Poemas de Chuva
CHUVA
Dessa vez foi pra valer
Batendo na vidraça
A areka achando graça
Todo jardim a bendizer...
mel - ((*_*))
Quando eu não tenho sol, eu tenho chuva.
Quando eu não tenho estrela, eu tenho a lua.
Moro na terra, mas vivo no céu!
" Som da chuva "
O som da chuva,
que bate no telhado,
São lágrimas triste,
Que me levam ao passado.
Um passado tão perto,
Tão presente,
E ao mesmo tempo,
tão longe, tão ausente,
Um passado cheio de amor,
Cheio de ternura.
Mas também, um passado cheio de dor,
Repleto de amargura.
O som da chuva, me faz desse passado lembrar,
E as lágrimas me fazem desse passado chorar!!!
( criado em 15/10/99 )
Num só gesto de gesso desordenado, tombo para a
negra chuva triunfal! Ela guarda-me em seu bolso de
adobe arminho. mansíssimo viro-me escancarado,
pisando grainhas das serranias que quase voam como
lástima inté banhar-me no ternurento silêncio em
flor...
Devo morrer indolor SILÊNCIO
Piso o creme
polar da estrela
com meus lábios
e encontro o manejo
das novas músicas à chuva
que me guiarão
ao significado
de ser-se maestro
Probabilidade de chuva
Quando saio para a rua
Pesquiso o céu em seus sintomas
Olho as nuvens
Sinto o vento
Aspiro a limpidez do ar
Vejo a flor que se insinua
Comparo aromas
Acompanho o voo das penugens
Da paineira a brilhar
Não fiz isso algumas vezes
Principalmente na vida
Deixei de pesquisar
A quem dar meu coração
Assim sofri os revezes
Do querer, e não ser querida
Ficando sozinha no andar
Sem ter quem me desse a mão
Por isso é bom sentir o vento
Colher o sol no olhar
Ver se a andorinha está víuva
Porque ao caminhar ao relento
Podemos bem não notar
A probalidade de chuva.
"Eu pedi...-Senhor lave minha alma...
E DEUS mandou a chuva...
Eu pedi...-Senhor tape meus ouvidos...
E DEUS mandou trovões.
Agora eu peço...-Senhor ilumine minha vida.
Esperarei pelo SOL do amanhã."
Já não se vê mais a molecada
em procissão na enxurrada...
Solitária a água da chuva estatela no chão,
feito bolinhas de gude quando escapam da mão...
mel - ((*_*))
A chuva no meu sertão é remédio que cura fome
e faz brota a esperança em dias melhores
e transforma o feio em maravilhoso e belo
de cores opacas em verde folhas azul anil
não existe lugar mais lindo que meu Brasil.
Que venha:
O vento que trás a chuva,
O sol que nos ilumina,
O ar para respirarmos,
O tempo para aprender,
A vida para crescer,
E o amor que há de florescer.
Perdi-me em tempestades......temporais....
De vento....chuva.....e neve fria.....
Murmurantes vozes....ouvidas...
No refúgio das minhas noites negras....
Carregadas de esperança....
Onde carrego as dores....de quem quer nascer......
Afago as ondas.... do mar aberto......
Escondido nas profundezas....
Do meu corpo...... da minha carne....
Onde tatuas-te na minha pele....o teu nome...
Encontro-me nas noites frias de cansaço...
Deixo- me seduzir pelos.... meus silêncios anônimos...
Percorro todos os gestos mudos....
E infindáveis abismos laterais....do teu corpo....
Perdi-me em temporais....
De vento....chuva.....fria.....
Onde tatuas-te na minha pele....o teu nome.....de desejo ardente...!!!
Barquinhos de Papel
Na água da chuva ondulante
Meus barquinhos de papel,
Sob o som da acordina.
Transportavam triunfantes
Num castelo de ouropel,
Os meus sonhos de menina.
Velozes e coloridos
Singravam o rio encantado,
Enquanto a chuva caía...
Dentro deles um pedido
Relíquias do meu passado,
Que só a alma entendia.
Onde estarão os barquinhos
Com os pedidos que fiz,
Nesta longínqua andança?
Talvez naveguem sozinhos
Por um caminho infeliz,
Nas correntes da esperança.
A CHUVA (HRO)
a chuva
pra matar a saudade.
Só a saudade.
A chuva
pra inundar a vontade.
Só a vontade.
A chuva
pra transbordar de felicidade o agricultor.
Só a felicidade.
Uma chuva precisa.
Como o povo precisa:
nutrindo a terra
e encontrando o rio.
Sem danos.
caminho toscamente sob um sol de chuva negra, amargamente eu sei...
sou um vazio completo de sonhos e dores de um mundo depauperado
passo a passo visito suas curvas por ruas inundadas de rostos uniformes.
corro desconexo, piso lentamente afastando-me da vida, eu sei...
o corpo completamente fatiado, suas partes estão expostas ao delírio cotidiano
escondo os trapos de sua carne alva, sob o céu sombreado da iluminação pública.
religiosamente mostro os dentes amarelados de nicotina, é um sadismo onde acolho meus sonhos, pudicamente num copo de rum e um cigarro vagabundo, eu sei...
