Poemas da Juventude de Paulo Coelho
Permita-me o deleite entorpecente de teus beijos,
Permita que eu me entregue,
Com tudo o que tenho,
Mesmo que seja mais do que possa...
Por estar nele, sou o mais feliz do mundo!
Porque basto-me em teus lábios...
Por poder tocá-los, sou o mais feliz do mundo!
Porque basto-me em ti...
E nesse inferno de viver,
Vivo meus dias
Caminhando por estradas que não me proporcionam uma sombra agradável,
Caminho sem descansar, não por apção
Mas por não ter onde parar.
Eternidade
Tudo tem um fim
Nada na vida é eterno
Nada... além de nossas lembranças
Nada... além de nossos sentimentos
Tudo fica... não para ser palpável
Fica... para sabermos que somos capazes
De sentimentos...
De lembranças...
De momentos...
Para termos consciência de que devemos ter fé
Pois na vida...
Tudo se supera,
Por mais difícil que seja,
Não há dor que sempre dure,
Nem momentos, ou pessoas, que possam ser esquecidas.
O que vivestes de bom
Está na tua memória,
E dela ninguém te priva;
Ergue a cabeça e segue em frente
Amanhã o sol vai raiar,
E por mais que lágrimas teimosas rolem por teu rosto
Sempre serás capaz de sorrir.
A vida passa, ora, a vida muda, e passa!
Os sonhos ficam, estrelas brilham - até amanhecer - e os filhos crescem.
Um momento!
A vida passa,
E a história continua!
Seus sonhos não tem fim!
É só você não abandoná-los,
E eles continuarão bem ali,
Ao seu lado,
Na sua mente.
Eles são eternos!
Sim, eu já chorei...
Mas já ri muito mais.
Frio? Sim, já senti...
Mas, felizmente, tive alguém para me aquecer.
Cedo
Hoje acordei cedo...
Dei bom dia ao sol.
Acordei cedo...
Só para sentir na minha pele toda a suavidade do sereno da manhã.
Cedo...
Para viver um pouco mais.
Para ver os primeiros feixes de sol beijando minha face.
Para respirar da brisa leve e fresca das manhãs de inverno.
Acordei cedo e abri a janela...
Para contemplar lá no horizonte todos os meus sonhos.
Abri as janelas da alma e do coração...
Para o ar fresco circular aqui dentro,
E carregar tudo o que há de impuro aqui dentro.
Eu acordei cedo...
E ouvi os pássaros cantando uma melodia suave... suave...
Acordei cedo...
Para começar a realizar todos os meus sonhos.
Acordei cedo...
Para dar um sorriso a mais.
Para fazer uma pequenina prece de agradecimento.
Eui acordei cedo...
Para sentir o perfume das rosas orvalhadas... como é bom!
Hoje, acordei...
Para pensar em ti...
Em nós.
Acordei cedo,
Pra ter mais tempo pra te falar de tudo o que sinto.
Cedo... somente pra ter mais alguns minutos ao teu lado.
Eu acordei cedo...
Pra dizer hoje...
O quanto te amo.
Cedo... porque depois, poderia ser muito tarde.
Acordei cedo,
Pra dizer...
Te amo!
Acordei cedo e abri a janela...
Para contemplar lá no horizonte todos os meus sonhos.
Abri as janelas da alma e do coração...
Para o ar fresco circular aqui dentro,
E carregar tudo o que há de impuro aqui dentro.
Sou criança;
Quando se trata de relacionamento,
Sou uma criança,
Sendo assim, ignorando o que apararento,
Minha paixão difícil se alcança.
Mas, quando assim me conquista
Não há o que se arrepender
Pois não irei esconder
O quão amor, sinto por você
Chorei sem olhar para trás mas meu coração pedia
algo diferente. Minha honra é coisa maior mesmo
que seja
pior o castigo da gente.
Chorei em frente ao espelho de tristeza e orgulho por uma
missão comprida, e faria tudo denovo me afastando do meu povo para salvar suas vidas.
MENINA BATALHADORA
Háa! Como doi saber, sou filha de alfaiate mãe doméstica
sempre tive um sonho, de fazer nível superior mas veja só a ginástica,
pai alfaiate “conta própria” pouco ganha, mãe doméstica cinco filhos para sustentar,
menina! Eu fiz nível médio graças a Deus e a Dona Boaventura que está a pacientar!
