Poemas Anjos de Pijama Matilde Rosa Araujo
Se sua fama, é por meio de "Likes"
E seus elogios é por meio de "Comentarios"
Sua vida é um eterno paradoxo.
Um dia, volveremos ao infinito.
Onde estaremos? E o que seremos?
O nada do infinito não responde,
pois não há ninguém para escutar.
O passado cresce como musgo
nas paredes do presente,
até que não haja paredes
livres para o presente.
Até que não haja presente
e nem existam paredes.
O homem inventou a igualdade.
Na natureza tudo é desigual.
A perfeição é invenção geométrica.
A ordem do mundo é o caos mutante.
A criação é sempre nova:
só acontece uma vez.
Se você aprender a ver
nunca mais dirá que o mundo
é o mesmo o tempo todo.
Da janela do presente
observa-se o presente
com os olhos do passado.
Da janela do presente
observa-sse o futuro
como extensão do passado.
Quando somos o presente,
não há futuro e passado,
porque só há o presente
observando o presente.
O tempo vazio.
O espaço vazio.
O coração vazio.
Um oco que não tem fim.
A solidão sem fronteiras.
Um silêncio surdo-mudo
é testemunha do nada.
O futuro é o próximo ato,
o próximo passo,
o próximo fato.
Ele existe enquanto não existe
e morre logo que se torna hoje.
O real nos parece um fluxo e no fluxo não há modelos. Daí, a eterna controvérsia dos que admitem, como Heráclito, que o fluxo ou devir é a realidade e dos que entendem, como Parmênides, que o real é imutável e o devir é aparência. Os modelos, portanto, são nossas formas perceptuais e transitórias de apreender, a cada momento, o fluxo. Assim, cada forma perceptual do fluxo só é real em relação ao percebedor no momento da percepção e só se torna aparência ou Maya se prossegue além da percepção.
O real é o agora. O agora é sempre inédito. Quem vê, não precisa de palavras, pois só se fala para aqueles que não viram. E o que se diz, já não é: o presente é mais rápido que o laço da palavra. Por isso, quem fala, não vê, porque, se fala, fala do que já não vê. O eu não existe no presente: surge, quando a experiência já terminou. O eu é o passado.
Cada percepção do real é única e irrepetível. Jamais saberemos o que perdemos, ja-
mais repetiremos o que experimentamos. A riqueza do viver não consiste na acumulação do vivido, mas na capacidade de viver plenamente o momento que passa. Nenhuma experiência deve deixar restos ou saldos, pois eles deformam as novas percepções da realidade.
Cada vez mais se constata que a atividade psíquica não é um produto exclusivamente fisiológico. Sabe-se, experimentalmente, que a ausência da atividade onírica provoca estados psicóticos, os quais, inclusive, podem levar é morte, caso persistam por muito tempo. A importância da vida mental para o organismo ficou comprovada nesses experimentos.
O homem, quando dorme, apenas muda o nível de sua atividade psíquica. Se o que ele percebe, em estado de vigília, é real, por que real seria o que ele percebe oniricamente?
Qual, na verdade, a diferença entre o que passou e o sonho? A memória não prova o que aconteceu, pois o presente, agindo sobre o passado, o modifica. Só o presente, então, parece real. Mas, o presente é instantâneo e está influenciado pela memória e pelas expectativas do futuro.
O sonho é o que não se tornou fato e o passado é o fato que se tornou sonho, pois a memória tem a mesma estrutura do sonho.
A dúvida é a ginástica da inteligência.
Duvidar não é apenas negar o que existe, mas negar que o que existe seja a única coisa que existe. Negar, assim, é ampliar a visão da realidade. A dúvida que apenas nega é destrutiva.
O dogma é o cansaço da razão.
O homem que não duvida, cansou de crescer.
A dúvida é a saúde do espirito. Duvida-se, porque se quer mais. Porque se sabe que o que se sabe é provisoriamente necessário e necessariamente provisório. Porque o saber não tem fim. E o provisório não é irreal, enquanto provisório.
A dúvida é a fé de que há algo mais além do que se crê e a fé é a dúvida de que todo
real é só o que conhecemos.
Aonde vai quem morreu,
quando o seu onde perdeu?
Onde está quem não está
seja aqui ou seja lá?
Se o quem se fez invisível,
agora é carne impossível,
sem onde e quando, desfeito
no nada de que foi feito.
O absurdo
A gravidade é absurdamente atrativa
forte-fraca
O raio do átomo é absurdamente pequeno
átomo-tomo
O cosmo é absurdamente grande,
infinito-finito
A velocidade da luz é absurda!
Onda-partícula, matéria-não-matéria
O homem é absurdamente complexo
soma-anima, razão-emoção
O espaço-tempo é absurdo!
Realidade-possibilidade
A matéria foge para o nada de onde vem
O micro escondido no macro
A possibilidade cria a realidade
A vida inventa!
A gente principia as coisas,
no não saber por que,
e desde aí perde o poder da continuação,
porque a vida é mutirão de todos,
por todos remexida e temperada.
VOCÊ ME FAZ FELIZ.
O meu sorriso indica, o meu sorrido delata
O quanto você me faz feliz, mesmo as vezes
sendo ingrata.
O importante é você, minha paixão
Minha menina, meu bem querer.
A felicidade é feita de momentos
Lindos quando estou com você.
Você me faz rir tamanha minha felicidade.
É nos teus braços meu amor, que sinto
a realidade.
O real é o teu beijo, é o carinho é o
Teu calor, é ta nos teus braços meu bem
É sentir no corpo o verdadeiro amor.
Quem é você?
Quem é você que nem sei de onde vem, que mistério é esse que você tem...
Quem é você que entrou na minha vida , sem pedir licença e alojou-se no meu coração...
Quem é você que domina meus pensamentos noite dia, sem que eu possa aumenos pensar um pouco em mim...
Quem é você que me faz perder o sono ,deixando –me em espera sem fim...
Quem é você que faz fazer loucuras só pra ter um pouco de você em mim...
Quem é você com esse sabor de pecado, que me leva ao delírio com o aroma que exala teu corpo...
Quem é você, que malicia esconde nesse sorriso que meu desatino tem buscado...
Quem é você?
Quem é você?
(Cleonice Ap. Iori Rosa)
