Poemas com Rimas de minha Rua

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Que náusea de vida!
Que abjecção esta regularidade!
Que sono este ser assim!

Inserida por lobothais

Tudo é expressão.
Neste momento, não importa o que eu te diga
Voa de mim como uma incontenção de alma ou como um afago.
Minhas tristezas, minhas alegrias
Meus desejos são teus, toma, leva-os contigo!
És branca, muito branca
E eu sou quase eterno para o teu carinho.
Não quero dizer nem que te adoro
Nem que tanto me esqueço de ti
Quero dizer-te em outras palavras todos os votos de amor jamais sonhados
Alóvena, ebaente
Puríssima, feita para morrer...

Inserida por ccazi

DIANTE DAS FOTOS DE EVANDRO TEIXEIRA

A pessoa, o lugar, o objeto
estão expostos e escondidos
ao mesmo tempo, sob a luz,
e dois olhos não são bastantes
para captar o que se oculta
no rápido florir de um gesto.

É preciso que a lente mágica
enriqueça a visão humana
e do real de cada coisa
um mais seco real extraia
para que penetremos fundo
no puro enigma das imagens.

Fotografia-é o codinome
da mais aguda percepção
que a nós mesmos nos vai mostrando,
e da evanescência de tudo
edifica uma permanência,
cristal do tempo no papel.

Das lutas de rua no Rio
em 68, que nos resta,
mais positivo, mais queimante
do que as fotos acusadoras,
tão vivas hoje como então,
a lembrar como exorcizar?

Marcas de enchente e de despejo,
o cadáver insepultável,
o colchão atirado ao vento,
a lodosa, podre favela,
o mendigo de Nova York,
a moça em flor no Jóquei Clube,

Garrincha e Nureyev, dança
de dois destinos, mães-de-santo
na praia-templo de Ipanema,
a dama estranha de Ouro Preto,
a dor da América Latina,
mitos não são, pois que são fotos.

Fotografia: arma de amor,
de justiça e conhecimento,
pelas sete partes do mundo,
viajas, surpreendes, testemunhas
a tormentosa vida do homem
e a esperança de brotar das cinzas.

Inserida por cacaufernandes

Há maquinas terrívelmente complicadas para as necessidades mais simples.
Se quer fumar um cachuto aperte um botão,
Paletós abotoam-se por eletricidade,
Amor e faz pelo sem-fio,
Não precisa estômago para digestão (...)

Inserida por tuud

Eterno! Eterno!
O Padre Eterno,
a vida eterna,
o fogo eterno.

(Le silence éternel de ces espaces infinis m'effraie.)

— O que é eterno, Yayá Lindinha?
— Ingrato! é o amor que te tenho.

Eternalidade eternite eternaltivamente
eternuávamos
eternissíssimo

A cada instante se criam novas categorias do eterno.

Eterna é a flor que se fana
se soube florir
é o menino recém-nascido
antes que lhe dêem nome e lhe comuniquem o sentimento do efêmero
é o gesto de enlaçar e beijar
na visita do amor às almas
eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo
mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma
[força o resgata
é minha mãe em mim que a estou pensando
de tanto que a perdi de não pensá-la
é o que se pensa em nós se estamos loucos
é tudo que passou, porque passou
é tudo que não passa, pois não houve
eternas as palavras, eternos os pensamentos; e
[passageiras as obras.
Eterno, mas até quando? é esse marulho em nós de um
[mar profundo.
Naufragamos sem praia; e na solidão dos botos
[afundamos.
É tentação a vertigem; e também a pirueta dos ébrios.
Eternos! Eternos, miseravelmente.
O relógio no pulso é nosso confidente.

Mas eu não quero ser senão eterno.

Inserida por annefreitas

O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.

Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.

Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Inserida por usuario438345

Minha vida é um país... cheio de estados abandonados, cidades citiadas, bairros desconhecidos, ruas sem saídas e encruzilhadas onde me perco a te procurar.
Sei que se esconde de mim, por isso decidi deixar-te livre, pode até parecer covardia, mas foi apenas uma forma que encontrei de voltar a minha casa chamada Amor próprio.

Ser popular é diferente de ser famoso. O sujeito que varre a minha rua é popular.

