Poemas de Erico Verissimo 1910 a 8

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Palavras que a mim foram lançadas
Tempestades e raios na sutileza da dor
Instantes encobertos por formosura e encanto
Traços de uma história ainda sem um ponto final.

Inserida por SARAHAGSILVA

Sou Poeta

Sou poeta, faço arte aquela que emana e flui do coração a alma, que invade a pessoa que lê e se sente a vontade. Escrevo o que meus sentimentos sonham, imaginam e até realizam. Sou assim mesmo, choro, grito se for preciso. Sou poeta, amante, ser verdadeiro, me alegro com a vida, divido com todos meus momentos infinitos. Este sou eu, eu poeta, eu amigo, eu menino, eu homem...Sou assim mesmo, me inspiro na vida, transpiro emoção, desejo, amor e vontade. Todo o poeta e assim, encanta desencantado-se, faz mágica com as palavras, faz rir e chorar, mas sabem bem o que faz.

Inserida por malvee

Decisão


Precisamos ser os autores de nossas proprias jornadas, fazer escolhas novas e tomar as decisões ainda não tomadas.

Inserida por malvee

Vida Futura


Hoje podemos fazer e viver tudo que quisermos, mas precisamos nos dar conta que o programa do passado não serve inteiramente para compor a vida futura.

Inserida por malvee

Fracasso

Ninguém é um fracasso total, o que fracassa o homem, é o medo, o vicio e o orgulho.

Inserida por malvee

Espaço

Ha sempre espaço e tempo para ser quem de fato somos, só é preciso escolher isso.

Inserida por malvee

Um Olhar

Um olhar, as vezes
uma suspeita de olhar,
Ou nem isso.
Um gesto,
não necessariamente programado.
Nem mesmo um toque,
nenhuma palavra.
Mas sempre a magia!
A eletricidade inexplicavel,
o momento em que os dois sabem.
Quem seduziu? Quem foi seduzido?
Uma certeza!
O cheiro que voce dixou no ar,
iniciou o jogo.
Um jogo que voce sem querer, Permitiu!

Inserida por malvee

Entre olhares penetrantes sigo minha sina
Exclamações e espanto...
Sobre mim o peso da existencia.

Inserida por digaorar

FUI TE BUSCAR...

Um dia em minha vida,
Parece que eu lia um livro
que falava de você.
Nele havia muitas paginas,
que descrevia uma história,
como se fosse um roteiro
pra chegar até você...

Não foi uma história bonita,
a busca ao tesouro escondido.
Quantas vezes fui ferido,
me abalei fui agredido,
podia até ter desistido...
Jogar pro alto e ter fujido,
mas tinha que te buscar.

A vida preparou tudo,
você estava em algum lugar,
em uma terra distante,
você estava a me esperar.
Juntando tudo que tinha,
eu quebrei toda rotina,
levantei vôo, fui te buscar.

Arrebentei as amarras,
mergulhei no furacão,
fui pisar em outro chão...
...você não demorou a chegar.
Rodeada de tanto amor e alegria,
hoje você minha filha,
é meu orgulho e alegria...

Génésio 5/09/10

Inserida por GENESISAP

Alternava a intensidade dos passos, com pausas onde pudesse as mãos agarrar algo, mesmo que todo esforço possível não fosse suficiente, mas insistia como se tudo que houvesse ao redor, se tocados, pudessem acrescentar alguma energia que o fizesse se manter em pé.

A oscilação da respiração era pretensão da indescrição da dor. Ainda sentia todo o possível visível distorcido, como se tivesse sido rodado por alguns minutos. Vez após vez quase perdia repentinamente a consciência, e a variação foi interrompida com uma queda ao chão.

Pouco tempo depois, provavelmente alguns segundos apenas, os sentidos voltaram devagar e o silêncio o fazia lembrar de que não fora um devaneio. Recordou-se dos dedos soltando devagar dos móveis por perto até que os últimos que insistiam em não ceder não pudesse sustentar o peso do corpo. O impulso em se levantar foi em vão, então fechou o pouco que tinha aberto dos olhos, dessa vez voluntário e permaneceu alí, numa permissão de auto-reconstrução dos pedaços.

As vezes é preciso ir aos extremos, ressurgir como única chance ao impossível.

Inserida por itarcio

Era paz aos olhares alheios de insinuações pouco baseadas na intensidade da realidade. Para alguns preocupação ignorada, e a maioria nem sequer importância davam. Desenhava, entre as grades, pelas faces e tocável céu onde pudesse letras formarem versos, curtos ou longos, mas de expressões decodificadas para clara interpretação da agonia.

Para todos alguém que muito ria, para ele uma alma vazia. Corpo frágil de confinação, tão próximo do enleio mental quanto pudessem se atrair por suas frustrações.

Pouco entendiam do que ele falava, por isso terminava sempre no chão entre as palavras, se pisadas pouco importava, a vociferação ecoava por dentro do ouvido encostado ao chão. Bastava só uma ilusão que os fizesse voltar para onde o desvario lhes assegurasse o não enfrentamento da desolação, mas se afastavam sempre mais da razão.

