Poemas com Rimas de minha Rua
Cada dia que passa, Percebo que não aproveitei minha adolescência como deveria, e a vida adulta chega arrombando a porta sem aviso prévio.
Escondi-me na minha mente e observei secretamente os meus pensamentos, e confirmei que todos tinham o teu sorriso.
Metade da minha inteligência absorveu a metade do meu desconhecimento, as outras metades de ambas, confrontam-se diariamente na progressão da minha existência.
Carrego um manicómio nas mais diversas áreas da minha existência que, utilizo ao longo da minha lucidez.
Quando encontro a minha solidão, fixo o olhar no silêncio e consigo ver-te. Nesse meditativo momento, reparo que intimamente não estou só.
A minha alma coabita no meu corpo, esta intensa convivência torna-me eternamente inseparável da vida: até à chegada da humana mortalidade.
Vou mochilar até às extremidades internas do silêncio: escuto a minha alma e o vocabulário da Natureza.
— O que é o Amor?
— Amor é: a minha mortalidade humana unificada à imortalidade do que sinto por ti.
A minha existência, para ti, estará sempre aberta. A minha ausência, para ti, estará sempre fechada.
A saudade que sinto por ti não é instantânea. É uma saudade que quero devolver-te com a minha boca a escorrer poemas.
A tua alma disse para a minha alma: adoro quando tu tiras-me a roupa e vagarosamente
tiras-me o corpo.
O tempo corre velozmente e leva a vida nessa inalterável corrida, e antes que a minha vida alcance a meta, quero dizer-te que amei-te em todo o percurso.
Eu apenas queria desabafar minha dor sem incomodar a ninguém. Eu queria saber só se você está bem porque se não estiver eu sofrerei junto com você.
