Poemas da Juventude de Paulo Coelho

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Há muita gente infeliz por não saber tolerar com resignação a sua própria insignificância.

Custa menos ao nosso amor-próprio caluniar a sorte do que acusar a nossa má conduta.

O destino, como todos os dramaturgos, não anuncia as peripécias nem o desfecho.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

Se fosse possível somente deslizar para os braços da mulher e no entanto não cair nas suas mãos.

Para aplicar a pena de morte, a sociedade deveria ostentar a autoridade moral de não ter contribuído em nada para fabricar esse criminoso.

Todas as grandes personagens começaram por serem crianças, mas poucas se recordam disso.

As viagens dão uma grande abertura à mente: saímos do círculo de preconceitos do próprio país e não nos sentimos dispostos a assumir aqueles dos estrangeiros.

O pensamento, único tesouro que Deus põe fora do alcance de todo o poder e guarda como um elo secreto entre os infelizes e Ele próprio.

Os grandes erram sempre ao brincar com os seus inferiores. A brincadeira é um jogo, e um jogo pressupõe igualdade.

Feliz de quem recebeu do céu um pedaço de pão e não precisa de agradecer a ninguém além do próprio céu.

Achar em tudo desordem é prova de supina ignorância; descobrir ordem e sistema em tudo é demonstração de profundo saber.

Os regulamentos assemelham-se aos ritos de uma religião, que parecem absurdos, mas moldam os homens.

Os velhos invejam a saúde e vigor dos moços, estes não invejam o juízo e a prudência dos velhos: uns conhecem o que perderam, os outros desconhecem o que lhes falta.

Nunca devemos admitir como causa daquilo que não compreendemos algo que ainda entendemos menos.

É uma experiência eterna de que todos os homens com poder são tentados a abusar.

Se eu fosse um fabricante de livros, faria um registo comentado das diversas mortes. Quem ensinasse os homens a morrer, ensiná-los-ia a viver.

Se colocares numa parte da balança as vantagens e na outra as desvantagens, perceberás que uma paz injusta é muito melhor do que uma guerra justa.

Erasmo de Roterdã
"The Collected Works of Erasmus". Toronto: University of Toronto Press, 1974.

A aparência das virtudes é muito mais sedutora do que as próprias virtudes, e quem se vangloria de as possuir tem grande vantagem sobre quem realmente as possui.

A liberdade leva à desordem, a desordem à repressão, e a repressão novamente à liberdade.

Não se deve julgar o mérito de um homem pelas suas grandes qualidades, mas pelo uso que sabe fazer delas.