Poemas de Erico Verissimo 1910 a 8

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Nostalgia

Uma escrita em rastros
De lágrimas…
Um bilhão de despedida
Em cem encontros,
E um sofrer em distância.
Somos acostumados
A viver, e a sofrer
Em distância,
E no fundo nem sempre
Há solução.

Escrevo porque te amo
E é por amar-te que escrevo
Ecoa em palavras
O meu amor
O desejo ardente que sinto

Por você
O meu coração bate
E é em cada batida
Que encontro razão
Pra viver

E
Ao te ver
Perco o ar
Perco a fala
Perco minha sanidade
E dou espaço para a insanidade

Em meio a incertezas
A única certeza que tenho
É que vivo
Por você
Pra você

⁠lua em noite nublada
mulher misteriosa
e secreta ilha
numa mística
distante península


feita para sacudir
as estruturas
e as tempestades
sempre resistir


fuga do mundo
no mesmo lugar
em círculos a te buscar
no fundo por não saber
nem por onde começar


corrente estelar de virgo
de silêncio em silêncio
sem obter resposta
o coração segue endoidecido.

Caminhos (Walmir Palma)

Há o de ida.
Sabe- se o que se quer.
Quando o verbo é ir, ficar não releva.

O de volta,
É o que se colhe na busca
Compreender a espera.

Atalhos a mente cria,
Para os passos ou não.
A imaginação é guia.

Impulso e reflexão.
Dois motores da vida
Eis a loucura e a razão.

Eu e Ela

Uma noite encantada
Eu e minha amada
Deitados no chão
Já era de madrugada
E as estrelas brilhavam
Como nunca vi
Pareciam que brilhavam só para eu e ela
Nunca vi coisa tão bela
O amor meu e dela
Iluminado pelas estrelas
Que lá do céu nos olhavam
E nós olhávamos elas.

Eu desabafo!
amar pra mim é troca.
mas, quem se aposta?
se dando ao outro sem se arriscar?

Distante a mirar!

Águia que olha distante,
Já sofreu tanto
Quanto sofri?
Um olhar distante
É o que me resta!
Será que somos
Dois diamantes sem brilho,
Ou esquecidos, ignorados,
Menosprezados, não
Lapidados, desvalorizados o que há?
Só fico aqui sentado pensado
Distante a mirar!

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

BOA NOITE

Boa noite.
Antes de dormir,
lembre-se de mim sem sorrir...
Quero ver conseguir.

O tempo
é um relógio
quebrado,
parado no
corredor
do infinito,
correndo
contra si mesmo
e contra
o seu relógio
atrasado.

Minha Rosa

Aonde está a Rosa
Pela qual me, apaixonei?
Será que a perdi?
Não consigo mais achá-la

Será que sou eu?
Que não consigo mais vê-la?
Como viverei sem ela?
Quem irá aformosar meu jardim?

Ela parece estar tão perto,
Mas não a vejo,
Sinto-a raramente.

Procurarei-a sem cessar
Até que a lua e as estrelas
Parem de embelezar...

O meu triste luar.

⁠Certa vez escutei de alguém:
"Se quiser o amor, terá que suportar a dor envolvida" Então eu pensei que o amor causaria essa dor. Demorei tanto para entender que a dor que eu teria que suportar, vinha de tudo aquilo que se parecia muito com amor, mas que não era.
@fer_machado_escritor

Adeus, cidade! Eu vou-me embora!
Eu já vou tarde. Eu vou agora!
Choveu na roça! Felicidade!
A terra flora. Bateu saudade!

A onde eu estou você está.
Não fisicamente.
Mas na minha mente.
Não importa o que eu faça.
Quem eu abraça.
Eu fico sem graça.
Pois fico pensando.
O que eu mais queria era estar te amando.

- Estar longe de você dói demais

Teu sorriso encantador
Me fez somente em ti pensar
Se isso não for amor
Eu não mereço amar

Amar é
Não pensar no perigo
Nas escolhas que pode fazer
Só pensa que você pode ser feliz e que
Não quer deixar essa chance passar
Porque ela pode ser a única
Amar é não pensar o que é certo o que é errado
É não saber o que o futuro guarda
Amar é simplesmente fazer o que seu coração mandar.

Diz

Gosto de quem gosta de mim.
Gosta, e simplesmente gosta,
Gosta do meu ser em si,
Eu gosto, de quem gosta de mim.
Pessoas são pessoas,
Pessoas não vivem sem pessoas,
Uma pessoa precisa da outra.
Sou gente, e gente gosta de gente,
E se não gosta perde,
E se não gosta, não gosta,
Mas um dia aprende a gosta de gente,
porque gente é gente.
Gosto da gente, gosto de gente
Com muito amor, gosto de quem gosta do
Meu ser, e quem não gosta aprende a gostar.
Sou gente, você é gente, somos povos
Meu povo, pertenço,
Pertenço também ao seu povo.
Gosto de tudo, gosto de você,
Você pode gosta de mim..
Gosta, gosta, diz!

Exercício

Subi a ladeira
Desci a ladeira
Subi a ladeira
Desci a ladeira
Salvador, Bahia, Brasil
Faz bem ao coração.
E assim subo ladeiras,
Desço ladeiras,
Entro em becos
Saiu de becos,
Subo ladeira
Desço ladeira
E em cada esquina
Uma música
Um reggae
Um rap
Um funk
Um pagode
Um samba

E vou seguindo
Subindo ladeira
Descendo ladeira
Entrando em uma esquina
Saindo em outra.
Salvador, Bahia, Brasil
Pulsa em meu coração.
Pertenço
A Bahia.

Livro / cérebro

Vou conectar o meu cérebro ao livro,
E fazer de cada livro uma leitura
Um interpretar, um convívio
Quero penetrar no livro, andar com
as palavras e aprender cada
significado, seu sentido
real e abstrato.
Quero que o livro faça parte da minha vida
E a minha vida quem sabe venha
A fazer parte do livro.
Quero ser mais que cabeça,
Quero saber a hora de me colocar
Em todas as situações
E a hora de sair de fininho
Ou de não me colocar
Em situação alguma.
Quero conhecer um pouco de tudo,
E fazer o máximo para conhecer
mais ainda o mundo, a vida, os seres, as coisas…
Quero ter ideias, quero praticar
as ideias, quero vivenciar cada
situação num livro e fora do livro.

Quero conectar o meu cérebro no livro,
fora do livro,
dentro do livro,
na capa do livro,
nas folhas do livro.
No mundo do livro.

Meu aniversário

Meu aniversário, 25 de junho,
21 anos, anos atrás nascia
Em 1994, e o tempo passa
Sou poeta, e continuo vivo

Passar de 21 anos, não é muito
Neste tempo de poetas maior
De idade, que sobrevive
O tempo em nossa contemporaneidade

E vejo dentro do meu ser
A confiança de que cresci
E ganho autonomia

Vivo cada instante e momento
Quero todo dia,
Poder respirar poesia.

Valter Bitencourt Júnior
Aprendiz: Poesias, frases, haicais e sonetos, 2021.

Moça do meu sonho

Não sei quem era,
Mas tinha uma noiva
Nas areias
Do cais

Era uma virgem
Dona de um olhar
Casto, de um corpo terno
De um jeito singelo.

Não sei por que
O sonegar.
De tanto negar,
De tanto brincar.

Tinha uma marca
Danúbia
De um corpo adulto
De uma alma jovem

O vestido pesava
Mas estava só
Não sei mais onde...
Naquele altar!

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

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