Senhor sinto a tua presença, na igreja, em minha casa, na rua, na escola...!
em qualquer lugar, eu não paro de te adorar...Pai,
preciso tanto de ti, Espirito Santo nunca se afaste de mim, sou fraca, sou barro, pó e cinza, sou nada, mas Tu Deus; estar comigo...Obrigada por estar sempre ao meu lado, me dando forças para suportar tudo... te amo Senhor' ♥

Nada abala a minha fé
Desde sempre é assim que é
Na luta na rua nos corres sempre pronto
Sigo firme na trilha voando ou a pé.

FACULDADE

Minha faculdade é a rua!
Formei-me em Letras,
História e Geografia.

Fiz letra de samba,
Letra de rap,
Letra de forma,
Letra de mão,
Letra de pixo,
Letra de grafite.

Fiz histórias nas ruas!
Contei histórias da vida,
Histórias de manos e minas,
Histórias do cotidiano…
Histórias de miliano,
Histórias verídicas.

Andei pelos guetos, becos,
Observei os terrenos baldios,
Construí poemas de madeira,
Barracos de papel.

Observei os arranhas céus
Os córregos poluídos.


Minha faculdade é a rua!
Formei-me em Letras,
História e Geografia.

Meu Cavalo ainda é branco...
Minha rua ainda é a ladrilhar...
Os meus sonhos, ainda de menina, que cresceu sorrindo pra vida...

RECORDAÇÕES

Pela janela do ônibus vislumbro a velha rua da minha infância,

As casa, as calçadas de cimento partido, tudo como antes...

Sem grandes mudanças, a não ser as pequenas árvores, que cresceram

Os antigos amigos e as brincadeiras que também se foram,

Mas há outras crianças brincando, nas mesmas ruas que brinquei.

A velha casa lá... batida pelo tempo, mas em pé, assim, como eu, marcada

Pela vida, mas vivendo cheia de lembranças.....

O ônibus vai passando e eu recordando.

O tempo bom, a vida sem problemas, a felicidade inocente do primeiro amor,

Passo no ônibus pela minha antiga rua.

E vou passando pela minha vida, levando lições amargas, mas também muitas lembranças boas das coisas e pessoas que vieram e passaram…

E levo comigo a esperança de coisas novas e boas que ainda virão…

Hoje passei pelas ruas de minha infância…
Senti o cheiro que perfuma a rua até hoje…
A Dama da Noite ainda está lá…
Deixando a rua com o ar de primavera…
A lembrança do perfume e dos risos…
Do aroma das brincadeiras e da alegria de ser criança…
Porém, hoje não havia mais ninguém na rua…
Não ouvi os sorrisos soltos,
Não vi olhos brilhantes das crianças livres…
Não havia nada!!!!
Ninguém estava lá…
Só a Dama da Noite ainda está por lá…
Ela ainda está no mesmo lugar…
A noite está perfeita..
A lua canta a canção de ficar pela rua,
Dançando ao sereno,
Mas ninguém estava lá para o cantar a canção de serenar..
Revi as casas…
Revivi a minha infãncia…
Depois, guardei meu sorriso,
Mas não calei meu canto…
Voltei de lá solfejando a minha infânia,
Com a alma renovada pelo perfume que só existe lá….

SAUDADE

Arranca esta saudade que ela é tua
Abriga a minha vida além da rua
Dorme comigo, no teu lugar
Que há inesperado além da lua.

E a tua mão que vá chegue à altura
A minha boca cabe a fruta crua.
Rebate o sol, com minha sombra dura
Me orienta nesta procura.

Vais me levando na própria procura
Não priva o meu amor esta doçura
Invade a casa, águas da chuva
E me concebe, de novo alvura.

Responde os versos que eu te escrevi
Da sombra que fostes por mim vivi
Além de mim tu compactuas
O meu vexame, minha amargura.

E agora tomado de amor saí
O amor louco que por ti aprendi
A intensa minha, toda esta clara
Que em ti achei que há pouco vi.

