Poemas Amor que Rima
A vida flui
Vamos vivendo
Saboreando
Tirando o partido
Prosseguindo
Acredito
No dia, do aman
Olhar para a mãe natureza
Caminhar numa só direção
Para ter uma boa emoção
Amando, tendo compaixão
Redirecionando o foco
Entrando sempre no trilho
Lado a lado
Ser o que se deseja ser
Aprender no despertar
Do viver
Vibrar pela positiva
É vida
Que corre como um rio
Sem que esteja perdida
Vivendo a felicidade e o infortúnio
Transbordando
Canalizando boa energia
Quando a força é negativa
Olho para o alto
Suplico auxílio
Para atravessar o mato
Subo ao palco
Faço um pacto
Pego no que faço
Sou grato
Por a hora D
O momento H
Agora é que se vê
O que há cá
Cada cabeça sua sentença
Será que me posso culpar
Atravesso o espaço
A pairar
Chego ao outro
Lado da margem
Mesmo que seja
Uma miragemf
Olhando pela janela,
Eu percebo a profundidade na sombra dela
Fica sempre na minha cabeça, não sai dos meus olhos
Eu sinto no vento toda hora que ela sai com seus fogos
Voando pra longe, como um pássaro
Escurecendo as minhas íris, fazendo-me lembrar do passado
Mesmo que eu tenha tentado ignorá-lo
Ele sempre vai estar ali, seja ou não o meu aliado
Então, eu irei sentir essa angústia
Sem saber como extinguir essa fúria
Esse peso horroroso, essa derrota
É um ciclo que se repete, com a mesma rota
E eu vou sentir isso de novo, esse vazio
Apenas por você, dona do meus rios
Você me odeia tanto e eu vejo o motivo
Eu não consegui sorrir o bastante? É o que eu tenho ouvido
Sempre tento voar, mas eu falho
E eu falho e falho.
Eu sempre cometo tantos erros
Que eu tenho vontade de dar tantos berros
Até a rouquidão da minha voz aparecer
Acho que assim vou poder merecer
O seu prestígio.
Mudei a arquitetura lógica e a ótica
Por ter luz própria
Virei incógnita
Apaguei estrelas mórbidas, após botar o Ceará na órbita
Sou como Hipócrates pra hipócritas no mic
Poeira cósmica, o que come os hóspedes do hype
O pai é rápido demais
Um chips sobre um beat é hit
Sobre o feed, need for speed
Eólica suprime
Deixa energia tóxica pra trás
Ideias avançadas causam mortes cerebrais
No meu ramo, rimo sem suportes cardeais
Múltiplos sentidos, nunca perco o rumo
Remo ao norte dos demais, bye
- RAPadura Xique-Chico
Cinesia da vida
Vivo entre o caos e a poesia
Navegando entre a tormenta e a maresia
Ontem eu era noite, hoje sou dia
Mas amanhã quem sabe? Eu seja uma heresia
Servindo à vida com cortesia
Aproveitando a euforia e a ousadia
Enquanto aguardo o fim da minha estadia
Nesse mundo, meio fantasia.
"Quando estou triste, rimo;
Faço das rimas arrimo,
Tiro das pedras o limo,
Dou-me um presente, um mimo,
Um novo poema."
↠ Flor de salsa ↞
Pequena flor a desabrochar
entre o verde, a cor alva
branca, como o branco do olhar,
fez-se sensível para ressalva
em rima graciosa,
da parte exótica da salsa.
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Mirrada plantinha,
no vaso da janela… dava graça
outrora: a sementinha,
agora: pétala que se desfaça
na fina erva flor de salsa.
Nua e crua
Céu negro
Lua coroada
Olhando de
Baixo para
Cima, vejo
Essa perfeição,
Não faço poemas
Faço poesia sem,
Rima, nua e crua.
SINTO - Parte 1
Sinto a mudança comigo, pra que eu finalmente seja
Sinto enxurrada de ideias que vem da mente e transborda pela caneta
Sinto aprendizado, sinto bom senso
Me sinto a deriva, sinto o favor do vento
Me sinto pequeno numa onda grande e sombria
Sinto esperança porque o mar abriu um dia
Sinto paz, sinto revolta, sinto rancor as vezes
Sinto sentimentos que gestavam a mais de nove meses
Sinto o sabor de saborear outra boca
Sinto que tudo muda nessa vida loka
Me sinto pressionado, mas sigo sendo
Não inventaram nada a prova de tempo
Sinto armadilhas sussurrando e me faço de surdo
Me sinto o alvo predileto do inimigo astuto
Senti, sonhos arriscados, de grinalda e véu
Senti o amargo sabor do doce de mél
Vento que adentra pela fresta e assovia
Que faz soprar as mais belas sinfonias
Que pode agir com calma na mais pura sutileza
Mas quando fica irado derruba fortalezas
E faz espalhar as brasas da fogueira
È ele que trás, as chuvas passageiras
Podem tirar minha paz
Podem tirar minha alegria
Podem até tirar minha vida...
Podem me dar ponta pé
Podem pisar e chutar o meu boné
Nunca vou me curvar
Porque não podem tirar minha fé
Fui descobrindo aos poucos
Oque de mim faz parte
Velei os meus receios
Ressuscitei a arte
Tentei tocar violão, não era minha parada.
A lagarta não ia virar borboleta,
Foi quando eu me encontrei na ponta da caneta
Na metanoia dos pensamentos, a alma se transforma,
Em versos e rimas, a jornada se desdobra.
Do velho ao novo, a mente se liberta,
E o poema ganha vida, no pulsar de cada letra.
Dos cordéis cito elementos
Tidos como essenciais
Todos tão fundamentais
Que elevam meus argumentos
Autentico ensinamentos
Cito a métrica fiel
A rima com seu papel
E a oração feito luz
Trilogia que introduz
Este ABC do cordel!
Estou tentando, com força e vontade
Quebrar o ciclo da dificuldade.
Vim de uma família simples e honesta,
Poucas chances, mas muita promessa.
Sempre lutei, nunca desisti,
Mesmo nos dias em que quase caí.
Persisti, fui contra a corrente,
Com fé e coragem, continuei valente
Já não sou tão pobre como era antes,
Mas ainda faltam sonhos distantes.
A ausência de tudo que um dia doeu,
Fez mais forte o meu eu.
Depender de ajuda nunca gostei,
Mas encarei, pois assim precisei.
Ver meus pais sofrendo foi duro demais,
Prometi mudar isso, trazer-lhes paz.
Hoje caminho com metas na mão,
Meu maior sonho é ser solução.
Conquistei pouco, mas sigo a lutar,
Com a esperança de um dia ajudar.
Mesmo com toda a injustiça desse mundo
Alguns com tanto, outros não sem nada
Eu sei, é um absurdo
Mas mesmo assim eu continuo grata
Grata pelo que? Talvez me pergunte
Por ter comida na mesa e um teto para morar
Obrigado Deus, só em Ti tenho forças para lutar
É, outrossim da solidão
A solitude companheira
Sempre cheia de reflexão
E distante da barulheira
Solitude se torna solidão
quando não tem conclusão
Reflexões transvertem em ociosidade
Perdura-se o eco sem reversibilidade.
Mulher e poesia
são formas de arte;
a poesia é estática,
livre ou métrica,
enquanto a mulher
tem liberdade
de movimento;
a poesia tem ritmo,
a mulher desfila;
a poesia tem versos
livres ou rima,
a mulher tem falas
que nunca terminam,
mas a poesia é mulher,
é substantivo feminino.