Boaventura Kanimanbo! Atribui se até um sobre nome! Cresce menina e batalha ligeiro,
aprendi línguas através de ajudas de amigos e Dona Boaventura, com as línguas
consegui abrir uma mini-escola de línguas, onde ensinava e acumulava dinheiro
para a formação Superior, tentei em três instituições só foram léguas drásticas!
Não perdi esperança filha de pobres! Continua e um dia consegui um curso no ensino privado,
pai desinteressado com a formação da menina, parei de dar explicação e acabei o dinheiro com as mensalidades! Chiquitáu para Dona Boaventura! Quero ver filha formada mas não tenho emprego, filha vá! Força e fique tranquila três meses depois não há mensalidade!
O que eu faço! Será que nasci para merecer isso..?
O GALO
Na Cruz principia o sentido do meu canto.
Fiel ao tempo, esta planície que ignoro,
desperto os sinos, os lençóis, a pressa,
o repetido exercício da vida humana.
No último dia, quando se confundirem céus
e terra, ainda estarei ali e levantarei
minha garganta ao Senhor, pedindo a graça
de permanecer em silêncio, sem mais os dias,
sem mais os homens.
em " Poemas do quintal"
A LESMA
Senhor, não me confiaste a graça da beleza,
não mereci a rapidez da corça
nem ganhei plumas que me dessem cores.
Lentamente, sobre o chão que me deste,
busco entender o que me foi destinado.
O aljôfar das noites inutilmente passa em minha pele.
Castiga-me a nitidez do sol como uma idéia fixa.
Sou só.
Na multidão de Teus seres perco-me para encontrar
o que me salvaria.
Fiel à sem-razão de não ser nada,
peço, Senhor, que estendas sobre mim
a piedade dos homens.
E que uma vez, uma só vez,
movido por algum sentimento que ignoro,
alguém me tome em suas mãos
como quem colhe flores.
em " Poemas do quintal"
A Faixa mais bonita não é a branca, nem a verde e muito menos a Preta!
A Faixa mais bonita é aquela conquistada com dedicação, esforço e trabalho sério.
Essa não tem cor e muito menos Preço!
POETERNIZAR
A poesia insiste diante de nós.
De tão apressados, não a vemos;
de tão racionais, não a sentimos;
de tão pesados, não a carregamos.
Mas o poeta consegue percebê-la.
Ele é o porta-voz dos sentimentos.
É quem caminha na direção inexata,
marcando encontro com a inspiração,
sem lugar determinado ou definido.
Versar-se ofegante do verbo sentir.
Oxigênio, hidrogênio, nitrogênio;
o poeta também inspira tudo isso,
mas expira o “oxi”, o “hidro” e o “nitro”...
e suspira o “gênio” ao escrever poesia.
Que seria do papel, não fosse o poeta?
Ninguém torna-se poeta; revela-se.
Não se apresenta e nem se aposenta.
Assim, nasce poeta, vive poeta,
até chegar o derradeiro dia,
em que rende-se de vez à poesia!
neste lugar solitário
o homem toda a manhã
tem o porte estatuário
de um pensador de Rodin
neste lugar solitário
extravasa sem sursis
como um confessionário
o mais íntimo de si
neste lugar solitário
arúspice desentranha
o aflito vocabulário
de suas próprias entranhas
neste lugar solitário
faz a conta doída:
em lançamentos diários
a soma de sua vida
Eu vi um ângulo obtuso
Ficar inteligente
E a boca da noite
Palitar os dentes.
Vi um braço de mar
Coçando o sovaco
E também dois tatus
Jogando buraco.
Eu vi um nó cego
Andando de bengala
E vi uma andorinha
Arrumando a mala.
Vi um pé de vento
Calçar as botinas
E o seu cavalo-motor
Sacudir as crinas.
Vi uma mosca entrando
Em boca fechada
E um beco sem saída
Que não tinha entrada.
É a pura verdade,
A mais nem um til,
E tudo aconteceu
Num primeiro de abril.
Um homem
que se preocupava demais
com coisas sem importância
acabou ficando com a cabeça cheia de minhocas.
Um amigo lhe deu então a ideia
de usar as minhocas
numa pescaria para se distrair das preocupações.
O homem se distraiu tanto
pescando
que sua cabeça ficou leve
como um balão
e foi subindo pelo ar
até sumir nas nuvens.
Onde será que foi parar?
Não sei
nem quero me preocupar com isso.
Vou mais é pescar.
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