Poemas de Chuva
A chuva
Pela janela vejo a chuva caindo,
Limpando o chão e molhando a terra.
Vejo as flores tomando água,
Enquanto eu ainda sinto sede.
Essa chuva que cai lá fora,
Cai também aqui, no lado de dentro.
Pelos meus olhos as lágrimas escorrem,
Perdem-se pelo caminho tentando limpar o que está imundo.
A dor, hoje, dilacera meu peito,
Talvez não haja mais limpeza para mim.
Continuarei assim, ao longo dos dias, imunda,
Pois nem a mais longa das chuvas poderá me limpar.
Meus olhos estão vermelhos, sinal clássico do choro,
As lágrimas ainda rolam soltas e se perdem no caminho.
A tristeza aos poucos está me inundando,
Assim como a melancolia de viver.
Bendita a chuva deste dia
Que nos traga coisas belas
Luz, amor, poesia, paz, saúde
Cheios de abraços quentes.
A chuva cai la fora e eu fico aqui pensando em você, imaginando como será o nosso reencontro e quando será que nossos olhos se cruzarão pela primeira vez.
Já vejo você sorrindo para mim e correndo em disparada em minha direção para o nosso tão esperado beijo.
Tenho certeza que será um encontra de almas destinadas a se amarem, ficarem juntas e finalmente poderem se entregar ao amor e a felicidade eterna!
Sergio Fornasari
Cheiram
a terra molhada
as manhãs bordadas
com dedos de chuva
e a sangue
de papoilas
degoladas pelo vento
E bem que viu o bem-te-vi
A sabiá sabia já
A lua só olhou pro sol
A chuva abençoou
O vento diz "ele é feliz"
A águia quis saber
Por quê, por que, por qual será
O sapo entregou
Ele tomou um banho d'água fresca
No lindo lago do amor
Maravilhosamente clara água
No lindo lago do amor
Chuva
Cada gota, uma sonata.
No telhado, serenata.
Umedece, nosso ar.
Mais fácil pra respirar.
A chuva e uma boa companhia.
Perfeição, harmonia.
Seja noite, seja dia.
Lembra lágrimas derramadas.
Por pessoas estimadas.
Vai bem com um bom vinho.
Na enxurrada leva, de papel, o barquinho.
Feito pelas crianças do passado.
As de de agora, nem banho de chuva, tem tomado.
"Chove chuva. chove sem parar..."
Mas nos meus olhos, só lágrimas de emocionar.
Chuva que me traz alegria!
Chuva que me traz a paz.
Chuva que lava a calçada...
Lava a alma, lava a mente...
Chuva que faz florescer semente!
Mesmo na mente, ela irriga o turbilhão.
Turbilhão pensamente, viajante, como nas águas que correm no paralelepípedo da esquina.
Essa chuva, que chuva! Com seu barulho me acalma.
Pra quê lavar a calçada? Se a chuva lava a da alma?
Vem ver, vem ouvir, vem sentir, a brisa do seu sopro que vem dos céus.
Céus negros que emitem luz, com o branco que reluz toda a cidade, toda esquina...
Salva essa menina, que passa pela esquina, onde o turbilhão vem passando, onde raios vem iluminando, a calçada.
Que calçada...
Desacreditada
A chuva rega meu jardim morto,
Tenta reviver aquilo que deixei jazer,
O sentimento que um dia eu tive por alguém.
Ali já não nascem mais sorrisos,
Já não nascem mais carinhos!
Eu vi morrer e desbotar vagarosamente,
Eu permiti que desfalecesse.
Sei que ainda restava uma semente lá,
Mas não reguei!
Apesar de o destino nos levar a um rumo,
Você escolheu um outro por nós
E depois se arrependeu,
Tentou voltar todo o caminho que escolheu.
Mas eu já estava desacreditada e segui o meu.
Ouvi-te gritar meu nome,
Mas ignorei o ignorável
E até hoje seu caminho insiste em cruzar o meu!
Talvez fosse pra dar certo...
Mas temo ter me esquecido,
Temo ter sido só uma aventura,
Ter sido só a segunda opção!
Uma gota...
De chuva.
De lágrimas.
De dor!
Uma gota não
é tão pequena
com se imagina.
Ela tem o tamanho
do que ela for!
Chuva ou Sol ?
Prefiro não me despontar com tantas outras Opções.
se for um dia de SOL, irei querer água pra Beber, no dia de Chuva só quero você, que venha me aquecer . !
carrego meu coração num caixão...
deixei vida outro lugar...
tentei chorar igual a chuva cai...
mais que isso alem do desespero...
deixei minhas ferida enrolada por ataduras...
então caminho entres pedras que corta a carne...
nas ferias mais profundas...
tudo já senti forma uma poça de sangue,
quero chegar no tumulo de meus pensamentos...
nada pode ser real para aqueles olhares de tristeza...
olho para minhas mãos elas estão sangrando...
o mundo deixa magoas profundas sem sentido...
apenas um sofrimento sem fim.
na corredeira apenas meros sonhos...
de destino se fim o termino...
tento refletir a dor é unicamente um vazio...
sem esperança tentar sorrir é desesperador,
rasgo minha roupas para que haja paz no interior...
mais tudo arde com um profunda dor.
igualmente a uma onda repentina valorizo...
o tempo que esmaga seus sonhos,
entre o fogo que consome qualquer esperança,
desligo meus pensamentos olhando para minhas mãos...
que estão sangrando por ser mais um dia na imensidão,
deixo meus pensamentos numa cachoeira funda,
tento sorrir diante a frustração...
minha mente sente a dor de viver entre aquele já viveram
mas nunca seria mesma coisa olhar para o céu
sem gritar de tanta dor...
ninguém pode deixa de sentir algo numa solidão
quando mesma dor no alimenta de forma que não entenderia.
por celso roberto nadilo
Em Noites De Chuva!
As
pessoas
costumam
sumir em noites
de chuva...
Se escondem
debaixo dos cobertores
e rezam com medo dos trovões.
Trancam os olhos
para não verem a
claridade os relâmpagos.
Mas noites de chuva,
nem sempre
é assim tão assombroso.
Noites de chuva
tem seus momentos
de poesias.
De cores.
De sonhos.
De magia.
E quem ousa sair pra rua,
brinca nos pingos
que tão alegremente
molham seus pés.
Trazem frescor.
Sensação de leveza.
Ar fresco...
Quanta beleza
se vê em noites assim.
Dormir com pingos
batendo na janela,
e ou no telhado...
É uma sinfonia que acalma.
E mais acalma...
Se numa noite de chuva.
O amor esteja acontecendo!
Tenho Fé!
E
quando a
chuva chegou...
Deixei-me molhar.
Refresquei a pele seca.
Tinha sede.
Sede desse mar
que vem do céu.
Agradeci a Deus.
E vi quão forte
é o amor D'ele por nós!
Terra molhada.
Brotos das árvores.
Rios cheios.
Corpo fresco.
Ar umedecido...
Agora é só esperança,
pulsando no coração!
Tempos bons virão.
Tenho fé!
Eu sou como a chuva fina de verão.
Como as lagrimas incontidas de um amor.
A esperança no olhar de uma criança.
As doces lembranças de infância.
Como a melodia suave...Tom sobre tom.
Eu sou como o revoar das aves no inverno.
Como o frio em noites de solidão.
O ressoar de palavras.
A inquietude de pensamentos.
A gota de orvalho das manhas...
Eu sou,apenas sou,simplesmente sou.
Não sei se é a chuva
Não sei se é a solidão
Mas a dor que agora sinto
Pode ser da melancolia
De saber que está por fim
A dor de sentir demais
