Poemas de Dança
Quando a espada oprime a cruz... a música fere a dança... e o rumo certo é a contramão: há um túnel no fim da luz... um gafanhoto sobre a esperança... uma mudança sem caminhão.
Não culpe os ventos; são eles que possibilitam a contínua dança das flores. A chuva, além de lavar o ar e reviver o chão, é água que conta história. O escoamento das águas, sempre ignorado, é como o leito de um rio que sonha. E o luar, esse é o poeta dos mares, que escreve versos nas marés e determina suas próprias beiras e bordas. A natureza é fúria e afeto, início e fim. Importante para nós é aprender a viver em harmonia com os segredos das árvores e das pedras, pois quando o assunto é o meio ambiente, a única opção além de coexistir é desaparecer.
Por intermédio da dança a alma se materializa nos olhos dos que teem sensibilidade para enxergar o belo.
Na noite escura da alma, a ansiedade dança com a incerteza, enquanto a empatia estende suas mãos para acalmar o coração aflito. Entre o medo e a compreensão, somos todos navegantes na mesma tempestade.
O vento nos cabelos, olhos fechados, Transporta-nos a um lugar de paz, Onde a alma dança, leve e desatada, E o mundo se aquieta, enfim em paz.
Uma mulher dança no campo, entre flores e frutas, enquanto o entardecer pinta o céu com tons dourados e rosados.
"Na intricada dança das emoções, o zelo é a expressão sublime do cuidado, enquanto o ciúme se revela como a sombra da posse e da obsessão."
"Na dança da vida, a reciprocidade é a coreografia. Me movo ao ritmo do que me oferecem, em perfeita sintonia."
“Na sinfonia da mente, a loucura é a melodia discordante que rege a dança dos livres-pensadores. É o empurrão que nos impulsiona para além dos limites da sanidade, nos convidando a explorar as infinitas paisagens do inexplorado.”
"Enquanto as árvores se entregam à dança frenética do vento, o silêncio da noite ecoa sussurros de lugares distantes e tempos remotos."
"O ser e o não ser se entrelaçam na dança da existência, e a limitação humana se ergue como um espinho na alma, um pró-memória da nossa condição transitória."
Nascer é ser lançado ao deserto da vida. Viver é aprender a ouvir o vento que embala a dança do viver. Morrer é tornar-se o próprio vento.
Na dança do destino, os fios da indiferença se entrelaçam, quando quem um dia compartilhou nossos passos nos relega ao mistério. Desvanecemos como um eco distante, enquanto seguem adiante, alheia à nossa presença no palco da vida.
Ainda que nossas opiniões sejam como estrelas distantes no vasto cosmos, aprecio a dança de nossos pensamentos em harmonia. Podemos navegar pelos mares da discordância sem jamais enfrentar tempestades.
A vida é uma pista de dança. Quando dançamos no seu ritmo, elevamos a nossa consciência e o espiritual ao extremo.
No fim, evoluir é também redescobrir-se, numa dança eterna com o infinito, onde cada passo te afasta do que eras e te aproxima daquilo em que te estás a tornar.
Em terra de mentes fechadas e cegas, os com as suas abertas são considerados loucos, e quando dançando, são também chamados assim pelos que não conseguem ouvir a música.