Poemas de Amigos Amantes

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Vai sempre avante a paixão,
Buscando seu doce fim;
Os amantes são assim:
Todos fogem à razão.

Ama-me

Aos amantes é lícito a voz desvanecida.
Quando acordares, um só murmúrio sobre o teu ouvido:
Ama-me. Alguém dentro de mim dirá: não é tempo, senhora,
Recolhe tuas papoulas, teus narcisos. Não vês
Que sobre o muro dos mortos a garganta do mundo
Ronda escurecida?

Não é tempo, senhora. Ave, moinho e vento
Num vórtice de sombra. Podes cantar de amor
Quando tudo anoitece? Antes lamenta
Essa teia de seda que a garganta tece.

Ama-me. Desvaneço e suplico. Aos amantes é lícito
Vertigens e pedidos. E é tão grande a minha fome
Tão intenso meu canto, tão flamante meu preclaro tecido
Que o mundo inteiro, amor, há de cantar comigo.

Hilda Hilst
Prelúdios-Intensos para os Desmemoriados do Amor

E todos os amantes já adormeceram, e todas as palavras já se calaram
Já não vive o mundo em que se perderam
Nem as madrugadas em que se amaram
Quero sentir, quero ouvir
Seus passos de volta a minha porta
Pra dizer que me amava quando estava longe
E deixar que amanha juntos nos encontre
E que passe a ser vida o que hoje é só sonho
E que se acabe os segredos, e que se aumente os desejos
E assim enquanto eu te beijo, que mude o destino por um minuto
Que meu corpo encontre o seu corpo num prazer absoluto
E assim enquanto eu te abraço me aperte em seus braços por um minuto
De um jeito que só você sabe, de um jeito que só eu sei

Já não há razão pra não ser pra sempre dessa vez há de ser, tem que ser diferente
Não me deixe sozinho nem mesmo um pouco
Que esse pouco me deixa cada vez mais louco
E que se acabem os segredos, e que se aumentem os desejos

Saiba que para sempre
Nós seremos grandes amantes
Mesmo nos momentos que durarem
Apenas alguns instantes.

OS AMANTES DE NOVEMBRO

Ruas e ruas dos amantes
Sem um quarto para o amor
Amantes são sempre extravagantes
E ao frio também faz calor

Pobres amantes escorraçados
Dum tempo sem amor nenhum
Coitados tão engalfinhados
Que sendo dois parecem um

De pé imóveis transportados
Como uma estátua erguida num
Jardim votado ao abandono
De amor juncado e de outono.

Eternos

(...)"Os amantes
não se encontram
nas madrugadas
escondidos dentro de motéis
como muitos pensam.
Estão dentro um do outro.
Em todos os seus
melhores pensamentos.
Estão nos rastros deixados
pelo caminho...
Os pés de novas pessoas
não apagam as velhas pegadas.
Marcas solitárias de saudade
daqueles que um dia
caminharam juntos."

Aos amantes não amados, não um conselho, mas um intento amoroso.
Abandonar as roupas usadas e ousar novos caminhos. É um desperdício deixar o burrinho interminável da teimosia, roubar a preciosidade da solidão e do silêncio. Não há por que ter medo.
É bom ficar a sós e reconstruir com pedras e enfeitar com flores os sobrados que se desmancharam por aí. Talvez não fique igual. Talvez seja melhor que nasça diferente.
As comparações podem ser corrosivas do metal nobre da escultura em modelagem ainda frágil. Não há pessoas iguais nem sentimentos iguais. Há novas tentativas, novas formas de descobrir e dar significado a um rosto que era só multidão.

Como só os amantes entendem o amor,
Só os poetas entendem a poesia.
Tem o sentido que o coração impor
E expressa a mais real fantasia.

Amor...
sentimentos inconstantes...delirantes...impolgantes.
Que somente é dado aos amantes!!!

Os amantes e os loucos são de cérebro tão quente,. Neles a fantasia é criadora, que enxergam o
que o frio entendimento jamais pode entender.
O namorado, o lunático e o poeta são compostos só de imaginação.
Então viva, imagine, namore e acima de tudo curta muito a vida

O Poeta que ama poemas

Eu e você ardendo em amores
Felizes amantes.
Roupas jogadas ao chão
Meu gosto, teu gosto!

Toma meu ar, meus desejos
Derreta-me em tua língua
E líquida, transbordo o cálice
Ao arranhar da tua boca

Sede visceral...pele na pele
Me perco no teu corpo
Estrada sem fim
Você e eu..você dentro de mim!

Enrosca, beija e enlouqueça
Sob lençóis cúmplices de sonhos
Minha alma te recebe
Sou senhora do teu amor

Quero a química perfeita de corpos

Meu corpo no teu. Pura alquimia.

Formula dos amantes.

Imortalidade desejada.

Trago comigo os quatro elementos

Fogo: Quando me tocas

Ar: Quando me rouba o fôlego.

Terra: A força que vem de ti.

Água: A pureza que emites ao me olhar.

Minha pele exala teu cheiro

Pura fragrância perfumando teus lençóis.

