Poemas de Amizade Ruben Alves
TEM QUE SER ASSIM?
já cansei!
já cansei!
Quanto custa o amor? Onde comprar?
Em que mercado o posso encontrar?
Se não, quem pode, pra mim, fabricar?
Já cansei de investigar. . .
Em que loja posso achar um querer?
Quem pode, por caridade, vender
Tal virtude, tal bem, esse prazer?
Já cansei de buscá-lo. . .
E alegria? Como hei de conseguir?
Que arquiteto há de, dela, me cobrir?
Que feitiço fá-la sempre sumir?
Já cansei de almejá-la. . .
Quem pode, a paz, ao meu peito transpor?
Que súplicas devo orar, por favor?
Que preço pagar e granjear amor?
Já cansei de pesquisar. . . já cansei!
Amor, querer, alegria e paz;
Meios de consumo que não têm mais.
Jóias raras -- saíram de cartaz!
Já cansei de procurar...
já cansei!
já cansei!
TODOS AMAM AS CORES
Muitos gostam do vermelho, a cor da vida;
Da chama ardente, que corações balança.
Muitos gostam da cor verde da esperança;
Da ramagem donde brota a flor querida.
Muitos escolhem o azul do céu sereno,
Que refresca os olhos e acalenta as almas.
Muitos preferem o branco das nuvens calmas;
Da paz tão rogada no globo terreno.
Preferências variam, pelas mil cores,
Revelando os mais diferentes valores
De tons, que reflete o arco-íris composto.
Só uma questão se faz no mundo aquarela:
- Afinal. . . o que seria do amarelo,
Se todo indivíduo tivesse bom gosto?!
PENÚLTIMA ORAÇÃO
Salve, minha Rainha, onde quer que estejas!...
Minha Rainha antiga, de um reinado antigo,
De um sonho deslumbrante que eu vivi contigo!
Quando naquela véspera, sob as cerejas,
Qual anjo enfurecido tu alçaste voo,
Desmoronaste o templo. . . mas eu te perdoo!
Perdoo pois pressinto que ainda voltarás,
Pois nosso amor foi grande, foi belo, foi puro,
Foi algo que não morre, não se esvai no escuro.
Não sei por onde andas, nem sei como estás,
Mas sei que sentirás toda a palpitação
Que sai deste lamento em forma de oração:
Não quero ser o elétrico azul celeste
A coroar planícies de um futuro bem.
Bastava ser um ponto, pra não ser ninguém!
Não quero ser a noite, que as angústias veste,
Ou mesmo a madrugada que lhes dá guarida.
Bastava ser um instante dentro em tua vida!
Não quero ser o banzo, ou mesmo a nostalgia,
Martirizando a fonte da felicidade.
Bastava ser um leve sopro de saudade!
Não quero a pretensão de ser pura alegria
Exposta em gargalhadas, mas de ser, no entanto,
Sorriso refletido no teu rosto em pranto!
SE EU MORRESSE AMANHÃ
Quantas vezes alguém perece em vida
Sofrendo a angústia de um amor desfeito!
E muito embora a dor lhe aperte o peito,
Consola-se na lágrima vertida.
E cerra os olhos (lembrança sentida).
Rememora o passado, satisfeito
De carregar um coração estreito,
Porém saudoso da paixão perdida.
Por isso é que eu me enlaço na paixão.
Por isso é que eu creio na salvação
Da alma, pelo amor que se perdeu.
Porque quem vive sem paixão. . . não vive!
Quem a domina. . . só metade vive!
Quem por ela morre. . . ao menos viveu!
A velha torre
Ela era uma torre forte, muito bem firmada
mas habitou nela por logos anos um vírus letal.
Hoje essa torre está desmoronando, deformada
extremamente sensível, em uma nevasca sentimental.
