Poemas Anjos de Pijama Matilde Rosa Araujo
A vida, vida do tempo
por não ser tão perfeita
observa o sábio ignora toda
e qualquer anseio de lamento
se faz cada dia único
ao amante que interpreta
observador sedento...
Ó lua formosa como podem alcançarem
estando pois de ti tão longe
imaginaram te em cálculos
enquanto tentam cá de baixo
saquear os teus segredos
como ainda hoje fazem ao teu vizinho azul
dantes cheio de arvoredos...
Não ando como o vento
nem possuo em mim raízes
quase sempre sigo em frente
ou contrario diretrizes...
O ser humano mesmo sendo o único animal que faz uso da razão;
Muitas vezes seu instinto é mais forte...
Somos como os pássaros...
Os pássaros uma vez presos e soltos, nunca mais chegam perto de um ser humano... (É instinto)
Uma pessoa quando ama, e é magoada, se não fizer o uso da sua razão
e conseguir distinguir uma pessoa da outra, nunca mais entrega seu coração novamente! (É instinto)
Os pássaros que nunca tiveram contato com uma pessoa e esta a deixa livre...
O mesmo volta...
Lembre-se:
O que está preso sempre quer fugir de nós!
Será que chegamos num ponto que usamos mais o instinto do que o uso da razão?
Ou nosso instinto faz nos crêr que todas as pessoas são iguais?
O Adeus é uma proteção do inconsciente
Nosso Transpirar-certeza, nossas ejaculações, de extensão vocal raquítica, nossos fluidos comprimidos em meros arquétipos nos tornam incapazes de sorver, com todas as suas notas e nuances, e degustar, em toda a sua corpulência, as sinfonias de tormenta, ocultas em um novo
"Olá!"
A plenitude, talvez, nos seja mortal, por isso, há que se dosar a exposição a tamanha beleza.
Bruno Velásquez Rosa
“Titubeios
Vejam só que curioso
Confesso que entendo pouco
Quem quer falar com Deus reza
E quem o escuta é louco!
O pior de tudo isso
Eu vi na televisão
É que em alguns países
Matam por devoção
Homem, mulher e criança
Sem nenhuma compaixão.
Era só choro e lamento
Lá no tempo das Cruzadas
Faziam acreditar
A socos e bofetadas
E quem não dobrasse o joelho
Sentia a dor da espada.
Aqui no nosso país
Quando o português chegou
Foi aquela aflição
Todo indiozinho apanhou
Os batizaram à força
Aquele povo chorou!
Vejam que absurdo
Esse assunto é corriqueiro
Trouxeram os africanos
Para morar em seus chiqueiros
Zombavam de suas religiões
Lhe chamavam de batuqueiros.
Eu queria perguntar
Para quem tem conhecimento
Se Deus nos traz a paz
Ou o apedrejamento
Aquele que Jesus falou
Ou o do velho testamento
Um trazendo o amor
O outro, todo tipo de tormento.
E nos dias de hoje
Para seguir o roteiro
É que para ter esse Deus
Como nosso companheiro
Precisamos bajular
Gastar o nosso dinheiro
Pastor rico e famoso
Povo pobre no lixeiro.
Eu queria questionar
Para o tal onipresente
— Me disseram que eras pai
De todo tipo de gente
Quem criou a tal maldade
Que se faz aqui presente
Não serias esse Deus
Bondoso e onipotente?
Thiago da Rosa Cézar”
Vejam só que curioso
Confesso que entendo pouco
Quem quer falar com Deus reza
E quem o escuta é louco!
"Sal, açúcar e pimenta"
O primeiro representa os dissabores inerentes à vida, são as situações difíceis e dolorosas que somos obrigados a enfrentar. Ainda que de caráter indesejável, nos trazem lições importantes e oportunidade de amadurecimento.
O segundo refere-se aos prazeres que vivenciamos, às alegrias que nos fazem sorrir, aos momentos que desejamos nunca ter um fim.
O terceiro, não menos importante, denota ousadia e intensidade. É a coragem que despendemos para experimentar coisas esplêndidas, é o quanto nos doamos para algo ou alguém, é a representação da nossa profundez.
Essa mistura é o equilíbrio que há em mim.
@cstrsc
Não fale de mim como se me conhecesse profundamente, como se eu fosse absoluta.
Na busca pela minha melhor versão, a pessoa que você conhece já não existe mais.
@cstrsc
Fale pouco da sua vida, menos ainda das vidas alheias.
Não conte fofocas, não espalhe mentiras.
Seja bom, seja honesto, vibre alto.
@cstrsc
Em todas as vezes que precisei ser forte e lutar, mãos me foram estendidas. Nunca estive só, tampouco fiz tudo sozinha.