Os que sempre insistiam na psicose como guia, invertiam as posições, e a coragem ansiava por alforria, que consigo levava e alimentava o prenúncio do amanhecer que nunca via, fosse isso então a confirmação de não mais noite ou nunca dia.

Inserida por itarcio

Quando todas as tentativas de caminhar se perderam em alguns passos tortos, e envolto na intensidade de minha angústia abracei a escuridão, senti o sol nascer e discretamente os traços de luz tocaram meu rosto, como se eu fosse parte da razão e vida irradiada.

Ainda que perdido por algum tempo, incito a calma e ajunto desarranjada força, entre quedas e quases me reapoio e insisto mesmo que isso vá alongar a jornada e signifique até a não conclusão da mesma.

É quando afasto os pensamentos negativos em delírio consequente a tantos atos, que de fato nunca foram em otimismo meus amigos, posso crer na ilusão das tentativas, na possibilidade do final florido e do riso singelo; sobre os lados que agora assumem novos significados, e os de antes, agora ignorados, pra só assim manter a minha alma à distância da consciente desistência.

Inserida por itarcio

Cruzando a rua em passos desproporcionais a minha pressa, insistia numa demora como se pudesse alongar as probabilidades. O sinal verde possuía dois significados, dependia só de onde estivesse, mas esse era um detalhe que eu parecia ignorar. Fingia desatenção para proteger meus motivos interiores, e esperava ao mínimo uma retribuição de toda essa indiferença. Foram trinta e cinco segundos de êxtase aprofundado a cada pisada ao chão, bloqueando os sentidos como se a mente fosse um barco a navegar calmamente enquanto o mar se contorcia quase a engoli-lo.

Em um raro milésimo de volta a realidade ouvi um estrondo, cortado tão rápido que não consegui distinguir, e pude sentir os pés travarem e ao mesmo tempo tremendo como se quisessem sair dalí.

O instinto me fez abrir os olhos, e antes que eu encontrasse forças para impedir já observava com os olhos abertos ao máximo o que viria a ser meu último momento. Em tempo curto demais pra elaborar qualquer raciocínio, pude sentir um pouco de dor um segundo antes do desmaio.

Não sei a quanto tempo estou aqui. Ouvi vozes que diziam cinco meses e alguns dias, mas a essa altura não consigo diferenciar o que é real ou delírio. As vezes sonho com momentos que meu consciente já não recordava de quando eu era criança e brincava sozinho no fundo de casa. Geralmente é interrompido com a voz da minha mãe me convidando para o almoço, é o momento que eu acordo, mas tudo ainda é tão branco para todos os lados, e passo horas esperando a próxima visão.

Cada vez que me sinto mais fraco não enxergo mais nada, me entrego involuntário sem certeza de que voltarei. A hora da decisão passou, me sujeito agora ao acaso das forças invisíveis sobre o meu fim. Não sei se frustrado ou aliviado, mais uma vez só quero que isso acabe logo.

Inserida por itarcio

Deveras, não há maior condenação.
Todo o resto é disfarce, e só aqui regurgitarei os estilhaços cravados por dentro.
Como pontas de vidro dilacerando a carne se esquiva em tempo ambíguo, encontra final vago, ou representa recomeço de histórias repetitivas, da dor esquecida, eterna atormentação.
E as vozes se perdem e se confundem atiradas ao silêncio um segundo antes do pânico.
Estúpida existência, esvazia-se os sentidos e preenche-se de nada todo o vácuo que subsiste por tanto tempo.
Faça dos gemidos obscuros coragem para resignação. Das vazias lembranças desgosto, e todo o sono frenesi perdurável mesmo após amanhecer.
Que toda hesitação seja dilacerada e se perca no pretérito; todas as ruas chãos de remorso, onde a morte se esquive e todos os minutos sejam representação do tormento.

Inserida por itarcio

É um bosque de longas árvores, galhos falhados, de diferentes tamanhos, mas todos finos, e por isso aparentemente frágeis. A cena da perdição, entre a névoa cinza que se dissipa ao alcançar as folhas pelo chão, as vezes são levadas pelo vento e voam em desalinho, mas é a mesma, ainda que sujeitas a metamorfose do tempo.

Tão incerto qual o rumo pra onde vá, ou certo das marcas que herdará a cada etapa, submetidos às circunstâncias nunca previstas, independem de nossa vontade.

Ao final, restam as mesmas folhas, as vezes irreconhecíveis de quando estavam no topo e firmes persistiam da agitação. São pedaços deixados pelas quedas, já não cabem onde eram, quando machucadas adquirem outras formas e ainda que coladas não seria nem de longe próximo ao que já foi.

E a certeza é de que o processo se repete, e repete... Prolixos são todos os detalhes, serão ainda nos mistérios, decifrados ou não. Mas que analogia melhor seria? Somos folhas, com a diferença de que quase sempre os ventos que nos levam são nossas escolhas... Por isso é imensamente angustiante errar, e estaremos sempre despreparados para o depois.

