Poemas da Terra

Cerca de 10167 poemas da Terra

Cada um faça por onde, ter no bolso seus dois vinténs;
Que no céu vai quem merece, na terra vale quem tem.
Se você não acredita, peça fiado a alguém.

Desolação!

No roçado a terra dura
não permite um só grão
devastando a agricultura
que alimenta meu sertão
onde nada se consome
ser mais forte que a fome
só mesmo a dor da solidão.

Olhar poeta

Vejo cheiro de terra
Molhada.
Neste estado apaixonado,
Sinto-me presa
Dos seus braços
Suados, quentes…
Miro tudo de formas
Diferentes; vezo botões
Se transformarem
Em flores.
Veto seus beijos
Em outro

Beijo vagabundo.
Olhar poeta.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

As árvores são fáceis de achar
Ficam plantadas no chão
Mamam do sol pelas folhas
E pela terra
Também bebem água
Cantam no vento
E recebem a chuva de galhos abertos
Há as que dão frutas
E as que dão frutos
As de copa larga
E as que habitam esquilos
As que chovem depois da chuva
As cabeludas, as mais jovens mudas
As árvores ficam paradas
Uma a uma enfileiradas
Na alameda
Crescem pra cima como as pessoas
Mas nunca se deitam
O céu aceitam
Crescem como as pessoas
Mas não são soltas nos passos
São maiores, mas
Ocupam menos espaço
Árvore da vida
Árvore querida
Perdão pelo coração
Que eu desenhei em você
Com o nome do meu amor

Vida eterna

Que na terra onde vivo em meu pequeno mundo, um amor veio em meu ser, ser que na terra meramente mortal, onde você o encontrou, acaso? Mera distração talvez, a terra onde viva nada sou nada sei, sabe que o amor que sinto por ti possa acabar mais quando na terra eu jamais estiver perto de ti por que não viver e nem ter a vida, virar uma mera alma a espera de ti para a eternidade!

Agora, finalmente, estavam começando o Capítulo Um da Grande História que ninguém na terra jamais leu: a história que continua eternamente e na qual cada capítulo é muito melhor do que o anterior.

Nárnia — A Última Batalha

Aqui, na Terra, a fome continua,
A miséria, o luto, e outra vez a fome.

Acendemos cigarros em fogos de napalme
E dizemos amor sem saber o que seja.
Mas fizemos de ti a prova da riqueza,
E também da pobreza, e da fome outra vez.
E pusemos em ti sei lá bem que desejo
De mais alto que nós, e melhor e mais puro.

No jornal, de olhos tensos, soletramos
As vertigens do espaço e maravilhas:
Oceanos salgados que circundam
Ilhas mortas de sede, onde não chove.

Mas o mundo, astronauta, é boa mesa
Onde come, brincando, só a fome,
Só a fome, astronauta, só a fome,
E são brinquedos as bombas de napalme.

José Saramago
Os Poemas Possíveis

Subi no alto da montanha

Coloquei as mãos na terra

O vento tocava o meu rosto

O ar, a terra e eu

Éramos um só elemento

Eu com Deus

OS QUATRO ELEMENTOS

"Seja terra", disse o mestre. "A terra recebe os dejetos de homens e animais, e não é perturbada por isto; muito pelo contrário, transforma as impurezas em adubo, e fertiliza o campo".

"Seja água", disse o mestre. "A água limpa a si mesma, e limpa tudo aquilo que toca. Seja água em torrente".

"Seja fogo", disse o mestre. "O fogo faz a madeira podre transformar-se em luz e calor. Seja o fogo que queima e purifica".

"Seja vento", disse o mestre. "O vento espalha as sementes sobre a terra, faz o fogo arder com mais brilho, empurra as nuvens - para que a água caia sobre todos os homens".


"Se você tiver a paciência da terra, a pureza da água, a força do fogo, e a justiça do vento, você está livre."


(A. D.)

O pequeno espaço dentro do coração
é tão vasto quanto o Universo.
Os Céus e a Terra estão lá,
E o Sol e a Lua e as estrelas.
O fogo e o relâmpago e os ventos estão lá,
E tudo que agora é, e tudo que não é.

The Upanishads

"Com os ventos que sopram do mar e firmeza, meus pés flutuam na terra , nas rochas, nos rios, nos sonhos nas nuvens...
Minha alma cigana não cansa de dançar...
Com os encantos das labaredas que bailam ritmadas nas fogueiras e a magia das cores do arco íris, que despontam no céu após as tempestades de verão...
Minha alma cigana não cansa de caminhar...
Quando preciso de folego,sintonizo nas melodias da vida, respirando as brisas das lembranças do passado, e me alimento das memorias que me lapidam, mas nunca desistindo de seguir.
Com a poeira da estrada escrevo minha história e planto minha selva
Com as flores que ganhei do destino; vou cobrindo cada caminho...
E com a essência do jardim do coração, retiro o amor do existir e perfumo minha alma...”

Lutar pra poder alcançar,
Todo dia é o amanhã,
A terra não gira ao seu redor,
As pessoas não param pra te esperar

MINAS

Eu sou de lá das bandas das Minas Gerais
Das boas estórias, nossas, vou confessar
Terra do povo mineiro, bão, pra se admirar
Leite tirado na hora, roça, e seus arraiais

De volta à estrada das pedras, a retornar
Se daqui parti, voltar é bão, bão demais
Apreciar os planaltos e as estradas Reais
Pão de queijo, broas de milho pra assar

Tem, também, pamonhas e os milharais
Lavorando o cerrado, o caboclo a lavrar
É do Triângulo, donde são meus currais

Imenso céu, as lembranças, põe a sonhar
Araguari, cidade natal, e os velhos locais
É saudade passo a passo disputando olhar

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017

Todas as ações na terra, já foram previstas por Deus, nos mínimos detalhes
(do nascimento a morte), exceto o seu Livre Arbítrio (Construções da Alma)
ele quer isso, algo que interesse a ele, não o que já está feito (por ele)

A terra repleta de céu,
E cada arbusto comum incendiado com Deus,
Mas so aquele que tira os sapatos;
Os outros sentam ao redor e colhem amoras.

Eu poesia,ele prosa
eu ar,ele terra
eu flor,ele espinho...
Ele revolução,eu carinho
E nessa viagem
o amor se perde pelo caminho
na imensidão do vasto mar...
E a vida perde a graça
e antes que o sonho,por completo se desfaça
e que o amor não mais quiser amar
eu vou buscando razões,inventado motivos
pra que as lágrimas parem de chorar.

Vaqueiro.

O trabalho lhe sustenta
e a chuva lhe faz feliz
a terra é quem alimenta
o sertanejo da raiz
o cavalo é a ferramente
e o vaqueiro representa
o nordeste desse país.

Terra ingrata

Filha de uma terra ingrata
Com seus ingratos filhos
Que sem amor se matam
À matam e lhe tornam seu exílio,

Filha de uma filha solitária
Em meio a uma guerra fria
Onde a vida é uma luta diária
Sem artilharia,

Filha única da solidão
E de pai desconhecido
Nessa terra de ingratidão
Onde irmão se torna inimigo.

Nada dura para sempre,
Apenas o céu e a terra..
Isso vai embora
E todo o seu dinheiro
Não comprará outro minuto

Terra boa.

Vem do mar, da agricultura
vem do rio e do terreiro
vem do mel da rapadura
vem das terras do roceiro
do engenho a cana pura
e o nordeste tem fartura
que abastece o mundo inteiro.

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