Gratidão a Deus, aos meus guias, aos meus amigos e àqueles estranhos que simplesmente quiseram fazer o bem!
@cstrsc
Pobre Rio Grande
Pobre Rio Grande...
Despercebido, vem a chuva
Desacordado, chega a tristeza
Desvinculado, vem a nobreza
Pobre Rio Grande...
Chega a noite, e vem o dia
Virado em uma ventania
Ninguém anda, ninguém vai
Pois o mar que antes não havia
Chegou, mas não para a alegria
Na manhã de trabalho
Que era, para alguns
Ao redor, o pessoal, ilhado
Não, pois havia os pães
Que de ontem, não foram entregados
Mas achar que governo ajuda?
Claro, lugar afetado capital não foi
Pois civil ajuda civil, sim
E achar que ajuda, do céu veio
Mas não, matéria para jornal falta
Apesar de ser tosco
Pessoas morrendo salvando outras
Diante daquele dia, nunca mais
Resgate é uma ova!
Dia que se importaram em resgatar
Homem não foi, animal sim!
A nação que antes via como gloriosa
Não passa de uma piada
Motivo de chacota, peixe-palhaço
Tanto, que multam doações
Pobre Rio Grande...
Lutar, foi parar em vão
Afogar, é óbito com razão
Pagar, mão de obra é "lesão"
Pobre Rio Grande...
mais de oitenta luas em Saturno
em nenhuma encontrei meu amor
onde ele se escondeu?
vou procurar de novo
afinal de contas,
o mundo é um ovo.
E pra começar o ano
Que seja com o pé direito
Que os amores e os amigos
Sejam sempre verdadeiros
Que a cada nascer do sol
Esteja sempre sorridente
Que deposite minha energia
Toda no momento presente
Que eu veja o passado
Com olhar de aprendizado
Que eu saiba no futuro
Sobre a tranquilidade da alma
Por fim, tenho um último pedido
Já que só temos uma vida
Que nessa minha breve passagem
Eu VIVA todos os dias
UM PROFESSOR QUE ENSINOU EM SILÊNCIO
Cão inanimado,
De morta pelúcia
Que ganhava vida
Em meus devaneios.
Abrindo-me as portas
De um mundo encantado
Onde eu era tudo
Que quisesse ser.
Jamais proferiu
Sequer um latido,
Mas aos meus ouvidos
Dizia palavras,
Contava segredos.
Revelava uma alma
Repleta de sonhos
E de sentimentos.
E assim, me ensinou
A enxergar beleza
No que é faz-de-conta,
No que não se vê
Com olhos comuns.
Mas passou-se o tempo
E nossa amizade
Tornou-se tolice
Aos olhos do mundo.
Pois é proibido
Para nós, adultos
Ver a poesia
Do que é mais singelo.
Tive que crescer
E perder as chaves
Desse mundo mágico
Ao qual me levavas.
Mas quero que saibas,
Saudosa pelúcia,
Que nunca me esqueço
Do que me ensinaste.
Mesmo sem dizer
Nenhuma palavra.
Bruno Velásquez Rosa
LEITE DE VIÚVA NEGRA
O mesmo seio que alimenta, esmaga
Por saber quão pequeno é o bebê!
Rangendo os dentes, num deleite sádico,
Sorri, sufoca um choro lancinante!
Com sua teta vil e gigantesca!
Que jorra o fel que é sumo do suposto
Amor que dedicou ao filho de outra.
Na face esfacelada e esfomeada
Do bebê que nunca aprendeu a andar.
Toda vez que ele tenta, rastejando
Desprender-se da teia umbilical,
Mal se move. A matrona predadora
Já sugou sua essência. Só lhe resta
Para não definhar, sorver o fel!
ECLIPSE INSÓLITO
O solo suntuoso do Astro Rei,
Ilustre absolutista.
Num fenômeno, jamais, antes visto,
Sobrepôs-se à lua.
Com seus raios pungentes, sempre em sol maior,
Travessando, entrevando as insolúveis trevas,
Movido por um narcísico intento:
Dissolver e devassar
As ilusões-solo onde persiste
Insólito, insular, insolente,
Bruno, como a bruma:
Branco, sombrio, silente.
Cabendo parcamente em seu vazio,
Que a humanidade quer colonizar,
E acima de tudo,
Pelo mais implacável dos algozes:
O mais argucioso e perigoso:
O que mais conhece seus pontos fracos.
Sim, o sol, por não tê-lo entre seus súditos,
Tirou de toda a humanidade, o sono
E o entregou ao pior dos inimigos:
Seu próprio Reflexo
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