Vem! Decore minha silhueta em detalhes.

A mágica, desejo, sedução...

Encontro profano de caricias sem medidas

Na mais excitante sintonia de amor.

AMANTES

Tão feliz eu ficaria se ao meu lado
Você me fosse de amor primeiro...
Tão feliz eu ficaria se não pecado
Fosse te amar de sentimento inteiro.

Tão feliz eu ficaria... amor, se você
Também me viesse deslumbrar...
Tão feliz eu ficaria se não perder
Viesse o nosso amor ao desencontrar.

Tão feliz, mas, você sabe, eu também
Que tão amor não podemos ter
Sem o saber findar n’outro alguém.

Tão feliz, mas, sabemos que, depois
Nos será solidão, nos será doer,
Quando só for de lembrar... nós dois.

Separação

Dois...
Eram amantes,
Escravos de seus sentimentos, de suas afeições.
Um refletia no outro.
Almas gêmeas - quem sabe?
Pode-se dizer casadas.

Dois...
Eram amantes, Numa canção de vibração, viviam a bailar.
Um sonho eterno, uma canção de amor.
Bailando nostalgia, fantasia e ilusão.

Dois...
Eram amantes,
No mar se atiravam de cabeça, mergulhavam sem medo de afogar.
Se criaram na água, sabiam nadar,
Jamais iriam naufragar

Dois...
Eram amantes,
Na brisa viviam a flutuar.
Sem asas, até sabiam voar.
As nuvens queriam alcançar.
E nela poderem habitar.

Um dia choveu,
O sentimento encolheu.
Já não havia o mesmo espaço para ambos.
Corpo e alma tinham que se separar.
Deixar o mesmo lugar.

Dois...
Hoje desamantes.
Perderam-se por falsos brilhantes.
Sem riso vivem descontentes.
Sem pranto, sonham descrentes.

Dois...
Hoje desamantes.
Partiram sem ira.
Levando somente um fracasso de um sonho dourado.
No lombo, um pano rasgado.

Dois...
Que eram amantes.
Da brisa, do mar, do céu, da canção.
A promessa de amor eterno queimaram,
Da própria sorte são cartomantes,
Nessa estrada de ilusão viajantes.

Eramos bons amantes
Do amor a arte
De vênus a marte
Amávamos sem disfarce
Nos encontro em cada frase
De um poema triste e romântico
Que me lembravam aquelas tardes
Fomos bons por parte
Me pergunto se foi destino ou quase
No fim de tudo, eramos fase.

O amor

O amor não observa ou venera o passado e não julga as ações e atitudes dos amantes. Amor é sempre, em nossas mentes, tudo o que nos pressupõe a busca da felicidade e quando há erros não existe amor? Não há construções de relações sem as dúvidas, os medos, os insucessos e as indagações que nos ligam diretamente entre o passado, ignorando o presente e mirando no futuro. As experiências vividas nos tornam profissionais com o passar dos anos. Por isso simplesmente viverei.
Viverei para aproveitar o amor.
Viverei a minha vida com a diretriz de viver no amor.
Viver regrado é renunciar a paz e felicidade do outro.
Viverei a minha vida a completar a tua.
Viver e não sofrer por amor, não faz sentido.
Viver sem amor, por medo, é atrirar-se ao relento ou abismo, no escuro.
Viverei para amar tudo o que me faz bem.
Viver para amar quem me ama.
Só assim, viverei.

SÉRIE LUA V

Lua, doce, suave, serena,
também dos amantes amiga.
Saudade de paixão antiga,
Ilumina, clareia a cena.
Lembranças da velha cantiga,
amores que valeram a pena.
Saudade, bandida, inimiga.
Lua cor que nos condena.
No brilho e amor que nos liga.
Beijo branco
que de longe acena.

Descompasso

Olhos brilhantes na beleza do mar.
Descalços pés de amantes apaixonados.
Esperanças no horizonte a se renovar.
Infantilmente mariscando desejos guardados.

Um carinho sentindo a brisa.
Mesmo pisando na água fria.
É desejo que se realiza.
É sonho de alegria.

À noite nos incandesce
De um salutar querer,
Em silêncio peço a Deus em prece
Pra nunca sem você amanhecer.

Vendo-te acordar pensei com esmero
Naquele momento o que eu mais queria,
Ouvir um eu te amo sincero
Junto com teu beijo de bom dia.

A emoção não te convence
Isso da tua boca não sai,
Calo num abraço comovente
Enquanto uma lágrima sorrateira cai.

Mesmo que em palavras sonegas
Escuto teu coração palpitar.
No descompasso, sem querer entregas,
A tua vontade de também me amar.

Amantes amadores,
Amando amores
Amórficos
Amargos
Amarelos
Amassados

Amaram amestrar,
Amarrando
Amedrontando
Amargurando
Amordaçando
Amortecendo
Amachucar

Se foi amor,
Não foi amável
Não foi amigo
Não foi amante
Não foi amado

Foi-se o amor à morte!
Se amou, amou errado!

Nosso encontro foi como destino
Mas de amantes viramos estranhos
Você me deixou mas seu perfume continua aqui