Poemas com Rimas de minha Rua
Oh, minha distante e desejada amada, se você prestar atenção ao sussurro do vento que baila entre as árvores, ouvirá o canto choroso e lamurioso de minha alma a clamar por sua presença ao meu lado.
Pode parecer besteira mas você realmente tá me fazendo ficar mais leve nesse caos aqui da minha mente. Seu sorriso faz tudo ficar em silêncio e me traz de volta a realidade sempre esse sorriso malditamente lindo qualquer defesa que eu tenha e destruído por esse sorriso
O passado se foi e se iniciou um novo ciclo em minha vida. Parece até que somos outra pessoa fazendo tudo diferente dos anos anteriores. Hora de melhorar o que foi feito e esquecer as coisas antigas e viver coisas novas. Abrir a janela, olhar para o céu , contemplar o sol e agradecer a Deus por mais um dia que está nos dando para tentar mais uma vez ser feliz. Agradecer os livramentos e saber que estamos aqui, vivos para realizar tudo aquilo que não realizamos. Viver a vida com mais felicidade e contar com aquelas pessoas que você sabe que estarão com você independente do porquê, independente do motivo do seu choro. Aproveite essa chuva pra lavar toda a sujeira e, no fim, aguarde o belo arco-íris que irá sair. Olhe para você e cuide de você. Acorde pra vida.
Eu sempre voto nulo, pois o que importa pra mim é manter minha consciência limpa, não enfatizar a vontade dos opressores.
Curiosa, minha filha Júlia de três anos, perguntou-me com ares de segredo: "Pai; o que é uma surra?". Gaguejei. Baixei a voz e quis saber onde ouvira a palavra. Ouvira de um coleguinha na escola em que a mãe trabalha, que dissera ter levado uma. Pelo tom da voz, a Júlia sabia que não era boa coisa, e certamente o coleguinha surrado não fez boa expressão, ao dar a notícia.
Não tive coragem de dizer. Talvez devesse, não sei o que diriam os "educocratas", mas não tive. Convergi nossa conversa para coisas mais produtivas. É claro que ela saberá logo o que é uma surra, não graças a mim, mas acho que posso adiar um pouco. E na verdade, fico feliz por ter uma filha que vive num mundo (o de nossa casa) que ainda não registrou a palavra em seu glossário.
Escondi-me na minha mente e observei secretamente os meus pensamentos, e confirmei que todos tinham o teu sorriso.
Metade da minha inteligência absorveu a metade do meu desconhecimento, as outras metades de ambas, confrontam-se diariamente na progressão da minha existência.
Carrego um manicómio nas mais diversas áreas da minha existência que, utilizo ao longo da minha lucidez.
Quando encontro a minha solidão, fixo o olhar no silêncio e consigo ver-te. Nesse meditativo momento, reparo que intimamente não estou só.
A minha alma coabita no meu corpo, esta intensa convivência torna-me eternamente inseparável da vida: até à chegada da humana mortalidade.
Vou mochilar até às extremidades internas do silêncio: escuto a minha alma e o vocabulário da Natureza.
— O que é o Amor?
— Amor é: a minha mortalidade humana unificada à imortalidade do que sinto por ti.
A minha existência, para ti, estará sempre aberta. A minha ausência, para ti, estará sempre fechada.
A saudade que sinto por ti não é instantânea. É uma saudade que quero devolver-te com a minha boca a escorrer poemas.
A tua alma disse para a minha alma: adoro quando tu tiras-me a roupa e vagarosamente
tiras-me o corpo.