Poemas de Erico Verissimo 1910 a 9
Quando o desempenho se torna uma prisão e a comparação, um jugo, o capitalismo digital transforma desejos em mercadorias e autonomia em farsa — vivendo a contradição de ser livre para sempre se reinventar.
O coletivo digital se forma pela semelhança; a democracia liberal, pelo procedimento que respeita a diferença.
Há uma diferença entre ter a posse de bola para evitar o gol — tocando de lado e para trás, esperando que o adversário ceda espaços — e ter a posse para atacar, movimentar e criar chances de gol.
A linguagem antes censurada para excluir e não existir, hoje é fabricada para iludir, distrair, sugerir e conduzir.
Diagnósticos falsos, ditos, ouvidos, aprendidos, difundidos e confundidos em um mundo de aflitos e malditos.
Escutar a dor do outro sem ceder ao impulso de rotular, julgar, condenar, enquadrar, e sem a pressa de medicalizar.
Perder referências, perder o norte, perder o apoio, perder o suporte
é quase uma morte, mesmo para os fortes.
A mente é um enigma que sussurra no silêncio; quem escuta o que não cabe nos manuais encontra sentidos que nem sempre têm nome.
Afeto com entrega é escuta que acolhe sem perder a leveza; é cuidado que abraça; é presença que compreende antes que a mente se apresse e o olhar condene.
Na vida terrena, a plena felicidade não é missão, nem fruto da criação;
é sentimento em constante transformação.
Para o utilitarismo, o certo é o que reduz o sofrimento e nos faz viver mais felizes — fugir da dor e buscar o bem-estar define o caminho moral.
O capitalismo transformou o mundo num parque temático de realidades fabricadas e subjetividades capturadas, onde nada escapa nem mesmo a alma.
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