Poemas Curtos

Como chegar para alguém e dizer de repente eu te amo para depois explicar que esse amor independia de qualquer solicitação (...)?

Não consigo aceitar nenhum tipo de amor porque nenhum tipo de amor me parece do tamanho do buraco que eu me tornei.
Se alguém me abraçar ou me der as mãos, vai cair solitário do outro lado de mim.

Porque amor é justamente isso, é ficar inseguro, é ter aquele medo de perder a pessoa todo dia, é ter medo de se perder todo dia. É você se ver mergulhado, enredado, em algo que você não tem mais controle.

Se um dia um único homem atingir a mais alta qualidade do amor, então será o suficiente para apagar o ódio de milhões.

Porque amor é muito mais que palavras e declarações. Precisa de gesto, jeito, e algum propósito bonito que caiba na vida da gente...

(...) Tenham coragem, sejam capazes de amar, mesmo que o amor pareça uma coisa traiçoeira e terrível. Alegrem-se no amor. Alegrem-se na vitória. Sigam o que o seus corações mandarem.

Será que é tão difícil aceitar o amor como ele é e deixar que ele vá e nos leve para todo lugar como AQUI.
Será que é melhor deixar essa nuvem passar e você vai saber de onde vim, pra onde vou e que estou AQUI...

Um amor deve servir de trampolim para nossos saltos ornamentais, não para provocar escorregões e vexames.

Encontrei o amor. Ele não é real, mas que se há de fazer? A gente não pode ter tudo na vida.

No fundo, a gente dá para as pessoas o carinho e amor que queremos receber de volta.

Me enxergue com olhos novos também e vamos tornar real o que em nós sempre foi uma fraude, o amor.

Quem, como eu, estava chamando o medo de amor? e querer, de amor? e precisar, de amor?

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

O amor, qualquer amor, quando maduro, não pede, tem. Não reivindica, consegue. Não percebe, recebe. Não exige, oferece. Não pergunta, adivinha. Existe para fazer feliz.

(...) É incontrolável te odiar hoje, meu amor, dá para entender, querido? É incontrolável não ser irônica hoje, chuchu.

Não fosse amor, não haveria desejo, nem medo da solidão. Se não fosse amor não haveria saudade, nem o meu pensamento o tempo todo em você.

Nunca-mais o amor. Era o que mais doía, e de todas as tantas dores, essa a única que jamais confessaria.

Nenhum amor é igual ao outro, logo, as dores também deixam cicatrizes particulares.

E a revolta de súbito me tomou: então não podia eu me entregar desprevenida ao amor?

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Perdoando Deus.

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Amor é achar bonita uma bota, amor é gostar da cor rara de um homem que não é negro, amor é rir de amor a um anel que brilha.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto A menor mulher do mundo.

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Amor é quando eu não consigo prestar atenção na aula, porque estou muito ocupado escrevendo o primeiro nome dela com o meu último nome.

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