Poemas de Amor Abandonado
Cães. Porque seres tão puros sofrem tanto? Falta de um lar, de comida, de uma família, de amor. Tanta gente que reclama da vida, mas tem uma cama pra dormir, alguma coisa pra comer. Cães. Seres que não olham para o que você tem, e sim para sua alma. Mendigo ou milionário, ele te tratará do mesmo jeito. E ainda são maltratados! Só me pergunto porque. Por estar latindo pedindo comida? Já pensou que esse latido pode ser um “eu te amo”? E você manda ele ficar quieto né? Reflita antes de levantar um dedo contra um ser tão bom e verdadeiro, um dos poucos que restam assim nesse mundo.
"Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, “pague mico”, saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta. Antes idiota que infeliz!"
Algumas pessoas preferem fugir do amor talvez porque seja mais fácil ir embora e fingir que nada aconteceu, do que ficar e não saber se irá acontecer.
Guardar o amor numa caixinha, subir no banquinho, colocar bem alto no armário, fechar a porta. Mesmo assim, de vez em quando despenca tudo.
Quando o amor acaba por ele mesmo, quando existe incompatibilidade entre as personalidades dos amantes, suas reações à perda não chegam nunca ao desespero trágico dos desfechos produzidos de fora para dentro, do social para o pessoal, do desamor geral contra o amor possível.
Os amantes sabem que só se ama por inteiro, ou então o que estão fazendo não é amor, mas uma associação de interesses mútuos, um negócio. Além disso, quando se ama, não se está pensando em segurança, duração, controle, posse, pois isso corresponde à forma com que o autoritarismo capitalista familiar ou de estado se expressa no plano pessoal e afetivo. Se sou um libertário, desejo que tanto eu quanto o meu parceiro vivamos o amor em liberdade, na emoção, no espaço e no tempo. É o amor em si mesmo que comanda a intensidade, a beleza, a forma e a duração do nosso amor, em cada um e entre os dois, jamais o contrário.
Desejo que haja paz. Principalmente de espírito. Que haja amor e que, esse, esteja presente em cada esquina. Desejo que o vento seja fresco e que desarrume meus cabelos de forma que eu sorria os ajeitando, de maneira desconcertada. Que a chuva venha para lavar a alma, levar embora as tristezas, não levando a saudade - já que ela não é dessas coisas que se pode controlar - mas tornando-a mais amena e menos melancólica. Que haja mais compreensão. Que os sorrisos aconteçam de forma espontânea. Que a felicidade seja multiplicada. Que haja menos mau humor, menos suposições. Que haja mais ação. Menos TPM. Menos ”chove-não-molha”. Que haja mais ”SIM”. Que haja ”NÃO” quando realmente eu quiser dizer não. Mais abraços: apertados. Mais beijos: demorados. Mais mordidas. Mais cafuné. Menos agressões verbais. Mais carinho. Menos disse-me-disse, mais olho-no-olho. Menos puxa-saquismo. Mais sinceridade. Menos hipocrisia. Que haja mais verdade. Mais troca de olhares. Menos timidez. Mais atitude. Menos orgulho. Mais humildade. Mais coragem. Mais pé no chão. Mais coração. Mais amor. Mais paixões. Mais borboletas no estômago. Mais experiências. Mais vida. Mais de mim. Mais de você. Mais das pessoas. MAIS DO MUNDO.
À sua maneira, ela o amava. Podia não ser um amor do tipo que as outras pessoas entendessem, mas não importava. O que Marilyn e Leo tinham era bom o suficiente para eles.
Futuros amantes, quiçá, se amarão sem saber, com o amor que eu um dia deixei para você.
Viver é consumir-se de amor, dialogar, perder-se nos outros. A vida é a interpenetração total das almas e das inteligências.
Desistir... eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério; é que tem mais chão nos meus olhos do que o cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos, do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça.
Até quando Deus parecia ter me abandonado, Ele estava me vigiando. Mesmo quando Ele parecia indiferente ao meu sofrimento, estava vigiando. E quando eu perdi toda a esperança de ser salvo, Ele me deu descanso, me deu um sinal para eu continuar a jornada".
O Ídolo
Sobre um trono de mármore sombrio,
Em templo escuro, há muito abandonado,
Em seu grande silêncio, austero e frio
Um ídolo de gesso está sentado.
E como à estranha mão, a paz silente
Quebrando em torno às funerárias urnas,
Ressoa um órgão compassadamente
Pelas amplas abóbadas soturnas.
Cai fora a noite - mar que se retrata
Em outro mar - dois pélagos azuis;
Num as ondas - alcíones de prata,
No outro os astros - alcíones de luz.
E de seu negro mármore no trono
O ídolo de gesso está sentado.
Assim um coração repousa em sono...
Assim meu coração vive fechado.
DETALHES
Carrego coisas que muitos já teriam abandonado em uma esquina de um bairro desconhecido ou tão somente deixadas esquecidas numa prateleira qualquer de uma estante distante. Mas não eu, faço da gota o meu oceano e nele navego. Carrego pequenos detalhes com grande atenção e na relatividade de tudo nunca deixei que passassem sem os convidar a entrar para tomar um copo de água em meu mundo. Carrego-os para onde quer que eu vá, eles fazem parte de mim, ajudam-me a ser quem sou, lembrar de quem eu era, projetar o que não quero e tudo mais que preciso, mas carrego somente o necessário, sem grande bagagem, aliviando o peso do percurso.
