Poemas Bonitos

Olho teus olhos
Tantos olhos
Todos os olhos
Olhos que olham
E todos olham
Os meus olhos
Nos olhos que
Não olham
Olhos
Que todos olham
Olham teus olhos
Olhos nos olhos

Alma inquieta
Tomada pela noite
Em busca de alma
Vagante sem rumo
Alma alada

Chinelinho verde
Pisou num sapo no portão
Dei um grito
Peguei sapinho na mão

Um dia eu pensei: Por que tudo está dando errado?
Pensei...
Pensei e pensei...
E depois de muito tempo cheguei à conclusão de que
talvez seja porque penso demais.

Passo os olhos no que vejo
Naquilo que for belo ou não
E levo comigo
Para fazer durar o
Durante

No momento do calor
Quero tomar banhos de chuva
E sentir cada pingo
Água da chuva descer
Pelos calcanhares e descalço
Darei então muitas risadas
Por sentir cócegas nas plantas dos pés

Quero me aquecer junto
Das lavas do vulcão e
Mergulho de cabeça
e que tudo mais
Vá pro inferno

Coração
O quer tanto
Acuda
Não esqueça
Não negue

Sinto saudade
Choro
Imploro

Quase morro
Quer queira ou não
Silencio
Dói

Uma flor
Um beija-flor
Com doce perfume

Beija-flor
Vizinha abelha
Visita flor em flor

Beija-flor abelha
Sugando cada gota
Néctar pólen doce mel

A beleza no mar
No silêncio do olhar
A onda vem lamber a areia

Levando toda a dor
Onda branca feito renda
Vão e vem teu íntimo sentir

Quanta candura
No seu olhar
Nada teme nem a ninguém
Quer apenas amar
Até que se queima
Sofre
Chora
Depois que esquece a dor
Nasce outra vez

Que os ventos me tragam
A brisa da primavera
Acariciando meu rosto
Com o perfume das flores

Palavras procurando respostas
Minha alma exclama
São acertos e erros
Posso cair
Posso ferir
Mais não posso desistir
Coragem está dentro de nós
Isso é viver

Embrulhado no papel
Brilha o celofane
Bombom
Solitário sabor
Amor
Solidão
Uma valsa um sonho
Um Sonho de valsa

Procurando pensamentos
Escuto minha alma
Poesia que nasce do silêncio
Trago comigo
Junto às estrelas
Onde a Lua
Brilha na madrugada

A vida me dá presentes
Como caixas surpresas
Corro e subo de repente
Na calda do cometa

Coisas que caem do céu
Podem ser estrelas cadentes
Cometas supersônicos
O sol a descansar
Coisas que às vezes
Passam
Despercebidas

Criança com lápis e pincel
Desenha lindo cometa
Astro brilhante corre o céu
Cometa viaja a noite
Desenhados no papel
Com todos os sonhos
Na cauda um fogaréu

Trilhos
Passageiros nos vagões
Despedida na estação
Apita o trem
Difícil não pensar
Trem partindo
Silêncio no coração
Caminhando pelos trilhos
Canto uma canção

Olhos no espelho
Vejo minha alma refletida
Ali do outro lado distante

Clara límpida imagem
Como água transparente
Venha matar minha sede