Poemas Anjos de Pijama Matilde Rosa Araujo

Cerca de 102595 frases e pensamentos: Poemas Anjos de Pijama Matilde Rosa Araujo

Há tantos vícios com origem naquilo que não estimamos o suficiente em nós, como no que estimamos mais.

A tortura é uma invenção maravilhosa e absolutamente segura para causar a perda de um inocente.

A verdade é tão simples que não deleita: são os erros e ficções que pela sua variedade nos encantam.

Uma boa recordação talvez seja cá na Terra mais autêntica do que a felicidade.

A ignorância dócil é desculpável, a presumida e refratária é desprezível e intolerável.

Morte, que mistérios encerras?... Ninguém o sabe... Todos o podem saber... Basta ir ao teu encontro, corajosa, resolutamente, que nenhum mistério existirá já!

O apetite do privilégio e o gosto da igualdade, eis as paixões dominantes e contraditórias dos franceses em todas as épocas.

Frequentemente tive a ocasião de observar que quando a beneficência não prejudica o benfeitor, mata o beneficiado.

Para não corar diante da sua vítima, o homem, que começou por feri-la, mata-a.

As pessoas importantes fazem sempre mal em se divertir à custa dos inferiores. A troça é um jogo, e o jogo pressupõe a igualdade.

Os conselhos dos moços derivam das suas ilusões, os dos velhos, dos seus desenganos.

As obras de caridade que se praticam com tibieza e como que a medo, nenhum mérito, nem valor têm.

A estirpe herda-se e a virtude conquista-se; e a virtude vale por si só o que a estirpe não vale.

Os filhos seriam, talvez, mais caros a seus pais e, reciprocamente, os pais aos filhos, sem o título de herdeiros.

Um homem que acaba de arranjar um emprego já não faz uso do espírito e da razão para regrar a sua conduta e as suas atitudes perante os outros: toma de empréstimo a regra do seu posto e da sua situação; donde o esquecimento, a altivez, a arrogância, a dureza e a ingratidão.

O que vulgarmente faz que um pensamento seja grande é dizer-se uma coisa que nos conduz a muitas outras.

Ser-se livre não é nada fazer, é ser-se o único árbitro daquilo que se faz ou daquilo que se não faz.

Há muita gente boa e feliz, porque não tem suficiente liberdade para se fazer má e desgraçada.

Existem a beleza que excita, a que comove e a que satisfaz: a melhor é a última.

Parece, na verdade, que nós nos servimos das nossas orações como de um jargão e como aqueles que empregam as palavras santas e divinas em feitiçarias e em efeitos de magia.