Se esta rua fosse minha,
Ela seria feliz.
Nela, estariam vivas mais memórias lindas
Do que lembranças tristes.
Haveria mais risos, ao invés de suspiros.
Haveria mais amor, do que dissabor.
Haveria mais alegrias do que noites frias.
Mais companhia do que cama vazia.
Mas aqui, os dias são mais cinzas,
A poesia é quase uma melancolia.
A harmonia é na solidão, e não na empatia.
Se esta rua fosse mesmo a minha,
Ela seria de amor, e não de dor.
Ela seria o meu refúgio, e não o meu amargor.
Ela seria um encontro gostoso, e não um evento choroso.
Nela, morariam tantas lembranças perfeitas, que as rachaduras seriam desfeitas.
Se esta rua fosse, enfim, a minha,
Eu mandaria ladrilhar…
Mas como não é, eu tenho outros caminhos a trilhar.
Outras ruas pra passar.
Outras memórias pra, com afeto, criar, e para depois, com satisfação, recordar.
Se esta rua fosse minha,
ela seria de brilhantes,
para o meu amor passar… e ficar.
Mas ela é de pedra, arrogante,
e o amor só pode atravessá-la
rumo a outro lugar, bem distante daqui.
E nesta rua há, de fato, um bosque:
escuro, cheio de solidão.
Para este amor, só restou a morte,
e o renascimento em outro coração.

Sem saber ao certo o que fazia, comecei a perambular pelas rua desertas e fui até onde minha indolência me conduzia. Não tinha rumo determinado, era apenas uma mulher dominada pela beleza noturna, divagando pelas ruas, com a cabeça pesada de recordações e a alma repleta de sonhos.

Eu simplesmente caminhava, e meus passos soavam estranhamente dentro da noite, eu olhava o chão, distraída, assombrada algumas vezes com as sombras formadas pela iluminação dos postes.

Quando levantei o rosto, surpreendi-me. Comecei a reconhecer o local: sem saber eu percorria aqueles mesmos locais onde havíamos ido juntos, lado a lado... Sem querer eu retornava aos caminhos onde toda a minha felicidade se havia esvaído no coração, num delírio de alegria.

Meus olhos então se encheram de lágrimas ao ver aqueles recantos tristes. As próprias pedras do caminho pareciam ter uma história para contar, e o luar que do céu me olhava não parecia indiferente, pois sua luz noturna parecia chorar de tristeza, como se compreendesse que uma dor imensa vivia em minha alma. E até na luz das estrelas havia uma interrogação.

Perguntavam por você, perguntavam por que eu era mais um coração solitário perdido dentro da noite.

A resposta foi dada pelos meus olhos que derramaram duas, apenas duas lágrimas, frutos de uma dor imensa que sufocava um soluço em minha garganta, era o amor...

Inserida por naylamendes

A rua estava tao quieta que eu podia ouvir perfeitamente a minha propria respiracao.



Talves seja a noite que traga esta sensacao de que tudo esta paz.



Uma quietude falsa, pulsando nas minhas veias.



O chao ainda molhado pela garoa, faz barulho ao ser pisado pelo meu salto.



Nao sei que lugar e este, mas sei bem onde estou indo.



Estou parada em frente a porta, a mao na macaneta,



nem precisaria abrir para saber quem esta la.



Quando a folha de vidro se abra estamos separados por quatro passos.



Esta distancia nao existe com seus olhos nos meus



posso sentir o cheiro da sua pele e o calor do seu abraco.



Nao consigo me mexer, nao consigo pensar com seu rosto colado ao meu,



nao consigo respirar com sua mao na minha nuca...






trimmmmmmmmmm



Nao , nao, nao de novo nao....



Maldito despertador!

Inserida por Starr

ENDEREÇO

A minha morada fica
Em meio à Rua do Amor;
Uma placa a identifica:
“Aqui mora um sonhador!”

Inserida por antoniocostta

O Homem do Biju

"O homem do biju
não passa mais na minha rua...
Já não bate mais
sua catraca na calçada...
Nesta minha triste rua,
sem criança,
não sei por que
deixaste de passar... homem do biju...
Não sabias
e nunca saberás
que da minha janela
eu te espiava
e com o olhar
te acompanhava,
até te perderes
num canto escuro da virada...
Penso em ti
homem do biju
dono que foste sem saber
de algumas horas da minha vida..."

Inserida por celiabianco