Poemas de Deuses do Amor
Quem ama sofre como criança
Pelo sentimento não correspondido,
Tenta recuperar-se da trama
Falha, triste ser abatido...
Quem ama não escolheu amar
É logo pego de surpresa:
— Oh, amor cruel!
Sentimento de incertezas.
E o que penso desta sensação?
— Verdadeira armadilha do diabo!
Acomete os fracos corações
Que acreditam ser amados.
Memória da Casa (Fernando de Oliveira e Walmir Palma)
Não está no portão
a memória da casa,
nem está no porão,
onde tudo se guarda.
Se talvez no jardim
mora alguma lembrança,
erram doces ausências:
borboletas, crianças.
A memória da casa
jaz além da estrutura,
das paredes caiadas,
assoalho, nervuras.
Vejo outrora na alcova
afogada em cortinas
o rubor de uma rosa
e uma linda menina.
Onde foi essa alcova,
em que tempo se deu,
como entrou nessa história,
em que vão se perdeu?
Essa casa são muitas,
uma só todas elas;
o morar é a casa
com varandas, janelas.
As memórias são tantas,
tantos são os lugares
onde pousam lembranças
nesse lar, nesses lares...
(des)encontros
Neste mundo
De desencontros
De gente que
Não sabe viver
Pra se encontrar
Tem que se perder
Em versos, a minha dor se faz.
Em versos, a minha dor se desfaz.
Em versos, eu me acho.
Em versos, eu me perco.
Em versos, eu choro.
Em versos, comemoro.
Mas acima de tudo, em versos, eu me escrevo.
Serão os gênios da tarde
Que passam sobre as campinas,
Cingido o colo de opalas
E a cabeça de neblinas,
E fogem, nas harpas de ouro
Mensagens a dedilhar?
São os sabiás que cantam...
Não vês o sol declinar?
Ou serão talvez as preces
De algum sonhador proscrito,
Que vagueia nos desertos,
Pedindo a Deus um consolo
Que o mundo não pode dar?
Eu ando sem saber o que fazer.
O caos e o desespero estão tomando conta de mim,
Eu ando sem saber o que fazer.
Meu coração não me responde, parece não bater e bater mais forte ao mesmo tempo.
Eu ando sem saber o que fazer.
Minha consciência entrou em estado de pré-óbito.
Eu ando sem saber o que fazer.
Com a multidão vem o desespero, e com o silêncio vem o pânico.
Eu paro sem saber o que fazer.
Nada funciona, nada parece dar certo.
E eu não sei mais o que fazer.
O que me deixa triste.
O teu silêncio me deixa triste,
O jeito como se afasta de mim sem dizer o porquê.
O jeito como foge dos sentimentos e o modo como trata bem as pessoas e não a mim.
O seu sorriso me deixa triste, só de saber que o motivo dele pode ser um outro alguém,
me deixa triste ver você passar sem dizer olá.
Mas o que me deixa mais triste é não poder te amar.
(Cosmo Woman)
" Teu Sorriso de Sol
Teus Olhos de Lua
Tua beleza de Vênus
A maturidade virá com retorno de Saturno
E então teu brilho iluminará o Universo inteiro..."
Inverno (Walmir Rocha Palma)
Música clara, clara
As gotas d´água
Batem na louça
Ouça
Esse delírio sou eu
A casa é velha, velha
Pingos de chuva
Soam nas telhas
Veja
Chamas de velas e breu
Música tanto e tanta
A casa espanta
O mais é tinta
Sinta
Hoje a manhã não nasceu!
Obs.:Este poema foi musicado por Rosa Passos.
Algo Mais (Walmir Palma) p/ Rosa Passos
Ouço sua voz,
De tão feliz levito
E o infinito
Cabe dentro de mim.
Basta sua voz
E nada em mim respira,
É como se Akira
Filmasse Areta e Elis.
É paz!
A gente nunca esquece.
É meio Elizete.
É Dalva tão feliz.
Na sua voz,
Toda canção é mantra,
É luz que Yogananda
Emana entre os mortais.
É cura. É néctar de rosa,
De dentro para fora,
É voz e algo mais!
Mas como é bom ouvir bom-dia todo dia,
Sentir as mão e semear, plantar, colher...
Dormir ao som de uma viola caipira,
Pisar o barro, dar aos pés o dom de ter!
Dama Indomável!
Sou como uma ventania, que passa em disparada, soltei-me das presilhas que me domavam
Agora ao passos de um galope, ando livre e faceira, retouçando entre o ar e a terra
O vento segura em minhas crinas destrançadas e soltas, para dançar o trote vaidoso, liberto entre as colinas
Nada mais me prende nessa minha vida, pois cavalgando em sonhos, voo em minha imaginação
Posso agora, gritar e respirar os meus sentimentos selvagens como uma dama indomável.
É assim que ela é
Cabelo cor de ouro
Sorriso radiante
Olhar penetrante
Há quem entenda
Há quem não compreenda
Dos olhares perdidos
Aos pensamentos entendidos
Das sensações sentidas
Das alucinações vividas
Um mundo privado
Com uma chave escondida
Colore os dias com poemas
Se entristece com a apatia
Ela não foi feita pra ser presa
Sabe voar entre as linhas dos seus poemas
Da ponta do nariz ao dedinho do pé
É assim que ela é
Da ponta do nariz ao dedinho do pé
É assim que ela mantém a fé
Da ponta do nariz ao dedinho do pé
É assim que ela fica em pé
Ela não foi feita pra qualquer um
Foi feita pra quem ama viver
Foi feita para ser
Foi feita para viver
Foi feita para sentir
É um poema ambulante
Que esconde seus segredos
Você pode até tentar
Mas nunca entenderá
Enquanto o sentido de amar
Ao seu coração não tocar
É assim que ela é
Tu és uma mulher enigmática
que prende a minha atenção,
é uma inspiração para os meus versos,
poemas de uma emoção sincera
mesmo nos momentos adversos
com uma afável sensação
que não resolvem os problemas
mas fortalecem até a solução.
Essência (Walmir Rocha Palma)
Pudesse a voz
Numa só melodia
O que entende a visão revelar
Fosse ver apenas
O sentido dos olhos
Todo o canto então seria:
Traduzir
Cada voz/visão viver
E a essência do ser cantar
bs.:este poema foi musicado por Rosa Passos.
Caminhos (Walmir Palma)
Há o de ida.
Sabe- se o que se quer.
Quando o verbo é ir, ficar não releva.
O de volta,
É o que se colhe na busca
Compreender a espera.
Atalhos a mente cria,
Para os passos ou não.
A imaginação é guia.
Impulso e reflexão.
Dois motores da vida
Eis a loucura e a razão.
Adeus, cidade! Eu vou-me embora!
Eu já vou tarde. Eu vou agora!
Choveu na roça! Felicidade!
A terra flora. Bateu saudade!
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