Poemas de Erico Verissimo 1910 a 9
A atual tendência de integrar distúrbios à identidade reflete-se no rápido autodiagnóstico online, tornando frases como 'Sou bipolar, tenho TDAH' em uma forma de apresentação banal.
Soluções rápidas e superficiais na indústria do entretenimento tornam-se a escolha atraente para o trabalhador exausto ao chegar do batente, buscando alívio e desconexão, promovendo a gratificação instantânea em detrimento da profundidade e reflexão.
Nossa busca não se restringe aos desejos intrínsecos, mas também ao que é valorizado pelos outros, refletindo a influência social em nossas aspirações.
O capitalismo contemporâneo promove uma mentalidade hedonista de busca pelo prazer, diversão e consumo constante, impulsionando uma cultura de gratificação instantânea.
Na pós-modernidade, a reflexão adormece; optamos pela agitação do bar em vez da tranquilidade do lar, temendo o silêncio dos pensamentos.
A valorização do indivíduo e o foco no desejo pessoal tornaram o imperativo de ser feliz o objetivo central, impulsionando o surgimento dos "elixires da alegria".
Com a popularização das câmeras digitais e smartphones, empresas de entretenimento agora preferem comercializar privacidade e intimidade em detrimento de produções ficcionais dispendiosas e complexas.
Será que o avanço da tecnologia, que beneficia os tratamentos médicos, torna as relações entre profissionais de saúde e pacientes mais impessoais e desumanizadas?
O paciente de psicanálise tende a se envaidecer ao mencionar o tratamento, enquanto o paciente psiquiátrico prefere silenciar, temendo o estigma.
Sentir-se bem-sucedido ao ganhar mais que os colegas de trabalho, apesar de ter um poder aquisitivo modesto, é cair na "armadilha da comparação relativa", ocultando a fragilidade financeira sob uma ilusão de sucesso.
Nas metrópoles, a solidão tende a ser mais comum, e a indiferença, por vezes, é confundida com discrição, contrastando com os laços sociais mais estreitos nas comunidades pobres.
As expectativas pré-natais dos pais e os projetos que envolvem a criança podem exercer pressão sobre ela, afetando seu desenvolvimento e bem-estar ao longo da vida.
Ao longo dos tempos, a percepção da presença do desejo autônomo nas mulheres sempre perturbou os homens, desencadeando casos de violência emocional, física e psicológica.
Historicamente, a mulher foi retratada como símbolo de tentação e culpada pelas transgressões e descontroles refletindo os padrões patriarcais arraigados na sociedade.
No âmbito social, orbitamos em torno da intolerância aos desejos dos outros, especialmente os femininos, onde a angústia e o desconforto são evidentes.
Constantemente nos deparamos com cenas em que o auxílio é negligenciado, enquanto o foco está na publicação de conteúdo nas redes sociais.
As novas tecnologias digitais intensificam as exposições, fragilizando identidades e aumentando a infelicidade devido à comparação constante, à pressão por uma imagem idealizada e à busca de validação externa.
A internet não dissipou distâncias; em vez disso, criou guetos virtuais onde indivíduos se isolam em comunidades fechadas, limitando a troca de diferentes perspectivas e perpetuando bolhas de concordâncias.
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