Inserida por itarcio

Existem momentos que a melhor decisão a se fazer é recomeçar. Mas isso não significa tudo novo, lugares e pessoas... Talvez esse seja só o meio mais fácil...

O recomeço pode ser explicado como a renúncia do que alimentamos por tanto tempo até nos deixar feridos e com medo. São consequências de escolhas, arrependimento, angústia... Conviver com os erros se torna tão insuportável quanto uma doença terminal.

O que poderia ter sido se tivéssemos escolhido melhor, ou ao menos coragem suficiente pra consertar a tempo?

Nunca fomos bons com prioridades, e quase sempre o orgulho nos torna irracionais o suficiente pra ignorar os avisos do coração. E nada é tão racional do que ouvir o que grita por dentro, porque no final é só isso o que importa.

Perdemos um pouco mais da vida cada vez que nos fingimos felizes em emoções descartáveis.

Transferir o erro ao abstrato, como se fosse do amor a culpa por nossa má interpretação, isso sim sabemos fazer. Nos enganamos, e preferimos caminhar em fila, enganados, do que aceitar nossa condição, ou nos submetermos a vontades maiores que as que movem o mundo.

E é o amor de poucos, ou raras e curtas demonstrações nossas que nos permite enxergar o céu. Mas é ao mesmo tempo tão distante se considerar o quanto nos afastamos de onde seria nosso mundo.

O sentido da vida é o amor em qualquer evidência sincera. O que está fora disso nos afasta de nossa existência e ao mesmo tempo nos deixa tão próximos do inferno que sentimos fazer parte dele.

Inserida por itarcio

Na fundura de tamanha incredulidade
Que se desenha entre as marcas da idade
Detalhada nas poucas expressões de calma
Indefinida por sequelas na alma

Confio no amor mas não mereço tal significação
É desencanto por mim mesmo toda vez a dedução
Opróbrio ao presente contrito
Evidência do meu espírito aflito

São todos deslizes de minha confusão
Do meu certo ao fato o desenlace é contradição
Submetido a trajetos desencontrados
Vagando sozinho só encontro o acaso

Esperança improvável subsistiu ao pecado
Quase prostrado a invocar a loucura como desfecho
Da indiferença se ajunta força em relutar
À sorte que um anjo da agonia possa me sarar

Inserida por itarcio

E o que é a distância, senão o que fisicamente nos mantém tão longes, como se tantos outros invisíveis motivos já não fizesse isso tão bem?

Submeter-se a profundas sensações não é fácil quando tudo parece conspirar contra. Por isso muitos "quase amor" se perdem no passado antes mesmo de se enraizar e tornar-se suficientemente fortes.

Porque tantas provas a quem se deixa sentir?
Aos que alcançaram singulares expressões do amor, foram além das limitações que a sociedade se esforça em criar como justificativa de seus medos e decepções.

Tudo vai parecer querer dar errado depois que se passa a fascinação pelo novo; a luta mais sublime é nos desvincularmos de nossas próprias paranóias e preconceitos, e assim, quem sabe nem a distância fará diferença.

Inserida por itarcio

Quando tudo faz o possível pra nos manter inertes, mudar significa a quebra do destino.

Encarar o que nos machuca há muito tempo pode se tornar o fim da dor. E tragicamente ou finalmente isso marca o início de um novo processo: a readaptação.

Não há garantias em ousar, mas qual o sentido de reviver todos os dias a decepção de um momento? Há mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, e possa ser realmente que apenas uma te complete, mas isso só significa que tu procurou menos que deveria.

Fantasiar os pensamentos de quem ocupa o nosso é inevitável no começo, mas repeti-los todas as noites é tortura. Quase sempre não tem valor porque não passam de acomodar-se a dor. O que se ganha com isso que valha a perda da razão?

Perder o que se deseja pode ser desesperador. Decidir-se sair à procura novamente é agarrar-se a necessários sentidos de existência.

Se o amor é grande... Digo, se ele for a coisa mais pura que você tiver, não o fará algemado a um quarto ou uma lembrança de realidade passada, mas te motivará a buscar doses de felicidade. E elas estão por aí, esperando que as encontremos.

Inserida por itarcio

Há sensações tão tristes e desesperadoras quanto ter palavras engasgadas sem poder falar, declarações ignoradas por quem é a razão, ou versos belos e sinceros que recitados ao vento não encontram platéia. É tão igual, e ao mesmo tempo diferente não pensar em nada, não ter nada a dizer, sequer escrever.

É estranho, o ar estranho, a luz, o escuro, tudo fica estranho. Querer ter o que pensar e falar, mas simplesmente não encontrar início, nada relevante ou emocionalmente forte pra querer demonstrar. Daí nasce a melancolia, tão paciente em atormentar, ela acontece naqueles dias que tudo tá tão normal que chegamos a querer que desse tudo errado só pra sair do tédio.

Talvez o silêncio caracterize esse estado, mas se a agonia for insuportável abro mão da lucidez e grito... eles ecoam, já não estou tão sozinho. Se for longe demais, minha solidão vai ser a melhor companhia, e pode ser que eu me acostume a isso.

Inserida por itarcio