Poemas de Erico Verissimo 1910 a 9
Prece Hindu:
Eis a minha prece a Parvati, que nenhum ser renega:
Oxalá deixemos de perguntar por que tão pouco vemos?
Porque é que, por vermos tão mal, cremos que nada chega?
Oxalá, possamos vir a respeitar tudo o que temos.
Desatendendo ao muito que dentro de nós retemos,
separamos, sem dar por isso, a chávena da sua pega.
Prece Muçulmana:
Rindo, desejamos, obtemos e guardamos, como se, à saída,
a morte nos deixasse levar o que considerámos atraente.
Oxalá deixemos de manter escondida a fé não exercida,
aceitando que ela provém da Matriz Superior da Mente.
Material? Etéreo? Pouco importa? Vale Quem anima a Vida.
Perder ou ganhar, depende do que Alá nos diz claramente.
Oxalá Ele me oiça e atenda, para que Outro me não tente.
Tem pessoas que agem com manipulação emocional e
espelhamento nacisista.
Por que são egocêntricas e vivem de disputas, se achando melhor do que as outras, como se a vida se resumisse a isto.
Destas pessoas tóxicas, se afaste !
Acredite em você, Cuide de você. Você é maior bem que vc possui, Você é o começo de tudo para Você... Não seja um triste fim, Você merece o melhor. Ame-se.
Eduardo Barbosa de Oliveira - Sergipe
Master Coach
"Não é o que fizeram ou deixaram de fazer com você e por você. É a responsabilidade que você tem sobre você. Seja protagonista da sua vida. Aprenda a se auto-nutrir. É sobre isso: você no comando da sua história"
Soraya Rodrigues de Aragao
Chuva
Dançar na chuva é ainda mais saboroso,
mesmo que sozinha...
Na simplicidade não existe necessidade de aplausos,
apenas de sentir.
(TEXTOS CURTOS AO CENTRO DO MUNDO: Versos de Intensidade; p.109)
SABER PENSAR
Mais importante que oportunizar o ato de pensar é dar oportunidade para se discutir o que se pensa, valorizando e acatando a forma de pensar e as ideias defendidas por cada cabeça pensante.
( Frases do Livro: Ensaios De Pensamentos Que Não Em Livros )
Dinheiro, o ópio do povo
Divide casais, amores e lares.
Na guerra se ganha mais dinheiro do que o incalculável tempo de vida do soldado.
O acaso vem trazendo amigos comprados e serviços duvidosos.
Será que a riqueza é vida para sempre ?
O melhor motivo - Soneto
Cores entrelaçam minha aquarela,
em traços vivos, dou vida ao meu imaginar,
vejo chuva batendo em alguma janela,
água, que o vento não pode secar,
e vivo, vivo de um inverno a outro inverno,
aquecendo-me na estação sonhar,
meu silêncio, não será eterno,
na garganta um nó carrego, para o tempo desatar,
e sigo, vivo minha infinita tempestade,
e em cada segundo que vivo,
sei que és o meu melhor e único motivo.
Contudo, ó insensibilidade,
somos partes de algo escondido.
Somos e vivemos à sombra, de um tempo perdido.
Soneto ao Amor
Amo assim amar, calado.
Amo perto, distante, ao luar.
Intenso, inculpado,
amo assim, amo assim amar.
Inteiro, amo em pedaços,
amo, até queimar.
No calor, oculto meus passos,
aluado, fujo, céu e mar.
Amo o que faço por amor.
Amo não expor,
mas amo o vento, amor soprar.
Amo, com ou sem nenhum pudor,
tímido, amador.
Amo assim amar.
Encanto teus - Soneto
Encantos teus, minha alma sem demora,
busca-os nos poucos momentos de lembrança,
nas doces memórias dos verões de outrora,
que por eles, cantou minha alma, um cântico de esperança.
Invadiram o meu vazio, a minha solidão,
fizeram-me de amor por ti, transbordar,
sentir a leveza da tua grandeza, o prazer da tua imensidão.
Ó amada, que minha alma dos teus encantos, não venha se afastar,
pois são para mim, como jóias raras e bem guardadas,
beleza indiscutível, impossível de ser ignorada,
essências perfumadas, aguçando o meu sonhar,
florescendo nos campos da saudade,
brotam como desejos, dos tempos de felicidade.