São os milésimos, os milímetros, as miligramas que compõem o meu mundo, um mundo só meu, com suas próprias cores e cheio de detalhes.
" Traços"
Ao ser abandonado, não sofra
pode não ser pra valer
Talvez quem se afasta precise
de um outro ponto de vista
para te reconhecer
Para se fazer merecer
não faça com aquele que deixou
um motivo de tua indiferença
Pois poderás ser traído pelo teu olhar
e revelar o porquê das desavenças
O que passa de fato no teu coração
poderá se mostrar
A verdade pode por tudo atravessar
A energia não se perde
É sempre transformada
Cabe a ti saber em quê
Para teu bem ou mal alheio
Mas tudo que vai volta
Teu reflexo não bate só no espelho
Um passado não se é
nunca nunca abandonado
Apenas esquecido
talvez deixado de lado
Ninguém perde o que lhe faz parte
Que tenha sido bom ou ruim
Cada minuto passado é como um tijolo
Que te constrói como um todo
do jeito que és
Um passado é o caminho
que te trouxe até aqui
Feito por felicidades e mágoas
Que carregas dentro de ti
Não se pode voltar
apenas olhar para trás
O caminho só segue para frente
Andar para trás é só um jeito de falar
Para trás nunca se anda
Como um passado não se pode abandonar
JURAMENTO AINDA O PRIMEIRO ( 1 )
Que me interessa ter abandonado
A vida ágria, corrosiva, pustulenta,
Se na verdade a minha fiel tormenta
O dó ré mi dum fá sem sol, é meu fado.
Eu, velho decrépito, desventurado,
Firmo na pena da água benta escrito,
O juramento deste ser proscrito,
Em nome do pai e do filho castrado.
Juro, Castro, a quem pediram pró morto
Infeliz pequenino recém-nascido,
Fruto de um amor que já nasceu torto,
Uns versinhos na lápide do ser já ido.
Angustiado, sem inspiração, fiquei retido
Se havia de escrevinhar ao casto ou doloso,
Mas eis que uma voz me gritou ao ouvido:
Escreve a verdade pura, dura e sem gozo.
E eu então, amante da pureza, escrevi:
"Aqui jaz um recém-nascido
Que jamais a luz do dia viu,
Filho de pai desconhecido
E da dama que o pariu."
..................................................................
(Já passaram quarenta e mais anos e na lápide fria da campa do infeliz inocente, encoberta, por silvas, sem a luz do sol, continua gravada, teimosamente, esta dolorosa quadra minha, que já mal se lê... mas que eu sei de cor e salteado até ao fim da minha existência...)
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Triste Por Escrever, em 16-10-2024)
Não sou só um poeta
Do que morreria um poeta
Bêbado , solitário , vagante
Abandonado , descrente
De amigos e parentes
Eu digo que não
Um poeta morreria
Se as palavras lhe faltasse
Se a beleza da dança entre elas
Parassem de existir
Se o encaixe perfeito
Não rompesse mais a barreira sagaz
Se na pele do poetante
Não houvesse mais melancolia
Para matar um poeta
Não basta só corta-lhe a língua
Tem que arrancar-te as palavras
Matando seu coração, e mesmo assim
Com o coração morto
O que ele poetiza
Irá ecoar .
Minha Bahia
Minha terra é a Bahia
Um lugar cheio de encantos
Somos cheios de alegria
Apesar de tantos prantos
Um povo sofredor
Que passa tanto perrengue
Lutando com ardor
Discriminados por tanta gente
Temos uma vasta diversidade
De gênero, classe e crença
De gastronomia, etnias e musicalidade
Nossa herança cultural é de referencia
Então porque quando vamos à outra região?
Somos tratados como estrangeiros
Constituímos a mesma nação
Pois também nascemos brasileiros
É não tem jeito não!
Nesse mundo posso ganhar a vida
Por onde andar meu coração
Levarei com ele minha Bahia
Terra amada de Castro Alves
Jorge Amado, Caetano Veloso
De Raimundo Amado Gonçalves
Fernando Sales e Afrânio Peixoto
Terra de tanta fartura
De tantos que tem pouco, mas oferece muito
Apesar de haver bastante secura
Nossa herança se espalhou o mundo
LACUNAS DA ALMA
Desejei o que não era preciso,
Por achar que me faltava algo,
Dispensei o que era necessário,
E perdi o que de importante tinha.
Sou um ser racional?
Óbvio que não!
Sou envolto por emoções,
Assim como todos os outros da minha
espécie,
O que me diferencia é que eu aprendo...
Aprendo tanto com os meus erros, como com erros alheios.
E se um conselho eu puder deixar,
É no sentido de valorizar,
Aquilo que se tem,
Ao invés daquilo que se quer ter,
Porque depois de perdido,
Não adianta se arrepender!
Danilo Castilho
Então já é de madrugada
onde é frio e ninguém fala nada
é a hora que eu penso fecho meus olhos e sinto o vento
tão escuro que eu quase não vejo nada
mas nem preciso pois de madrugada sou eu meus pensamentos e mais nada
a madrugada é so minha e vocês nunca vão saber de nada
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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