Poemas da Pátria

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Brasil e Argentina parecem dois bêbados cambaleantes a cabecear nos postes. Só que, enquanto a Argentina parece estar a caminho da economia de mercado, o Brasil parece estar de volta ao bar.

Você já parou pra pensar que
existem pessoas que contam os
minutos para se afastar de você
para você desaparecer,
enquanto isso tem pessoas que
te esperam o dia todo,
só pra te ver, nem que seja um pouquinho
pra poder falar com você?

Afaste-se dessas pessoas negativas e hipócritas.
Elas não te ajudam e darão um jeito de te puxar para baixo! Sempre vão querer que fiquemos no mesmo patamar ou abaixo.
Amadureça e afaste-se!
Você não precisa de fardos na sua vida!

Se eu tivesse de escolher entre trair a minha pátria e trair um amigo, esperaria ter a coragem necessária para trair a minha pátria.

A verdadeira pátria é aquela onde encontramos o maior número de pessoas que se parecem conosco.

Uma pátria compõe-se dos mortos que a fundaram assim como dos vivos que a continuam.

No fundo, talvez o problema da pátria não passe de um problema de linguagem! Onde quer que se encontre, aonde quer que vá, o homem continua a pensar com as palavras e com a sintaxe do seu país.

Se eu conhecesse alguma coisa que fosse útil à minha pátria, mas prejudicial à Europa, ou que fosse útil à Europa, mas prejudicial ao gênero humano, considerá-la-ia um crime.

A pátria é como a mãe, de quem o filho não pode falar como se tratasse de outra mulher.

No Brasil, empresa privada é aquela que é controlada pelo governo, e empresa pública é aquela que ninguém controla.

O Brasil está tonto, perdido entre tecnologias novas cercadas de miséria e estupidez por todos os lados.

O Brasil possui uma falsa democracia. Menos de 10% dos deputados são eleitos pelo voto direto. Mais de 90% é eleito pelo voto de legenda. O povo brasileiro está levando uma rasteira a muito tempo.

Que o dia nasça lindo para todo mundo amanhã. Com um Brasil novo, com uma rapaziada esperta! Valeu…

Não queiras ter pátria, não dividas a terra, não arranques pedaços ao mar. Nasce bem alto, que todas as coisas serão tuas...

CLAMOR

Em nome da Farda
Dedicamo-nos à Pátria,
Curvamo-nos ao Governo,
Obedecemos a Corporação,
Servimos a Sociedade,
Submetemo-nos à Imprensa,
Ausentamo-nos de Nossa Família...

Em nome da Segurança
A Pátria nos ostenta,
O Governo nos mantém,
A Corporação nos empenha,
A Sociedade nos cobra,
A Imprensa nos expõe,
Nossa Família nos lamenta...

Em nome da Honra
Clamamos:
Pátria, nos fortaleça!
Governo, nos valide!
Corporação, nos defenda!
Sociedade, nos apoie!
Imprensa, nos dignifique!
Nossa Família, não nos esqueça...

O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?

Gabriel O Pensador

Nota: Trecho da letra da música "Racismo é Burrice"

Central do Brasil

Que estranho grupo,
matinal,
eu vejo todos os dias
na central.
Velhos mendigos, bêbados inocentes,
reticentes:
débeis mentais maltrapilhos,
prostitutas insones,
no roldão do povo
de rostos sem nome,
derramado.

O homem a bater
com a tábua
nas árvores incrédulas.
O pastor que prega,
em péssimo português,
ao povo que passa,
com pressa,
já sem convicção,
nem religião.
De quando em vez,
um ladrão!

A professora-criança
de livros e sacolas,
em demanda da escola.
Amostragem de um povo
brasileiro,
na luta sem tréguas,
do dia-a-dia.
Na busca do pão nosso
de cada dia,
em várias formas,
nos diversos caminhos,
das ilusões,
de tantos corações
que formam o grande vazio
sem esperança.

Povo-formiga, rude, grosseiro,
sujo, suado,
que não olha para trás,
mal humorado,
que cospe no chão
do vagão,
que viaja nas portas
do trem,
pingentes da morte,
no vai-e-vem
da sorte.
Povo-Brasil
amalgamado
no afã da sobrevivência.
Gado-humano a desembocar
no matadouro.
Quem crê em ti fantasma?
EU!

Brasil

Acreditar num país tão injusto
Onde crianças sofrem com insultos
Vendendo balas no farol
E dormindo sem ter um lençol.

Saudades da ditadura e da repressão
Hoje sofremos como uma regressão
De um país sofrido e calado
Diante de uma nova inquisição

Os governantes não enxergam
As crianças tentam apenas falar
As pessoas não conseguem ouvir
Que algo nesse país precisa melhorar

E o olhar triste de uma criança
Alimentando a fome com a sua esperança
De um país hoje sem liderança
E de promessas de mudanças

Hoje ela deita para dormir
Dorme em cima de papelão rasgado
Com fome, sede e sem um destino a seguir
Que ontem foi o lixo de um deputado

E amanha começa tudo de novo
E o menino anda de um jeito calado
Malabarismo na frente do povo
E muito dinheiro correndo no senado.

Mas eu acredito nesse país chamado Brasil
que em seus lindos campos tem mais flores
Amanha serão formados novos doutores
Para defender aumento de senadores.

Eu tava aqui pensando, pensando... no ano dois mil e vinte como será que vai estar o Brasil?
Será que vai ter floresta, pelo menos uma?
Será que ainda vai ter um índio, dois, uma tribozinha?
Será que vão sobreviver, heim gente?
Será que a gente aguenta?
Derrepente os trombadinhas crescem e viram políticos, que pena. É, o Brasil é tão bonito, não é?
Um país doido este...

PORTUGAL

Seca-me a boca por ti, ó pátria decapitada,
porque hoje em ti o lugar está
deserto de alma ferida e abandonada...

Seca os olhos porque os que por ti
entraram eram como mensageiros,
profetas e poetas semi-adormecidos
pela preguiça causa por tão poucos.

E vós, ó aves de rapina, que devorais
ate a própria manhã clara,
porem a pátria amada, submissa e cansada
teus filhos fugiram de ti antes de qualquer dor e mágoa.

Tu que eras a invicta, a mãe minha e pátria semi-acabada,
tu que tinhas sobre ti as caravelas e os heróis escrito nas estrelas,
sim, tu que vinhas por esses mares escuros
e tu que desafiastes o Adamastor,
hoje em ti não resta mais nada de nada...
porque todos os teus filhos choram
por ti, ó pátria minha e amada.

Peregrinos e mensageiros teus filhos se tornaram,
desterrados e abandonados por todos aqueles
que nada sabem e nada fazem.

Bastardos e corrompidos pela loucura de uma Europa
sem luz... loucos e guias de cegos,
amantes de si mesmos que venderam a própria mãe
como escrava às nações e reinos distantes.

Porém um dia teus filhos hão de voltar,
mais fortes porque o amor por ti é infinito
ó pátria minha senhora e amada.

Teu império ainda não está cumprido
e tua chama ainda não está apagada,
pois voltaremos do desterro
antes que chegue a madrugada.

E tu, ó pátria minha e abandonada,
julgarás nesse dia,
um por um de todos aqueles
que te venderam a preço de nada
e serás reedificada.