Poemas Anjos de Pijama Matilde Rosa Araujo

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Há muitos homens que se queixam da ingratidão humana para se inculcarem benfeitores infelizes ou se dispensarem de ser benfazentes e caridosos.

Há muita gente para quem o receio dos males futuros é mais tormentoso que o sofrimento dos males presentes.

O silêncio é o melhor salvo-conduto da mais crassa ignorância como da sabedoria mais profunda.

A criatividade de uma nação está ligada à capacidade de pensar e teorizar, o que requer uma boa educação e, daí, partir para o inventar e, depois, ir até as últimas consequências no fazer.

Disse algum mal de ti? Não o digas tu dele, quanto mais não seja para que a ele não te assemelhes, imitando-o.

A vida, quando é miserável, custa a suportar; se é feliz, é horrível perdê-la. Uma coisa equivale à outra.

Nada devemos fazer que não seja razoável; mas nada também de fazermos todas as coisas que o são.

Só se pode conversar duas horas com uma mulher quando se lhe diz sempre a mesma coisa.

Aprovamos algumas vezes em público por medo, interesse ou civilidade, o que internamente reprovamos por dever, consciência ou razão.

Ninguém é tão prudente em despender o seu dinheiro, como aquele que melhor conhece as dificuldades de o ganhar honradamente.

Os ricos pretendem não se admirar com nada, e reconhecem, à primeira vista, numa obra bela o defeito que os dispensará da admiração, um sentimento vulgar.

O nosso espírito é essencialmente livre, mas o nosso corpo torna-o frequentes vezes escravo.

A longo prazo uma profissão é como o matrimônio; apenas se sentem os inconvenientes.

O governo é como toda as coisas deste mundo: para o conservarmos temos de o amar.

É triste a condição de um velho que só se faz recomendável pela sua longevidade.

Os homens sem mérito algum, brochados de insígnias e de ouro, são comparáveis aos maus livros ricamente encadernados.

Os tolos são muitas vezes promovidos a grandes empregos em utilidade e proveito dos velhacos, que melhor os sabem desfrutar.

Os homens, para não desagradarem aos maus de quem se temem, abandonam muitas vezes os bons, a quem respeitam.

Os homens enganam-se miseravelmente quando esperam encontrar a sua felicidade, mais na forma dos seus governos que na reforma dos seus costumes.

Há muitas ocasiões em que os ricos e poderosos invejam a condição dos pobres e insignificantes.