Não está pronta para ninguém habitar
está fechada para uma grande reforma
sem querer as vezes despenca, tende a precipitar
e atinge alguém que quis se aproximar
Nesse momento é melhor nem à visitar
suas rachaduras, indicam grande risco
precisa primeiro se alicerçar
e só então levantar, colocar tudo no lugar
Não sei quanto tempo essa pode durar essa reforma,
mas será para o bem de todos que a admiram
no momento, está vazia e totalmente transtornada;
mas garanto, que surpreenderá a todos que a sucumbiram.
Sonhei com você
Essa noite sonhei com você
demorei para pegar no sono
rolando na cama vazia e fria
eu procurava um abraço
e nessa busca de aconchego
me agarrei ao travesseiro
e daí foi o sono me pegou,
minha mente viajou até você
que me abraçou e me esquentou
me fez sentir segura
era tudo que eu precisava
colo, carinho, chamego
duro foi acordar...
e você não estava lá!
Dor existencial - 1
Minha alma grita dúvidas, e incertezas
sedenta de respostas, em dor existencial
procurando novos caminhos, e mais clareza
revira-se todo meu ser, em busca do essencial.
Minha mente embaraçada de pensamentos
meus sentimentos em tormenta visceral
se afoga em suor e lagrimas, de meus argumentos
me posiciono diante do real, e do surreal
Advogo a meu favor, mas vem uma voz alta
tinindo em fúria cheio de acusações
fico entre o certo e o incerto, enfialta!!!
Travo uma luta contra meu eu, cheio de aspirações!
" Te desejo um domingo de sol
sorrisos de filhos
olhares
te desejo encantos
tantos
que tua vida seja.
te desejo vitórias
e a mão, na tua mão, de quem te é especial
que Deus te abençoe sempre.
Dor existencial – 2
Aspirante a poeta, em versar sobre o ser
Oque sou, o que serei, para onde vou
Em ebulição com o devo e não devo fazer
Minhas origens, o passado, presente e futuro
Me encontro no meio da linha do tempo
Olho e vejo dois eus, o fui e o que sou
Mas entrementes um eu terceiro surgindo
O que serei, escolhas que afetarão a terceiros
Penso em minha nobre estirpe
Sigo seus passos, ou faço os meus
Começo a crepitar, pássaros em tumulto
Me atormentam e me questionam
Nessa bifurcação paralisei
Efêmeros eus, efêmero ser
Em consternação gritei
Serei eu a dona do meu viver!
Era uma arvore vigorosa de raízes bem fincadas,
com seu tronco bem exuberante e galhos fortes e folhosas,
morada de muitos pássaros, que neles se aconchegavam,
uma sombra fresca oferecia a quem quisesse fugir do sol
e debaixo dela deitar-se e descansar.
Mas não era assim que era vista,
humanos insanos,
amputaram seus galhos
e sem piedade expulsaram os pássaros
e fincaram em seu coração
o que eles chamam de modernidade
mas a raiz dela era profunda
afinal ela era fêmea
fértil e bélica por natureza
com o tempo se refez inteira;
e hoje olham para ela admirados
como pode uma arvore dessas
conviver com a modernidade?
Segredos só dela.
Eu até pensei em doar
a coleção de ferros
que levei na vida
mas pretendo futuramente construir
uma escada que me leve ao céu
ou que desça até o andar debaixo
(nem eu sei o que será de mim)
ou construir uma ponte para chegar às pessoas
e/ou aos lugares que amo
mas tudo o que eu for construir sempre faltará um ferro
o que se encontra no meu braço direito
e juro ter pensado ser o braço direito de alguém
ledo engano
pois eu era muito mais que um braço
penso eu
mas agora eu sou eu mais eu
eu, por eu mesma
eu além de mim
eu só para mim
e me dou por satisfeita!!!
Fernanda de Paula
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para quem gosta
de arrumar desculpa
para boi dormir
aviso que empresto
um pijama e me disponho
a cantar uma canção de ninar!!!