Encantos teus, perfeitos, deixam-me fora do ar.
Vivo com respeito ao tempo
que ritmado dança o momento,
ao corpo que explana
as atitudes pelos poros a um olhar,
aos valores que se aliam
às jornadas idealizadas desde sempre aladas.
Madrugadas a fio
Sentindo a tua falta
O vento congelante da noite
A solidão de um único travesseiro
A pequenez de uma só cama
Já não sei mais quantas são as faltas
As piadas, as risadas, as brincadeiras, as loucuras, as aventuras, os beijos, os carinhos, sua mão em minha face, as perguntas na madrugada, as respostas inconscientes e tão sinceras, os "eu te amo", os "eu gosto de você", nossas faces no espelho
São 02:41 da madrugada e escorrem lágrimas da minha face enquanto escrevo esse trecho.
não enterrarei as minhas mãos
não enterrarei
as minhas mãos
por não caberem
na terra dos outros.
(Pedro Rodrigues de Menezes, "não enterrarei as minhas mãos")
malmequer negro
percorro pulsante o corredor
de pés mudos como muros
ergo o intransponível crânio
nascendo e dormindo prescrito
adio a translúcida sibilância
malmequer fulgente e negro
que levo ao peito como um sabre
recito pelo adejar rítmico dos lábios
salmos rituais ossos barro pó
fulgurante translação das veias
arde-me o míope sangue vertical
escorrendo pelo lantânio e lutécio
hei-de criar pedra sobre pedra
farei da luz dois vítreos ciclopes
pousarei nos pilares de hércules
a incorpórea maldição dos deuses
e levitando andarão as testas
dos homens e deuses
dos deuses homens
sit tibi terra levis[1]
requievit in pace.[2]
[1] que a terra te seja leve
[2] descansa em paz
(Pedro Rodrigues de Menezes, "malmequer negro")
O fantasma de Ani ( nas ruínas de 1001 igrejas).
De longe eu vejo as ruínas
Se eu pudesse ver mais
Eu veria as mil e uma igrejas
Oh Ani! Tu foste grande!
Seda, reis e riquezas tiveste
Se eu pudesse saber mais
Basalto em vermelho e amarelo
Oh Ani! Tu foste tão linda!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
De longe eu vejo as ruínas
Se eu pudesse ver mais
Eu veria a sua decadência
Oh Ani! Tu foste destruída!
Morte, invasores e terremotos
Se eu pudesse viver mais
Eu veria seus restos mortais
Oh Ani! Tu és um fantasma!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
Oh Ani!
O quê resta-me de ti?
Oh Ani!
Apenas teu perfume!
"USE A BUZINA E O PISCA--ALERTA Lei de Murphy. Se houver a probabilidade de ocorrer uma colisão, ela vai ocorrer:
Quando estiver estacionado e tiver que dar RÉ para sair, use o pisca-alerta, e evitaras colisão. UM RETARDADO sem olhar no retrovisor, nem ligar o pisca-alerta deu ré no carro, simplesmente eu estava passando, tive que dar uma freiada brusca e buzinar para não colidir.
Por outro lado, quando você ver o carro ao lado cheio de amassadinho ao lado é porque o motorista não usa a BUZINA para alertar que há gente ao lado, principalmente na ERA DO CELULAR, homem que é homem só aceita que se encoste nele mulher e bonita. USE A BUZINA E O PISCA-ALERTA E EVITARAS ABORRECIMENTOS"
Aprendi...
Aprendi a amar
Aprendi a amar a chuva, os raios
Aprendi a amar os trovões, os relâmpagos
Aprendi a amar os dias cinzentos, os dias brancos
Aprendi a amar
Aprendi a amar a natureza, agora, de forma completa
Logo eu, que um dia amei as estrelas, o sol, a lua, as constelações
O céu azul
Descobri que amar os dias cinzentos também fazem parte de viver
É como dançar feliz em um dia de chuva
Traz paz, amor, conforto ao coração
Arco-íris, flores, amores
TRANSLUCIDEZ
Era uma rosa amarela,
Translúcida
Mas não lúcida
Era trans versus lúcida
E de tão lúcida!
Que escolheu dentre todas
A cor que desejava ser.
E não podendo,
Preferiu morrer.
De sede, sem cor,
de amor.