Uma chuva fria caia sem parar...
Era um aviso de uma grande decepção...
Um Anjo havia arrancado suas asas para tornar-se humano...
Ele precisava saber qual era a sensação de amar, sofrer, sentir fome, frio, calor...
Parecia tão mágico, que preferiu desafiar seu Criador para conseguir viver tudo que queria...
O Tempo passou, esqueceu sua origem...
O mundo de repente mudou, tudo era complicado...
Todos que conhecia estavam insatisfeitos com o que tinham...
Reclamavam e passavam por cima de seus aliados para alcançarem seus objetivos...
Era engraçado perceber que olhando lá de “cima” todos pareciam iguais, felizes, livres...
Mas de perto eram amedrontadores, egoístas, hipócritas...
Poucos se respeitavam e ajudavam...
Ele lutou o que pode, mas não conquistou nada além de sofrimento...
Foi quando voltou para buscar suas Asas...
Mas aonde estavam? Haviam sumido.
A Brisa do vento soprou em sua face...
Uma Voz veio em sua Mente:
“Seu lugar agora é aí junto aos que esqueceram de onde vieram...”
E Não importa o quanto eu tentar... Nunca terei minhas Asas de volta...
A chuva cai lá fora...
e eu aqui dentro, pensando em você!
A saudade não vai embora...
mas eu sei, que um dia ela vou vencer!
Chuva Fina
Chuva fina, café na caneca.
Nesse tempinho tenho uma meta.
Ler uma ótima literatura.
Esta é a minha cura.
Uma musica no vinil.
Só Caetano e Gil.
Musica e leitura.
Charme e ternura.
Me dando certa inspiração.
Com meu bloco de anotação.
Começo a fazer rimas e versos.
Com as letras fico imerso.
E quando vejo já está tarde.
Quase esqueci de comer meu chocolate.
Abro a janela para apreciar.
A neblina aparecendo devagar.
Eu gosto do barulho que a chuva faz.
Cheiro da terra encharcada me traz paz.
Faço minha prece.
E nada mais me aborrece.
Já vou me deitar.
Sem pensar em acordar.
Feriado ta logo aí.
E eu fico por aqui...
Quem?
Dança com as noites,
sem sair do lugar.
E a chuva já passada,
ainda a faz respingar?
Molha as flores,
que ainda vão brotar.
E lança-lhes perfumes,
que exalam pelo ar?
Quem...
Abstrai da luz,
gotas de escuridão.
Só para valorizar,
a força do clarão?
Seduz no grito,
sem nem um som ecoar
E com um único suspiro
retém a água do mar?
Quem...
Arranca da flor a
a alma em dor,
E embala nos braços
a pureza do amor?
Doravante poeta
Dá-nos letras à recitar.
E formosos poemas,
para a voz embargar.
Enide Santos 16/04/14
As coisas não caem do céu. Só a chuva. (MINHA, Vó)
A lei de Murphy diz que "quando uma coisa tiver uma tendência a dar errado, ela dará", mas prefiro acreditar que mesmo 1% de chance de dar certo é o suficiente. Impossível não existe e acaso, às vezes, é só uma oportunidade perfeita encontrando com um trabalho já feito. Sobre o que cai do céu ser só chuva, acho que às vezes ela traz consigo boas notícias.
Verdade seja dita, sempre temos um lance em nossas vidas que nos faz questionar o que é Destino, o que é Acaso e o que é a Sorte. Algumas pessoas se agarram a Deus e dizem que foi Ele quem quis. Não duvido, mas nem todos são cristão e vão acreditar nisso. Pode ser que exista uma crença numa força do Universo que interage com nossos esforços e nos proporciona momentos assim.
Se tivesse que traçar um pensamento, sem dúvida seria daqueles que diz que nenhum talento poderá ser reconhecido se não for desenvolvido e - de alguma forma - mostrado para as pessoas. Reconhecimento só vem quando outros conhecem o seu trabalho. Não se foge da sociedade nem se consegue viver sem ninguém.
Assim, um diamante na caixa não encanta ninguém. Uma voz presa na garganta não maravilha nenhuma plateia. E por aí se vão os exemplos que você quiser pensar. Trabalhe e acredite. Pode ser que, no momento em que esteja em maior desesperança, alguma coisa lhe dê um presente.
Cai do colo.
Será? Algumas coisas eu apenas aceito, não fico remoendo para achar uma explicação. Se alguém em algum lugar dessa imensidão que vivemos e com tantas forças que ainda não conhecemos me julgou suficientemente bom para aquilo, eu aceito. E agradeço. Obrigado por tudo, repito pra mim mesmo. Às vezes nem sei pra quem, mas agradeço.
A gente já reclama demais dessa vida. Não custa agradecer também.
#GustavoLacombe