Fernanda de Paula
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doando um desperta(DOR)
porque já perdi tempo demais
despertando as dores
agora eu quero mais
é perder a hora e a cabeça
de vez em quando
e também quero perder o juizo
e sair do prejuizo
quero viver
pois ainda há tempo para tudo
e talvez outro tempo para nada!
falou a (des)entendida do assunto
Fernanda de Paula
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Hoje é dia do silêncio
mas mãe não combina com silêncio
amor de mãe grita
quebra o silêncio da alma!!!
Fernanda de Paula
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o sorriso da lua
se a lua te sorrir
revide
sorria de volta!!!
Fernanda de Paula
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Você me bagunça
Você me mostra caminhos opostos
caminhos que nunca trilhei,
gosto do seu conteúdo
gosto de como me tira da razão
me faz corar, se envergonhar,
Mas também me assusta
por que sinto vontades,
sinto desejos até então ocultos,
Aahhh que confusão ...
dúvidas e medos!
Mas uma imensa vontade
de acompanhar você!
Laços
Lutando para recuperar a autoestima
juntando os meus pedaços
tendo de me livrar de alguns laços
que me deixaram em cacos
Laços que viraram nós
que apertam o pescoço
que rasgam a carne
que expuseram meus ossos
Laços que matam lentamente
vazando meu sangue
escorrendo- me
sufocando a mente
Chega de laços nocivos
agora estou arrancando esses nós
só quero laços de amor
chega de sentimentos aflitivos
Quero laços de respeito e amizade
laços de verdadeiro afeto
laços de união e verdade
laços de liberdade.
Sou perseguidora
Das palavras
E as palavras
Por sua vez
Me perseguem
Saltam diante dos meus
Lindos e ávidos olhos
Se jogam em meus dedos
Se inserem em meus pensamentos
Daí escrevo como ninguém
E vão surgindo escritos e mais escritos
Textos e poemas
Poesias e versos
E tudo o que meu coração mandar
Porque de mim saem emoções e sentimentos
Palavras e palavrões
Enfim palavras que dão para escrever
A história da minha vida
Minha tão sonhada biografia
Esperada há tempos
E espero usar as palavras certas
Pois certas palavras, talvez erradas ou não
São necessárias para descrever
A minha amplitude
Magnitude
Inquietude
E tantas virtudes
Sei lá, tudo o que está dentro
Da minh'alma e coração
Talvez uma história sem pé e nem cabeça
Mas o que vale é a intenção!!!
Fernanda de Paula
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A liberdade
Está tatuada em mim
Como pássaros livres
Sem destino definido
Porém estou mais enraizada
Do que tudo
Inclusive até a alma
Neste plano
Cheios de planos para mim
Então decido rasgar os véus
Que escondem meu doce olhar
Para uma natureza dilacerada
Por seres desumanos
Que muito me entristecem
E também para o julgamento alheio
Graças ao Pai
Que sempre me ensinou
Julgar somente a mim mesma
Pois preciso desta liberdade
Para sobreviver ante uma escravidão
de pré-conceitos
E mais ainda da moral
Necessito da liberdade de ser
Quem eu sou
Com toda imperfeição do mundo
E não é a toa
Que a lei do livre-arbitrio
É divina!!!
Fernanda de Paula
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Logo hoje
Que é dia de trabalhar
Eis que resolvo
Descansar a alma
Repousar o coração
E ficar com o corpo
Bem ocioso
Tirei a coroa (de espinhos)
Tomei um elexir dos deuses
E pronto
Disparei-me a escrever
Para aquelas pessoas
Que sempre me acompanham
Presentear-lhes-ei
Com uma prazerosa leitura
Porque enquanto descanso
Carrego uma caneta, lápis
E folhas de papel em branco
Para que minha digníssima existência
Não passe em branco
Faço da minha loucura em escrever
O seu prazer pela leitura
Modéstia parte!!!
Fernanda de Paula
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