Poemas de Esperança e Alto Astral

Cerca de 11284 poemas de Esperança e Alto Astral

Caminhamos entre doações de afeto, suor e esperança, como quem deposita moedas num cofre alheio sem chave. Não cabe esperar reciprocidade, pois o coração humano é falho em devolver o que recebe. E quase sempre, como um reflexo cruel, a decepção retorna com o mesmo peso daquilo que oferecemos.

A esperança virou método, não espero sorte, produzo circunstância, meu esforço cultiva destino.

A esperança virou plano de ação, cada esperança ganhou etapas práticas, assim o sonho virou tarefa cumprida.

No escuro, entre pedras e sombras, a esperança, um pulso quente, foi meu único modo de não me perder no vazio.

A vida me feriu, mas a esperança, com suas mãos firmes e delicadas, sempre soube transformar dor em remendo, e remendo em recomeço.

Perdi a esperança, reencontrei na manhã, a primeira luz trouxe novo ponto de apoio, até a noite mais longa se dobra ao sol, a esperança volta com cada amanhecer.

Às vezes a voz de Deus sussurra. A esperança é um som leve, quase imperceptível, mas suficiente para mover montanhas internas. Quem ouve o chamado na escuridão, já está a caminho da luz.

A noite testa a coragem, a aurora revela o rosto da esperança. Onde a alma clama, nasce um caminho, ande, que há um propósito esperando.

A fé não apaga a dor, mas tinge de esperança o caminho até a cura e dá cor aos dias cinzentos.

Que tua voz Senhor, seja prece e tua vida, louvor, assim a esperança faz morada no coração do mundo.

A primeira luz trouxe a esperança escondida, a manhã devolveu o que a noite tentou levar, renascemos tantas vezes quanto amanhecemos, a luz é promessa de novo começo.

A Esperança é um músculo espiritual que se atrofia por desuso, falhando justamente no momento crucial da crise.

A esperança é o ato teimoso de acreditar no sol mesmo em dias de chuva torrencial.

A esperança é o último trem que passa, mas ele nunca chega na estação vazia.

A esperança não é uma vaga projeção, mas a vívida expectativa do retorno do Rei, o ápice da história prometido, quando a Glória que hoje mal vislumbramos se manifestará em todo o seu esplendor irrestrito. Meu olhar se fixa no horizonte do futuro, aguardando o momento em que a jornada terrena se findará e serei arrebatado para a pátria inesgotável, para a consumação do Lar onde a tristeza não tem mais lugar e onde a Presença Divina é a luz que não se apaga. E ali, prostrado, não mais através de um espelho, mas face a face com o Criador, o cântico que hoje ecoa na Terra se unirá ao coro celestial, sem cansaço e sem fim.

O otimismo forçado é um fardo, a esperança real é a âncora que te mantém firme na tempestade.

A desilusão é apenas a prova de que a sua visão estava embaçada pela esperança alheia.

A esperança renasce em mim como uma chama teimosa, mesmo quando o vento da vida sopra para apagá-la, eu a protejo com as mãos feridas e calejadas, porque sei o quanto ela já me salvou, e continuarei acendendo-a até o fim dos meus dias.

A esperança não é um fogo claro, é brasa enterrada. Só os que escavam com as unhas percebem o calor que resta. Nem sempre ressurge em clarões, às vezes é apenas um sopro. Mas esse sopro acende, pouco a pouco, a vontade de continuar. E eu sigo, carregando o pequeno lume como um sacramento.

Já caminhei sem direção, mas nunca sem esperança, ela me guiou quando meus olhos estavam cegos, e quando abri os olhos percebi, eu estava no caminho certo o tempo todo.