgente e negro
que levo ao peito como um sabre
recito pelo adejar rítmico dos lábios
salmos rituais ossos barro pó
fulgurante translação das veias
arde-me o míope sangue vertical
escorrendo pelo lantânio e lutécio
hei-de criar pedra sobre pedra
farei da luz dois vítreos ciclopes
pousarei nos pilares de hércules
a incorpórea maldição dos deuses
e levitando andarão as testas
dos homens e deuses
dos deuses homens
sit tibi terra levis[1]
requievit in pace.[2]

[1] que a terra te seja leve
[2] descansa em paz

(Pedro Rodrigues de Menezes, "malmequer negro")

Inserida por PoesiaPRM

NA NOITE

⁠Era noite escura,
Tudo invitava ao descanso,
Até o rugido do mar era manso,
Convidando ao remanso.

Nisto, o chiar de pneus no asfalto,
Como um grito alto
Na noite serena e pura
Toda silêncio de negrura.

Gritos e bebedeiras loucas na noite.
Músicas tolas debitadas às paletes,
Que mais pareciam um açoite
Nos ouvidos, como foguetes
Estourando nas retretes.

Era uma discoteca na estrada,
Urros de animais grotescos,
No rebentar de fluidos
Dos possuídos
De duas patas quixotescos.

E a noite ia avançando
A chorar pelo seu descanso,
Já em maré de balanço.

Lembrou-se então,
Com emoção,
Dos tempos
De outros tempos,
Que era a dona do serão.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 31-10-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

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